Executivos globais revelam suas prioridades para 2022

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Executivos globais revelam suas prioridades para 2022

Retenção de talentos, diversidade e inclusão e o metaverso se destacam entre executivos de empresas como Twitch, TikTok, General Mills, McCannWorldgroup e R/GA


3 de janeiro de 2022 - 15h31

Entre aquilo que executivos da indústria pretendem planejar e executar, neste ano que se inicia, alguns temas se sobressaem (Crédito: Shutterstock)

 

Do AdAge (*)

Conheça resoluções para o ano que oficialmente se inicia para o mundo do trabalho nesta segunda-feira, 3, feitas por alguns dos principais executivos globais de mídia, anunciantes e agências. O levantamento do AdAge selecionou 22 pessoas para falarem sobre suas prioridades para este ano, das quais o Meio & Mensagem – parceiro de conteúdo da publicação americana – destaca algumas de executivos/empresas mais conhecidos no País. As respostas indicam que ainda há muitos assuntos a serem totalmente resolvidos, compreendidos e abordados, incluindo retenção de talentos, novas abordagens à diversidade e inclusão e como navegar o metaverso. A seguir, o que alguns deles disseram.

David Cohen, CEO do IAB

“Minha resolução é assegurar que nós, como indústria, falemos menos e façamos mais. Temos muitos aviões que precisamos aterrissar, seja em mensuração, seja uma reforma nacional de privacidade, combater fraudes ou seguirmos para onde os consumidores estão nos levando”

Jeri Devard, fundadora da Black Executive CMO Alliance

“Manter o pé no acelerador no aumento da representação das lideranças negras. Se você tem metas estabelecidas, garanta que haja consequências em não as cumprir. Construir planos para destacar a marca no metaverso”

Sandie Hawkins, gerente geral na América do Norte para soluções de negócios do TikTok

“O Ano Novo traz ainda mais oportunidades para o TikTok de continuar desafiando anunciantes e agências a pensar de modo diferente. A indústria está evoluindo de abordagens data-driven ultrapassadas e aprendendo como aproveitar criatividade e autenticidade para conectar com o consumidor moderno. Estou ansiosa para ver os resultados de negócio incríveis que virão de interações reais e significativas entre marcas e suas comunidades em 2022”

Sarah Iooss, head de vendas para as Américas na Twitch

“É tempo de abraçar a mentalidade aberta da Geração Z. Eles cresceram completamente online, são orientados por missões e constroem comunidades digitais poderosas. Para nos conectarmos autenticamente com esse grupo, nós precisamos ser mais ousados e claros em como apoiamos seus valores. Isso significa adotar uma abordagem interseccional da diversidade e inclusão, sem fugir de nuances diferenciadas de autoexpressão e mesmo adotando uma abordagem mais liberal do conteúdo que consideramos apropriado. As práticas mais rígidas do passado não funcionarão para audiências mais jovens e quero esticar os padrões de nossa indústria e perspectivas para um engajamento mais genuíno”

Dan Lucey, CCO da Havas

“Resolução número 1: 2022 será o ano do funcionário. Agências precisam continuar a inspirar sua força de trabalho — e trazer de volta a diversão que perdemos nos últimos dois anos. Como indústria, precisamos abraçar o novo normal, criar uma cultura que não é baseada em um único lugar e prover um espaço físico onde os funcionários queiram estar. Empregadores também devem compartilhar dos valores dos empregados e oferecer oportunidades de atuarem em projetos que terão impacto no mundo. Resolução número 2: desvendar o metaverso. Cada agência em 2022 terá uma área de ativação para o metaverso. Assim como cada uma em 2021 teve uma ideia de NFT, uma série da Netflix, em 2020, e uma parceria com o Airbnb, em 2019. O metaverso é, claramente, o próximo boom, mas antes de iniciar ativações no metaverso em nossos clientes, precisamos tirar um tempo para descobrir que diabos isso realmente é – e como pode ser útil para os negócios de nossos clientes”

Andréa Mallard, CMO do Pinterest

“Há duas coisas que são ‘top of mind’ para mim. A primeira, inclusão: a publicidade tem tido menos impacto por causa de uma ausência relativa de vozes criativas diversas. Mas há líderes lá fora trabalhando para fomentar talentos jovens e sub-representados e ajudá-los a entrar na indústria. Então, contrate agências como a OneBlockVillage, de Detroit, que está tirando criativos excelentes de uma escola local de artes do ensino médio (e – posso atestar pessoalmente —entregando um pensamento e trabalho criativo incríveis) ao mesmo tempo em que dá a esses estudantes maravilhosos um gosto (e espero que uma paixão por) do que são carreiras na publicidade. Em segundo lugar, o metaverso: nenhum líder de marketing deve dormir no ponto quanto a essa oportunidade. As marcas já estão sendo construídas no metaverso e a inovação está acelerando. Meu recém-habilitado filho adolescente fez teste drive de um Hyundai no Roblox. Minha filha adolescente descobriu a Marc Jacobs pela primeira vez no Animal Crossing. Essa é uma forma mais participativa que passiva de engajamento com as marcas e há oportunidade real aqui para um pensamento mais criativo, inovador e expansivo”

