Alibaba vende US$ 30 bilhões no 10º Dia do Solteiro

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Alibaba vende US$ 30 bilhões no 10º Dia do Solteiro

Com uma década da campanha promocional, gigante chinesa bate recordes da Black Friday e espanta receios trazidos por desaceleração econômica e guerra fiscal


12 de novembro de 2018 - 6h00

Do Advertising Age

O Grupo Alibaba conquistou US$ 30,7 bilhões em vendas para seu campanha anual do Dia do Solteiro, nesse domingo 11 de novembro. A festa da multinacional chinesa — maior companhia do país e dona de algumas das maiores marcas de varejo digital do mundo — bateu um novo recorde em sua décima edição.

Cena da campanha do 10º Dia do Solteiro do Alibaba (Crédito: Reprodução/ AdAge)

A empresa se utilizou de um programa de televisão, com direito a espetáculo do Cirque du Soleil e show da cantora Mariah Carey, e informou que as grandes vendedoras da data foram as marcas Xiaomi, Apple e Dyson. As vendas foram 27% maiores que as do ano passado. Em volume, o festival também vendeu quatro vezes mais que a Black Friday de 2007.

Além dos números isolados, a data também serve como termômetro econômico da empresa e dos consumidores chineses. O país vem atravessa tensões relacionadas à guerra tarifária com os Estados Unidos, o que vinha preocupando investidores e ameaçando a segunda maior economia do mundo.

O desafio para o fundador Jack Ma e o CEO, Daniel Zhang, era bater mais um recorde depois de uma década de alta vertiginosa. Com a economia esfriando, mercados saturados e concorrência de plataformas menores — como JD.com e Pinduoduo –, a Alibaba tem buscado novos mecanismos de crescimento. “A Alibaba tem se utilizado de todas suas plataformas para fazer do Dia do Solteiro uma data que também inclua comida e entretenimento”, diz Jet Jing, presidente do Tmall, um dos diversos sites da empresa. “Estamos conectando compras online com experiências off-line em lojas físicas.”

Primeiro popularizado por estudantes universitários, o 11 de Novembro cresceu como um antídoto aos valores mais românticos do Dia dos Namorados. O dia foi escolhido graças ao modo como a data é escrita, 11/11, que se assemelha a “gravetos sozinhos”, uma expressão local para os solteiros. Atualmente, virou um motivo para comprar, comer e entretenimento, graças à ideia de Ma e Zhang há dez anos. Se tornou tão grande que até mesmo a quantidade de os pacotes para as remessas, que deve chegar a um bilhão neste ano, tornou-se também uma preocupação ambiental.

Ma aposentará como presidente do conselho no ano que vem e o CEO, também cofundador, deve provar sua força para manter o legado. A empresa costuma usar a data também para testar sua computação de nuvem e suas unidades de pagamento e entrega. Além disso, há os fatores comerciais: as disputas comerciais com os EUA desaceleraram o crescimento chines, sendo que somente as vendas foram 24% de todo varejo no terceiro semestre, uma queda de 12 pontos comerciais na comparação com o trimestre anterior, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas.

Há três anos, Ma falou que gostaria de fazer do Dia do Solteiro um fenômeno global.  A expansão internacional será uma ativo essencial no esforço de Zhang para continuar quebrando recordes. No ano passado, os três principais mercados do Dia do Solteiro fora da China foram Rússia, o território autônomo de Hong Kong e os EUA, nesta ordem. Este ano, na primeira hora das vendas, os principais países foram Japão, EUA e Coreia do Sul.

Ao mesmo tempo, a Alibaba enfrenta dificuldades em crescer no mercado americano: a empresa voltou atrás numa promessa de criar um milhão de empregos no país, perdeu seu principal negociador americano e descartou os planos de sua filial Ant Financial em adquirir a MoneyGram. O presidente Donald Trump ainda disse em meados de outubro que pretende retirar os EUA de um tratado, que inclui 192 nações, que dá às empresas chinesas taxas de frete reduzidas para pequenos pacotes enviados aos consumidores americanos.

*Com Bloomberg News

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