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Comércio de celulares seminovos conquista espaço

Operações como Trocafone e Brused comparam mercado com o de automóveis usados e indicam alto valor de lançamentos como oportunidade de mercado


1 de novembro de 2019 - 14h20

Desde 2014, Trocafone captou R$ 160 milhões em investimentos (Crédito: Reprodução)

Com o aumento do preço nos lançamentos de ponta de marcas como Samsung e Apple, o mercado de venda e compra de telefones usados deixa cada vez mais a informalidade e passa a contar com operações consolidadas.

Segundo executivos do setor, outra movimentação fez com que esse mercado fosse alvo de investidores: a melhoria no tempo de vida dos produtos premium. “Para quem vende, os usados têm um valor relativamente alto, e é interessante vender. E há quem não pode pagar num lançamento e compra no mercado de seminovos”, afirma Bruno Fuschi, fundador da Brused, empresa do segmento com operação digital nacional e com duas lojas físicas em São Paulo.

Tradicionalmente, a compra e venda de usados é realizada em marketplaces digitais, sem que haja um intermediário tradicional. Entretanto, assim como na compra de carros seminovos, operações mais estruturadas conseguem oferecer comodidade e garantias aos consumidores que são inviáveis aos vendedores de ocasião. “O que vendemos é o serviço de conveniência que não terá numa plataforma de anúncios”, afirma Bruno. “Temos profissionais capacitados para garantir que o celular está completamente funcional, assim também não gera desgaste entre quem vende e quem compra”, finaliza. No caso da Brused, são 90 dias de garantia após a aquisição.

Outra empresa do setor, a Trocafone se utiliza do mesmo período de segurança para quebrar barreira da desconfiança dos consumidores. Por meio de seu site, é possível comprar o mesmo aparelho em três faixas de preço diferentes, dependendo do estado de conservação. Desde maio de 2014, quando a empresa inaugurou seu escritório em São Paulo, captou R$ 160 milhões em rodadas de investimentos.

Para divulgar seus produtos ao consumidor final, a companhia aposta em criação de conteúdo relevante ao mercado de smartphones, como cobertura de eventos, avaliações de aparelhos e conteúdo educacional. Em mídia offline, investe no metrô com a Elemidia. Sua parceira de publicidade é a Ref+.

“Já observamos que este mercado está inserido em uma tendência mundial, e acreditamos que, assim como o mercado de carros seminovos, ele ultrapassará o de novos modelos”, afirma Leandro Schlottchauer, CMO da Trocafone. A comparação com o mercado automobilístico é também usada por Bruno, da Brused. “Assim como o automobilístico, é um mercado muito grande, com um giro alto. Neste ano, já transacionamos cinco mil aparelhos”, afirma.

Atualização de hardware

Desde 2014, Trocafone captou R$ 160 milhões em investimentos (Crédito: Reprodução)

Como plataforma de retenção dos clientes e fonte alternativa de receita, fabricantes passaram a adotar o modelo de desconto na compra de um lançamento quando o consumidor entrega o aparelho anterior.

No Brasil, uma das parceiras da Apple, a iPlace, realiza esse serviço junto à oferta de crédito para a compra de produtos da fabricante estadunidense. Atualmente, a empresa realiza uma parceria com a Apple para a recompra dos aparelhos. Para fidelizar os clientes, explica Matheus Mundstock, diretor da iPlace, “fazemos uma comunicação muito forte com nossa base, com e-mail marketing e redes sociais”.

Neste mês, a rede de lojas inaugurará uma estrutura própria de atendimento para a recompra dos aparelhos. “Assim, conseguimos oferecer um valor ainda maior pelo celular usado do cliente”, afirma Matheus Mundstock, diretor da iPlace. As lojas, entretanto, não venderão os produtos ao consumidor final. Entre os parceiros da rede para a revenda estão as próprias Trocafone e Brused.

*Crédito da imagem no topo: RawPixel/Pexels

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