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Marcas se unem contra o assédio entre foliões

Combate à exploração sexual infantil, a prevenção ao HIV/Aids e também a doação de sangue são causas que ganham a mídia durante o Carnaval


27 de fevereiro de 2019 - 11h41

Movimento Não é Não conta com apoio da marca The Body Shop, da Natura (Crédito: divulgação/Paula Molina)

A percepção de homens e mulheres é que o assédio sexual aumenta durante os dias do carnaval. Essa afirmação é corroborada por 95% das pessoas ouvidas em um estudo da Mindminers. A situação, segundo os entrevistados, é fruto de diferentes causas, entre elas o aumento do consumo de álcool, uso de roupas curtas e clima de pegação exacerbado. O estudo foi realizado em painel online, nas cinco regiões do País, com mil internautas entre 18 e 55 anos.

Visando mudar essa realidade, diversas empresas realizam ações para mitigar as violações durante a data. A OGX, marca de cuidados com os cabelos da Johnson & Johnson, por exemplo, abraçou a ideia com o apoio ao AZmina. Juntas, criaram o movimento Meu Cabelo Não, que pretende explicar os limites das aproximações durante a festa. A campanha será realizada com um esforço de marketing de influência, ativações no PDV e nos blocos Ritaleena e Confraria do Pasmado, ambos em São Paulo. Haverá, também, uma palestra realizada em parceria com o podcast Mamilos que será transmitida pelos canais da marca e no portal Mulher.

No lado institucional, a Prefeitura de São Paulo e a Rua Livre, do grupo Catraca Livre, promovem o #CarnavalSemAssédio. A ação pretende levar grupos de voluntários aos blocos de rua na capital paulista com o objetivo de acolher e orientar mulheres vítimas de assédio, além de identificar abusadores com o apoio de observadores em cima dos carros de som usados durante a festa.

Ao mesmo tempo, há a atuação do Ônibus Lilás, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, que é um ponto de atendimento às vítimas. Por fim, a Rua Livre também conta com voluntários na distribuição de 20 mil adesivos da campanha por blocos de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Olinda (PE).

“É importante conscientizarmos as pessoas de que nem assédio, nem racismo, nem trabalho infantil, nem agressões de qualquer tipo são parte da folia”, disse a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Berenice Giannella, em comunicado. Ainda segundo a secretária, todos podem e devem se divertir sem preocupações, tendo a quem recorrer se precisarem de ajuda. “Também esperamos que, a partir daí, ocorra uma mudança dessa mentalidade de que no Carnaval tudo é liberado”, complementou.

A ação conta, também, com uma rede de parceiros que inclui o Ministério Público, o Conselho Estadual da Condição Feminina, a Comissão da Mulher Advogada (OAB), o Metrô de São Paulo, a Delegacia da Mulher, o coletivo Não é Não, a ONG Plan International, a JC Decaux e a gráfica Lumi Print.

Já a The Body Shop, marca da Natura, também firmou parceria com o coletivo Não é Não! para viabilizar uma campanha de conscientização em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Bahia, Pernambuco e Pará. Durante a festa, a iniciativa distribui tatuagens temporárias com a frase “não é não” em blocos e outros eventos de rua. O projeto nasceu em 2017, com a distribuição de quatro mil tatuagens. No ano seguinte, foram 27 mil e, neste ano, a expectativa é a de imprimir mais de 100 mil peças que serão distribuídas durante o período da festa. Além da participação de marcas, o Não é Não! recebe recursos de financiamento coletivo.

Engajamento geral
Além do assédio, o combate à exploração sexual infantil, a prevenção ao HIV/Aids e também a doação de sangue são causas que ganham a mídia durante o Carnaval. O Instituto Liberta, por exemplo, coloca no ar uma campanha que alerta para a gravidade da exploração sexual infantil, cujos índices aumentam nesta época do ano no Brasil. Com o conceito “Exploração Sexual Infantil. Vamos acabar com esse Carnaval”, a campanha, criada pela Cucumber Propaganda, tem um filme com locução de Sabrina Sato. A ação inclui, ainda, peças em mídias digitais, aeroportos, jornais, metrôs, relógios de ruas, cartazes, ventarolas e máscaras em blocos de rua com as hashtags #todeolho e #disque100medo.

O sexo seguro é tema central da campanha do Ministério da Saúde, que informa que os casos de HIV aumentaram 85% no País, em sua maioria entre jovens de 15 a 24 anos. Para fazer o alerta, a Fields360 escolheu o cantor Gabriel Diniz, autor do hit O Nome dela é Jenifer, como embaixador. Com o conceito “Pare, pense e use camisinha”, o filme mostra Gabriel dialogando consigo próprio, em sua consciência, sobre a necessidade de usar ou não o preservativo. A campanha estará nas mídias online e off-line, além de ativações as cidades do Rio de Janeiro, Salvador e Recife.

A cerveja Antarctica, da Ambev, por sua vez, lança no Rio de Janeiro a campanha “Carioca Sangue Bom”, em parceria com o Hemorio. A ação convoca a população da capital fluminense a doar sangue antes do início da festa. Nesta quarta-feira, 27, a marca promove a Quarta de Boa, com um posto de coleta na Cinelândia e em diversos hemocentros da cidade. Como incentivo, os doadores ganharão cartões com crédito em passagens de metrô e ônibus para aproveitar durante o carnaval.

*Crédito da imagem no topo: Laura Fonseca/divulgação

 

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