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NBA encabeça crescimento do basquete no Brasil

Liga americana projeta expansão de experiências de marca, licenciamentos e lojas próprias no País, seu segundo maior mercado depois dos EUA


14 de dezembro de 2018 - 6h00

O imaginário esportivo brasileiro é povoado, em grande parte, por ícones globais do futebol, como Neymar, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Na última década, no entanto, ficou mais frequente a idolatria a ídolos internacionais do basquete: a admiração à LeBron James, Stephen Curry, Kevin Durant e outros astros da NBA são um indicativo do fortalecimento da modalidade entre o público brasileiro.

De acordo com dados do IBOPE Repucom, a conexão dos brasileiros com a NBA teve um salto de 17% entre 2016 e 2017, e pelo menos 21 milhões de brasileiros se declaram fãs da liga.

 

Foto: Divulgação

 

Não à toa, a liga americana vem apostando em uma estratégia contínua de branding no País, que já é o segundo mercado da marca depois dos Estados Unidos. Desde o início da temporada 2018-2019, em outubro, a NBA lançou, por exemplo, uma linha de latas personalizadas em parceria com a Nescau, e, em novembro, apresentou também um álbum de figurinhas em parceria com a Panini.

Para 2019, a liga projeta a expansão de eventos, conteúdo e experiências no Brasil, a começar pelo lançamento de uma cafeteria temática, o Café NBA, no primeiro semestre do ano que vem.

“Temos trabalhado muito no sentido de aproximar os fãs do universo da liga, criando experiências e trazendo plataformas e programas com conexão e sinergia com os interesses do público brasileiro”, afirma Rodrigo Vicentini, head da NBA no Brasil.

O engajamento dos fãs brasileiros com a liga, segundo o diretor, começa pelo aumento da audiência dos jogos nos últimos anos. Rodrigo conta que a audiência da NBA subiu 68% e 40% nos canais SporTV e ESPN, respectivamente, entre a temporada iniciada em 2016 e a temporada 2017 – 2018. Além disso, o número de downloads do aplicativo NBA League Pass também cresceu 219%.

 

Ativação NBA Fan Zone, promovida pela NBA e pela Nescau durante o evento Game XP, no Rio de Janeiro, em setembro. Foto: Divulgação

Para Fernando Trevisan, sócio da escola de negócios esportivos Trevisan, o aumento do interesse do público brasileiro pelo basquete nos últimos anos se deve a dois fatores: o primeiro deles é o amadurecimento da estrutura de gestão do basquete brasileiro desde a criação, em 2008, da Liga Nacional de Basquete (LNB) e do torneio nacional NBB.

“A partir de uma visão mais empresarial do negócio, foi possível melhorar o nível do espetáculo, trazer de volta os fãs que tinham abandonado a modalidade e atrair novos adeptos”, explica Fernando.

O segundo fator foi a instalação do escritório da NBA no Brasil em 2012. “A NBA conseguiu construir em torno dela uma imagem que remete à cultura, estilo de vida e experiência plena de entretenimento, além de um conteúdo de altíssima qualidade”, acrescenta.

Para os playoffs da temporada 2017-2018, a NBA realizou a ativação The Finals, uma casa temática com experiências e exibições dos jogos, em São Paulo.

Para balancear os interesses dos fãs de longa data e atrair novas gerações de fãs, a marca também lançou a NBA Basketball School no Brasil, um modelo de escolinha para crianças entre 9 e 17 anos. Em setembro, também teve um espaço durante o evento de games Game XP, no Rio de Janeiro.

A liga lançou em setembro o projeto NBA Basketball School, para crianças entre 9 e 17 anos. Foto: Divulgação

“Temos aquele fã que chamamos de ‘core fan’, que é o fã que sabe tudo o que está acontecendo com a equipe pela qual ele torce. Depois, temos o fã casual, que é aquele que acompanha a liga de forma mais leve, mas vai aos nossos eventos, compra os produtos e assiste a alguns jogos. Há ainda aquele fã que consome a NBA, mas fora das quadras, que acompanha as tendências que cercam a liga, que gosta do estilo, das cores e da moda ditada pela liga”, conta Rodrigo Vicentini.

A ampliação dos licenciamentos, com parceiros como Nike, Foroni e Grendene, além da expansão da NBA Store, também está nos planos da NBA no Brasil. Em 2018, a liga atingiu a marca de cinco lojas próprias no País e chegou a marca de 1500 produtos disponíveis – quando lançou a primeira NBA Store em 2012, vendia apenas 400 produtos.

 

NBA Store. Foto: Divulgação

 

Para Fernando, da escola Trevisan, o desafio da NBA na América Latina para os próximos anos será identificar as demandas do público local. “O povo latino se envolve de forma mais apaixonada com o esporte do que o norte-americano. A NBA deverá levar em conta as peculiaridades do público local e estar ciente de que o fã do esporte no Brasil está cada vez mais interessado em produtos de qualidade, eventos de alto nível e experiências impactantes”, afirma.

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