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Grupo Globo explica reposicionamento
Em entrevista ao Valor Econômico, Roberto Marinho detalha novos planos da empresa
Em entrevista ao Valor Econômico, Roberto Marinho detalha novos planos da empresa
11 de setembro de 2014 - 3h08
Uma reunião convocada pelos herdeiros de Roberto Marinho, apresentada por Pedro Bial e com a presença de 280 executivos de todo Grupo Globo agitou o Jockey Clube do Rio de Janeiro na tarde dessa quarta-feira, 11. Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto falaram sobre os planos da empresa sob a nova marca, que substituiu a palavra “Organizações”, longamente usada.
À reportagem do Valor Econômico – jornal que é fruto de sociedade do Globo com o Grupo Folha –, João Roberto disse que seu pai costumava ser uma referência para toda a empresa. “Para onde ele apontava, todos iam.” A nova posição reflete, portanto, a busca de um modelo de negócios firme, porém sem buscar substituir a figura de liderança central do fundador do grupo. “Nenhum de nós queria ser Roberto Marinho, ter uma imagem pública forte, uma identificação pessoal tão relevante como a dele. Ao contrário, queríamos ter uma atitude mais discreta. Decidimos que formaríamos um conselho de administração. Trabalharíamos os três sempre juntos e decidiríamos tudo juntos”.
Dessa forma, os irmãos ocupam funções executivas, mas assumem cadeiras nos conselhos conforme afinidades. Dessa forma, Roberto Irineu, experiente em planejamento estratégico, assumiu a presidência. João Roberto, que trabalhou no jornal O Globo e na TV Globo, é vice-presidente e responsável pela linha editorial e relações institucionais. A Fundação Roberto Marinho ficou a cargo de José Roberto, assim como relações com terceiro setor – ele também é vice-presidente. O Grupo centraliza as áreas jurídica, de planejamento e controle e financeira, estrutura comandada por Jorge Nóbrega. O conselho de administração é formado pelos três irmãos, Nóbrega, Octávio Florisbal (ex-diretor geral da Rede Globo) e Pedro Carvalho, executivo com longa trajetória.
Além da reorganização administrativa, João Roberto explicou ao Valor que o novo posicionamento busca uma integração de fato das diferentes plataformas da empresa. “O ambiente multiplataforma está nos estimulando a aumentar a integração entre as áreas internas e as empresas do grupo”, disse ao jornal. O executivo explicou que o momento atual é o ápice de um processo de conversão total em conteúdo, após a empresa ter abdicado de grandes apostas em negócios como operação de TV paga, telefonia e imóveis, sinalizando que a concentração visa a concorrência internacional. “Quando olhamos o futuro, enxergamos uma competição maior de outros países, de grupos que operam internacionalmente. A competição vem lá de fora, seja na televisão por assinatura, nos sites, nos produtos, na internet. Temos que ser muito bons nisso para poder competir com o pessoal de fora”, afirmou.
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