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Como um tênis despedaçado afeta a Nike?

Somada à marca licenciada Jordan, companhia soma 90% do mercado de basquete nos Estados Unidos


22 de fevereiro de 2019 - 13h53

 

(crédito: Streeter Lecka-Equipa-GettyImages)

Por Ad Age*

A Nike busca compreender o que aconteceu de errado após uma falha em um tênis destinado à elite do basquete universitário dos Estados Unidos. Na última quarta-feira, 20, Zion Williamson, estrela do time de Duke, torceu o joelho quando seu tênis, um Nike, estourou com menos de um minuto de jogo. O incidente aconteceu durante a partida entre a Duke University e a rival North Carolina. O jogador é cotado como a primeira escolha do draft da NBA – evento que marca a entrada dos jogadores ao esporte profissional.

As consequências foram imediatas. Além da repercussão na internet, as ações da empresa caíram cerca de 1,7% na bolsa de valores de Nova York na quinta-feira, 21. Por e-mail, a marca lamentou o ocorrido e afirmou que busca identificar as causas do problema.

Para o analista de inteligência da Bloomberg, Chen Grazutis, o acontecimento não deve afetar a proeminência da marca no mercado esportivo. Juntas, a Nike e Jordan, sua marca licenciada, detêm mais de 90% do mercado de basquete. Em 2018, a empresa reportou um valor de US$4,35 bilhões referente às vendas relacionadas ao setor no atacado, cerca de 14% do total do seu faturamento.

Companhias como Nike e Puma pagam dezenas de milhões de dólares para conquistar a exclusividade de vestir times de basquete universitário de alto nível. Embora o contrato não seja público, estima-se que a universidade de Duke seja uma das parceiras mais importantes da Nike no basquete. Recentemente, a companhia estendeu seu contrato com a Universidade de Kentucky por oito anos, pelo valor de US$ 30,6 milhões.

O incidente também pode comprometer a possibilidade da companhia conseguir um acordo com Zion quando o atleta migrar para o profissional. Jogadores universitários não podem participar de contratos e negociações, mas a competição pelos esportistas mais bem cotados no draft se torna mais acirrada a cada ano. Na última temporada, o primeiro escolhido para NBA, Deandre Ayton, fechou negócio com a Puma, divulgado como o valor mais alto pago a um iniciante desde que Kevin Durant entrou na Liga, com US$ 60 milhões.

Essa não é a primeira vez que a Nike tem problemas com a publicidade no basquete. Depois de assumir como fornecedora oficial de uniformes da NBA em 2017, inúmeras estrelas, incluindo LeBron James, tiveram suas camisas rasgadas.

O valor das ações da Nike cresceu 25% no último ano, porcentagem similar aos ganhos da Puma e da Under Armour. A Puma aproveitou o caso para alfinetar a rival por meio de seus atletas nas redes sociais.

*Tradução: Taís Farias 

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