C&A lança coleção com a grife Missoni

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C&A lança coleção com a grife Missoni

Peças em colaboração com a grife italiana chegam a 29 lojas e ao e-commerce esta semana


13 de novembro de 2018 - 17h09

Cores intensas e formas geométricas, que caracterizam a Missoni, também estarão na coleção feita para a C&A (Crédito: Divulgação)

A partir desta quarta-feira, 14, o e-commerce e 29 lojas selecionadas pela C&A já terão à disposição das clientes peças de uma colaboração especial com a grife italiana Missoni, que em 2018 completa 65 anos.

A coleção é dividida em quatro temas: Black & White, Multicolor, Earth Colors (tons do pastel aos terrosos) e Warm Shades (mescla de cores quentes, como laranja e lilás). Compõem a colaboração peças que vão de moda praia a acessórios: coletes, casaquetos, jaquetas, bomber, moletons, macaquinhos, saias, shorts e vestidos (o forte da marca e chegam em versões de longo, midi e curto), além de calçados, mochilas, bijous, nécessaires e chapéus.

Tendo como característica o tricô e estampas coloridas em zigue-zague e outras formas geométricas, a Missoni também aplica essa inspiração à coleção lançada com a C&A, da qual 80% dos produtos foram feitos com tramas finas como as de tricô artesanal, mas produzidos em máquinas eletrônicas retilíneas.

O anúncio da coleção contou com a presença de Angela Missoni, diretora criativa da marca, que atualmente fatura 150 milhões de euros. “Cresci na companhia, foi minha casa, escola, tudo. Era uma criança silenciosa, mas observadora. Queria fazer moda”, contou Angela, na manhã desta terça-feira, 13, em um encontro com jornalistas no Baretto, do hotel Fasano. Seu pais, Ottavio e Rosita Missoni, começaram o negócio em 1953; hoje, a família tem 58,8% da marca e o fundo FSI, 41,2%.

Segundo Angela, 75% da produção da Missoni tem como destino o mercado externo, sendo os principais países Japão, Coreia, Estados Unidos e Emirados Árabes (além, claro, dos países vizinhos, na Europa). Desde a chegada do fundo investidor, a marca também pretende chegar à China.

Paulo Correa, presidente da C&A, também esteve no evento e falou ao Meio & Mensagem sobre a parceria, os movimentos da companhia no mercado e as perspectivas para 2019.

Meio & Mensagem – Para quem é melhor uma parceria como essa? A marca de luxo, que ganha escala, ou a C&A, que ganha essa aura de luxo e o que isso ainda desperta nas pessoas?

Correa – Na verdade, não nos preocupamos muito em quem é que ganha mais ou menos. No fim do dia, acho que você resumiu bem, o interesse vem, no nosso caso, de poder proporcionar para o nosso público o melhor do design no mundo. Que brasileiros e brasileiras tenham acesso ao melhor de design no mundo por um preço acessível. Esse é o propósito. Nosso time aprende com eles no que diz respeito a construção de coleção, timing, cuidado com a modelagem e para eles tem um super aprendizado de engenharia de produção, construção e desenvolvimento de produto, tecnicamente falando. Não tem só a parceria que todo mundo vê, mas a relação de trabalho em si e os aprendizados de ambas as equipes que participam do projeto.

M&M – Pretendem fazer outras iniciativas com esse perfil de marca?

Continuaremos fazendo. Já tivemos Roberto Cavalli, Stella McCartney. Não fazemos com uma super frequência, porque essas coleções internacionais têm desenvolvimentos bem mais longos, até pela distância física. Como a Angela comentou, demorou dois anos. É um processo, mas sim, nossa intenção é continuar oferecendo design internacional e diferenciado.

M&M – Como será a comunicação dessa parceria? Ainda trabalham com a Cubo? Quanto do trabalho de marketing tem sido feito pela C&A Studio e quanto por parceiros?

Correa – Teremos bastante mídia social, muito digital. O filme de divulgação dessa collection foi feito por nós mesmos e temos uma parceria com a Cubo, que está acontecendo ainda. O conteúdo dessa parceria foi evoluindo ao longo do tempo. Neste momento, a construção da proposta, criação e conteúdo têm sido feitos por nós.

M&M – Considerando que tempo é um dos maiores luxos que as pessoas podem ter hoje, como está o projeto de multicanalidade da C&A? O que tem funcionado melhor até o momento? Alguma novidade ainda por vir?

