Marketing
Com Black Track, Meta quer tornar pautas raciais mais consistentes
Segundo Vivi Duarte, programa atuará como aliado das marcas na construção de iniciativas concretas; Avon e Havaianas são as primeiras marcas a aderir ao projeto
Segundo Vivi Duarte, programa atuará como aliado das marcas na construção de iniciativas concretas; Avon e Havaianas são as primeiras marcas a aderir ao projeto
Isabella Lessa
9 de dezembro de 2021 - 9h00
Viviane Duarte, head of connection planning (Crédito: Divulgação)
Resultado da consolidação entre iniciativas inéditas e outras que já existiam, a Meta apresenta nesta quinta-feira, 9, o programa Black Track. É o primeiro projeto idealizado e coordenado por Viviane Duarte desde que ela assumiu o posto de head of connection planning para América Latina, em junho.
Com três pilares de atuação – empreendedorismo, cultura e transformação – o Black Track ajudará tanto marcas com pautas raciais em estágio avançado quanto organizações que ainda não têm diretrizes definidas. Avon e Havaianas, junto às suas respectivas agências, são os primeiros anunciantes a aderir ao programa para dar continuidade às suas agendas de diversidade e inclusão.
Nos últimos anos, a Meta vem promovendo iniciativas voltadas a grupos sub-representados, como o Rise, programa de treinamento e capacitação para publicitários, e o Ads for Equality, que dispõe modelos analíticos e metodologias para marcas criarem campanhas mais diversas e representativas. Segundo Vivi, muitas dessas iniciativas aconteciam de forma independente e, a partir de agora, todas passam a ser plugadas dentro do propósito de promover a evolução racial no mercado.
Entre as frentes recém-criadas por ela estão um programa de media training para diversidade e sprints criativos para plugar criadores de conteúdo e lideranças de comunidades para cocriar novas narrativas com as marcas. A ideia é que o projeto impacte não somente a narrativa da propaganda, mas sobretudo a vertical de diversidade e inclusão das marcas o ano inteiro.
“Meu desafio foi pensar nesses pontos de contato para que as marcas falem sobre isso não somente em novembro, no mês da Consciência Negra. A fala da Samantha Almeida no Caboré foi muito importante. Quantas Samanthas, Vivis e Gabis existem no mercado e precisam ter essa visibilidade?”, afirma Vivi referindo-se a duas vencedoras do Prêmio Caboré na segunda-feira, 6: Samantha ganhou a coruja de Profissional de Inovação e Gabriela Rodrigues recebeu a coruja de Profissional de Planejamento.
Vivi explica que o Black Track atuará de acordo com o desafio de cada marca. No caso de Avon, existe a oportunidade de criar uma escola de negócios para as representantes da marca, por exemplo.
O projeto chega em um contexto no qual consumidores estão cada vez mais atentos às práticas e propósitos da empresa em diversos âmbitos, ressalta a executiva. “Todo mundo tem a ganhar com essa nova configuração de negócios. O consumidor tem consciência sobre o quanto vale consumir determinado produto ou serviço: é um ato de transformação. Não dá mais para pensar na diversidade como assistencialismo, é inteligência de mercado”, diz.
*Crédito da imagem no topo: Shutterstock
Compartilhe
Veja também
Por que a Arezzo&Co assumiu o patrocínio do Minas Tênis Clube
Times de ponta e de base passam a se chamar Arezzo&Co/Minas e Arezzo&Co/Teknisa/Minas e CEO Alexandre Birman explica iniciativa
Pepsi deixa Show do Intervalo no Super Bowl após dez anos
Marca de bebidas diz que a decisão faz parte de um movimento maior de mudanças em relação às experiências de música e entretenimento