Doug Martin, novo chief brand officer da General Mills

“Gostaria de ver um foco no desenvolvimento dos funcionários. Tem sido um momento difícil em todos os lugares, entre as demandas da pandemia e trabalhar de casa. Tem sido complicado unir as pessoas para socialização e conseguir o que chamaria de benefícios mais suaves de estar em grupo. Então, gostaria de ver foco no próximo ano em desenvolver a comunidade de funcionários e, também, em treinamento e desenvolvimento. Assegurar que o contrato que temos – você está nos dando seu tempo, nós estamos te dando um pagamento – seja muito mais que apenas isso. Quero que as pessoas sintam que estão crescendo e aprendendo ao estar aqui. Este é o ambiente que estou tentando criar”

Kirk McDonald, CEO do GroupM para América do Norte

“Há um monte de coisas que desejo que a indústria abandone. É nosso peso morto e pensamento de legado. Alguns deles são nossas visões partidárias e alguns de nossos modelos operacionais que não terão mais papel no futuro. No que diz respeito a um viver melhor… sinto que a força de trabalho de hoje e do futuro quer estar envolvida em um trabalho mais engajador e com propósito… O renascimento da indústria de publicidade, o mundo das agências e dos parceiros de mídia gira em torno de crescimento, um crescimento guiado por propósito que pareça ser um material significativo para causas importantes”

Suzanne Powers, presidente e executiva-chefe de estratégia do McCann Worldgroup

“Primeiro, bem-estar é tudo.  Isso é um sentimento arrebatador, claro, para nossas pessoas e também como a gente estabelece as condições para que eles prosperem, assim como nossos clientes e nosso próprio negócio. O bem-estar das pessoas, famílias, comunidades, companhias e o mundo como um todo são completamente interdependentes um do outro. Os próprios dados de nossa “Truth Central” (Central da Verdade, unidade de pesquisa)  confirmam isso e descobriu que as marcas, mais que governos, têm mais poder para fazer mudanças positivas. O poder está em nossas mãos como líderes de marcas e creators. Mas não é possível fazer nada disso se seus talentos não estiverem em estados mentais, físicos, funcionais e emocionais em que a criatividade possa prosperar. Cabe a nós, como indústria, lidar com esse desafio juntos e coloco energia nisso exatamente. Em segundo lugar, a habilidade humana guia renovações. Aprendemos tanto com a pandemia, de negação, a medo, não aceitação e mesmo à inovação, o poder dos humanos de não apenas “superar”, mas de fato florescer, inventar, criar foi nada menos que inspirador. Em nossa companhia, inventamos tantas formas de resolver problemas em diferentes geografias, habilidades e agências aparentemente díspares, uma vez que as condições mudam num piscar de olhos. Por quê? Porque como nossa pesquisa revela há um desejo forte globalmente das pessoas por criar mudança real a partir daquilo que aprenderam e o que continuam a experimentar todo dia, uma vez que a incerteza continua”

Ashish Prashar, CMO global da R/GA 

“Como líderes, precisamos capitalizar sobre o que podemos controlar, ajudando as pessoas quando isso importar. Nossa indústria pode aproveitar para ajudar facilitar uma mudança positiva. Quero ajudar mais líderes de marketing usar seus recursos para mudança social efetiva. Podemos começar por trazer pessoas que foram sistematicamente prejudicadas por questões de impacto orientadas em torno da justiça ou equidade. Precisamos começar a criar uma nova narrativa poderosa e é nossa responsabilidade como indústria criativa questionar que ideias e valores estamos disseminando. Como líderes de publicidade e marketing, precisamos começar a desempenhar um papel ativo no lado certo da história ao fazer o certo pela sociedade, o certo pelas pessoas. Construir uma força de trabalho mais humana significa aceitar os indivíduos pelo que são. Acredito que isso seja especialmente necessário no caso de indivíduos anteriormente encarcerados; nossa indústria precisa contratá-los mais proativamente. Se vidas negras importam, não podemos trabalhar para o complexo industrial prisional ou a polícia. Espero que nossa indústria assuma uma posição para apoiar nossos colegas, amigos e vizinhos”

(*) Tradução: Roseani Rocha

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