Correa – Da última vez que conversamos contei do programa de fidelidade, sobre o C&A&VC, e sobre o Clique e Retire. O que surgiu de novidade foi, semana passada, a formalização de algo que eu também tinha adiantado: que estávamos fazendo coleções cápsula semanais, colocadas para venda online. Lançamos oficialmente como marca a Mindse7, que começou a operar online e também off-line. Trouxemos a marca para duas lojas físicas nossas, no Iguatemi e no Leblon.   

M&M – Isso é sustentável ao longo do tempo, ter coleções semanais?

Correa – Super! Tenho total confiança nisso. De verdade, acredito que o futuro da moda estará nesse lugar. As pessoas, assim como a notícia, a nossa vida, tudo é instantâneo. O imediatismo, a necessidade imediata é cada vez mais forte. Quando você hoje está numa mídia social ou vê alguma coisa na rua e pensa “queria saber mais sobre isso”, “acho que ficaria bem em mim” ou “isso tem a minha cara!” não dá para esperar três, cinco, seis meses, senão sai da sua mente. Essa possibilidade, com o mundo digital, de você ter mais rapidamente aquilo pelo qual foi impactado ou está influenciado é uma realidade que veio para ficar. Não vai mudar. As coisas, aliás, tendem a ser até mais rápidas ainda.

Campanha para divulgar parceria foi feita pela própria C&A (Crédito: Divulgação)

M&M – Pensando na comunicação novamente, a C&A vinha numa toada arrojada, falando de temas como inclusão, diversidade, mas tivemos, ao mesmo tempo, um resultado de eleição que mostra uma onda conservadora. Como vai ficar a comunicação da marca a partir de agora?

Correa – A C&A tem um DNA de alegria, contemporaneidade, ousadia e inclusão muito forte. Isso não vai mudar, independentemente de eleição ou não eleição. O importante é continuarmos acreditando em oferecer moda para todo mundo, sem preconceitos de nenhum tipo, absolutamente nenhum tipo! Vamos continuar fazendo nosso trabalho. A parte da comunicação em si, você verá agora nossa campanha de Natal com uma pegada muito ponto de venda, o que acontece naquele momento de escolher os presentes para família, amigos. Vamos trazer muito essa história de como é, de verdade, no dia a dia. Estamos bastante animados com esse final de ano. Não estou preocupado com essa onda X ou Y que possa estar acontecendo. Daqui duas semanas estamos lançando nossa coleção de moda praia. É uma tradição nossa. Todo ano temos essa coleção no fim do ano. Em 2017, trouxemos parceria com quatro marcas ao mesmo tempo. Foi inédito! Juntamos quatro marcas que teoricamente eram concorrentes: Blue Man, Lenny Niemeyer, Cia. Marítima e Água de Coco. E este ano trouxemos as quatro novamente, mais a Triya. São os cinco mares; cinco marcas que vamos lançar ao mesmo tempo. Sou super suspeito, mas será a mais completa, a melhor, a mais bonita, a mais sensacional coleção de moda praia que já foi desenvolvida neste País. Tem pra todos os gostos e estilos. De novo, é a questão da inclusão: todos os gostos, preferências, cores. É super completa. Uma coleção muito robusta. Quem for curtir o verão, terá de dar uma passadinha na C&A.

M&M – Como esteve o mercado este ano para a companhia, qual será o fechamento de 2018, já que estamos perto disso?

Correa – Obviamente que ainda temos aí 45 dias bem importantes para esse fechamento. Natal é sempre muito importante e agora a Black Friday também.  O que podemos dizer é que vamos crescer de maneira forte e robusta, será um dos melhores anos da companhia neste País. Mas não posso abrir números, senão, não estou aqui ano que vem. Questão de contrato mesmo.

M&M – Para 2019, qual a expectativa de modo geral, inclusive em relação ao orçamento de marketing, embora você não possa dar dados específicos?

Correa – É super positiva. Entendemos que de acordo com as perspectivas de reformas e possibilidades que possamos ter no País a gente vá poder ter um ano muito forte. Bem mais forte que este, o que seria fantástico, e nossos investimentos vão crescer na mesma proporção. Estamos olhando com um olhar positivo. Com cuidado! Queremos ver as coisas acontecerem, porque também sair fazendo antes de tudo acontecer é mais difícil. Diria que estamos cautelosamente otimistas.

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