The Economist amplia pesquisas no Brasil

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The Economist amplia pesquisas no Brasil

Grupo inglês aproveita resultado eleitoral para lançar estúdio inédito e anunciar novo escritório


29 de outubro de 2014 - 10h46

Uma das publicações mais influentes e tradicionais do mundo finca os pés no Brasil. A The Economist, revista de economia e política criada em 1843, em Londres, abre oficialmente nesta quarta-feira, 29, um escritório de sua unidade de pesquisas em São Paulo.

A Economist Intelligence Unit (EIU) é uma divisão de negócios do grupo que elabora, desde 1946, pesquisas qualitativas e quantitativas sobre temas diversos para empresas privadas, públicas e ONGs. “A marca The Economist já é bem conhecida no mundo e a gente quer apresentar a EIU para impulsionar seu crescimento enquanto unidade de negócio separada e independente do Grupo”, afirma David Humphreys, diretor de pesquisas para as Américas da EIU.

O executivo explica que a unidade já atuava no Brasil – assim como a revista – há muitos anos. Mas que o florescimento de negócios, seja de multinacionais querendo investir no Brasil ou de empresas locais querendo se expandir para o exterior, justifica um maior investimento do Grupo na filial.

Independência
Humphreys também se refere à independência entre os diversos setores do grupo: a estrutura dos negócios de mídia da Economist e o trabalho decorrente em nada se relacionam com a EIU. A empresa faz questão de ressaltar essa separação, uma vez que a revista é reconhecida por suas opiniões contundentes a respeito do quadro político-econômico global. Na edição internacional de 18 de outubro, por exemplo, a matéria de capa defendia a eleição de Aécio Neves para presidente do Brasil.

“O resultado das eleições não muda de fato nossas operações aqui, pois o cenário está se desenrolando conforme nossas perspectivas de mercado”, destaca Humphreys. Para chamar a atenção sobre a ampliação de seus negócios no País, a EIU apresenta hoje a jornalistas e expoentes do empresariado brasileiro a pesquisa “Brazil’s political and economic outlook under Dilma 2.0”. Inédita, versa sobre as oportunidades de negócios e o panorama econômico do País diante da reeleição de Dilma Rousseff.

Apesar da EIU ser o maior foco agora, o escritório em São Paulo também vai funcionar como um hub do Grupo no Brasil. Vai absorver parte da estrutura de negócios editoriais e dos representantes comerciais que já atuavam no País, e poderá ser utilizado pelo correspondente da revista, Jan Piotrowski.

Perspectivas
Entre outros destaques, a pesquisa apresentada pela EIU dimensiona o Brasil dentro da chamada "business environment rankings" (BER), um índice do próprio instituto, no qual o País está em 43ª posição entre 82 mercados analisados. Num gráfico comparado com o Chile, 14º no ranking, o Brasil supera no quesito “oportunidades de mercado” e encosta em “estabilidade política” e “financiamento”, ficando muito atrás em todos os outros dez itens, principalmente em “eficiência política” e “impostos” (veja gráfico).

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Por outro lado, a EIU aponta uma direção um pouco melhor para o crescimento do País. Após fechar 2014 com o PIB em estável (com vales de recessão técnica no decorrer do ano), a empresa aponta a recuperação a 1,5% de crescimento em 2015 e cerca de 2,5% entre 2016 e 2017, permanecendo estável nesse patamar até 2019.

O relatório ressalta que o mercado ficou receoso sobre declarações críticas de Dilma a respeito da independência do Banco Central durante a campanha. Acrescentou como fator preocupante os baixos índices de superávit primário – 0,9% do PIB, muito abaixo da meta de 1,9% – e as instabilidades nas matrizes energéticas e estruturais brasileiras. Destacou, por outro lado, as metas de tornar o mercado de trabalho mais competitivo internacionalmente e os programas sociais, que poderão ser incrementados segundo promessas de campanha.

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