A culpa não é do PowerPoint

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Ponto de vista

A culpa não é do PowerPoint

Não há ideia boa que resista a uma apresentação feia


2 de abril de 2015 - 8h09

Não há ideia boa que resista a uma apresentação feia. Se você acredita que o conteúdo é a única coisa que interessa na sua apresentação, sinto muito. Você está enganado.

Mau gosto atrapalha muito mais do que você imagina. E a dura verdade é que 99 em cada 100 apresentações são muito ruins. Ou porque o autor não sabe usar os software, ou porque tem mau gosto mesmo.

Elementos voando na tela, fontes que mudam a cada página, imagens com baixa resolução ou com marcas d’água porque você não quis pagar por elas, etc. As razões não param aqui.

Como se não bastasse, você não se informa sobre o formato da tela da apresentação e aparece lá com as dimensões erradas. Fez em 4×3 e a tela da sala de reuniões do chefe era 16×9. Aí todas as imagens ficam esticadas. Que coisa feia…

Você pode nem perceber, mas o seu chefe ou cliente percebem. E quando isso acontece, eles imediatamente formulam uma opinião sobre você. Descuidado, de mau gosto, mal preparado, etc. Até você recuperar a sua reputação a apresentação já acabou.

Mas a tacada final é a falta de preparo para apresentar. Fez a apresentação e acha que está tudo bem? Errado. Se você não ensaiar até decorar os slides, as coisas vão se complicar.

Conheça de cabeça cada slide e sua sequência na apresentação. Principalmente os primeiros dois ou três. São nestes que o ritmo de todos os outros será estabelecido. Se o pessoal gostar, vai decidir escutar o resto. Se não, esqueça.
Se fizer tudo isso você poderá finalmente se concentrar em contar a sua história sem preocupação alguma.

Agora chega de colocar a culpa no pobre do PowerPoint. O Bill Gates fez o trabalho dele. Agora é sua vez.

Ricardo Fort (@SportByFort) é executivo de marketing internacional baseado em São Francisco, Califórnia

 

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