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O uso do assistente de voz além do cabeleireiro

O novo recurso do Google Assistente e outros sistemas inteligentes poderão ser aplicados a funcionalidades voltadas a negócios e intermediações


11 de maio de 2018 - 9h21

Em meio a uma série de anúncios realizados no Google I/O 2018, principal evento da empresa, um se destacou em termos de repercussão: a nova funcionalidade do Google Assistente. Durante a apresentação, Sundar Pichai, CEO do Google, mostrou uma conversa entre o sistema da empresa e um ser humano fazendo reserva em um restaurante e marcando horário em um cabeleireiro.

O avanço é significativo em um mercado que vem crescendo com a presença de outros sistemas como o Alexa, da Amazon, a Cortana, da Microsoft, e a Siri, da Apple. Porém, o avanço dessa tecnologia tem impactos que vão além de tarefas rotineiras como as apresentadas por Pichai. Rodrigo Helcer, CEO da plataforma Stilingue, aponta os usos prováveis de um assistente de voz em várias outras funcionalidades.

“É importante ressaltar que se trata de possibilidades e projeções, de como a evolução deste protótipo pode impactar nosso futuro. Contudo, para qualquer tecnologia em pesquisa é saudável equilibrarmos nossa imaginação com um pensamento cético. É um caso declaradamente ainda em experimental e com uma série de desafios para replicar o mesmo sucesso obtido em laboratório na vida real”, observa.

Em negociações…
As possibilidades de tarefas que confiaríamos ao computador realizar em nosso lugar ganham muito mais cores. Sabemos que os departamentos de pesquisa das empresas americanas estão estudando negociações entre máquinas. Foi de lá que saiu o anúncio do Facebook de que seu sistema de IA criou uma língua única. Imaginem um módulo a mais de “negociação” e as possibilidades que se abrem para um assistente virtual desses? Poderemos terceirizar ao computador funções operacionais de compras sem emoção ou influência. Para os compradores profissionais, ficarão as negociações sofisticadas e que demandam a verdadeira arte de negociar.

Em gestão de projetos…
Imaginem delegarmos ao assistente o follow-up do tripé fundamental de uma gestão de projetos: gerenciar prazo, escopo e recursos. O computador poderá conversar com pessoas de forma muito mais eficiente que os atuais softwares de gerenciamento de tarefa.

Em pesquisa de mercado…
Para que colocar um exército de pesquisadores na rua ou enviar um questionário enorme via painéis online se o computador poderá coletar respostas rapidamente em um agradável bate-papo?

Em atendimento ao cliente…
Enquanto as grandes empresas se preparam em escalar seus times de atendimento com apoio da IA, o consumidor ganhará também seu aliado para escalar dúvidas e reclamações. Se o “custo” pessoal e a barreira de ligarmos a um 0800 vem do tempo desperdiçado com filas e ligações perdidas, esse custo não existirá mais.

Em saúde…
A área médica e psiquiátrica já estuda há anos boas práticas de acompanhamento de pacientes através de reforços positivos, demonstrações de atenção e outros estímulos à pacientes com grau elevado de carência emocional. Vimos até experimentos com robôs de pelúcia serem testados. E prêmios em Cannes passado para case de Alzheimer e IA apoiando no acesso à memória familiar. Nesse ambiente, podemos dizer que estes mecanismos de “atenção artificial” ganharão um novo aliado.

Em educação…
Sim, a tecnologia vai acabar com muitos empregos. E este protótipo só reforça essa premissa. Mas também nos mostra que novas ocupações surgirão. Quem gerenciará essas máquinas? Quem as educará? Nos animamos em conversar sobre os feitos do machine learning, mas pouco falamos do complemento: o Machine Teaching. E no estudo do Google, os pesquisadores deixam claro: para esta tecnologia funcionar precisaremos de muito treinamento.

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