Revista francesa é alvo de ataque

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Revista francesa é alvo de ataque

Conhecida por suas capas e conteúdo satírico, publicação Charlie Hebdo teve sua redação invadida por atiradores; 12 pessoas foram mortas


7 de janeiro de 2015 - 10h57

Atualizada as 17h34

A revista satírica francesa Charlie Hebdo foi alvo de um ataque na manhã desta quarta-feira, 7, em Paris. Por volta de 11h30 no horário local (8h30 no horário de Brasília), atiradores invadiram a sede da revista, disparando contra jornalistas e funcionários. De acordo com a imprensa internacional, 12 mortes foram confirmadas e, entre as vítimas fatais, estão quatro dos principais cartunistas da publicação.

O presidente da França, François Hollande, dirigiu-se ao local, onde classificou o ataque como terrorista e prometeu investigação e punição para aqueles que praticaram o ato e, segundo ele, feriram a liberdade do país. Ainda segundo Hollande, dois policiais que faziam a segurança da redação também teriam sido assassinados. Outras 40 pessoas, de acordo com o presidente da França, teriam escapado ilesas do ataque. Dois atiradores conseguiram fugir do local.

A Charlie Hebdo já havia sido alvo de um ataque, há três anos. Na ocasião, a publicação estampou em sua capa caricaturas do profeta Maomé e, posteriormente, teve sua sede incendiada. Brincadeiras e outras caricaturas de líderes islâmicos e de diversas figuras políticas internacionais eram frequentes nas edições da revista.

A postagem mais recente da Charlie Hebdo no Twitter, publicada na manhã desta quarta-feira, 7, é um cartum que satiriza o líder do Estado islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi (veja abaixo). O governo francês ainda não divulgou informações sobre os suspeitos do atentado.  

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Entidades lamentam ataque

Na tarde desta quarta-feira, 7, a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) divulgou um comunicado lamentando profundamente o ataque sofrido pela Charlie Hebdo. “Além das perdas humanas, este atentado inaceitável atinge também a liberdade de expressão e de imprensa, pilares fundamentais para sociedades democráticas ao redor do mundo”, diz o presidente da Aner, Frederic Kachar, no comunicado.

A Associação Mundial de Jornais (WAN-Ifra) também manifestou sua indignação contra o ataque terrorista realizado em Paris. “Condenamos da maior forma possível essa absurda atrocidade e nos colocamos ao lado do Charlie Hebdo e de toda a comunidade jornalística”, declarou Vincent Peyrégne, CEO do Wan-Ifra.

 A Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) também se manifestou a respeito do terrorismo praticado contra o veiculo francês. No texto, o presidente da associação, José Alberto Lovetro (Jal), cita os cartunistas mortos no episódio – o editor e chargista Sthepane Charbonnier, os desenhistas Cabu e Tignous e o cartunista Wolinksi – e ressalta que o termo islã está relacionado à palavra paz, algo bem diferente do ato praticado contra o jornal. “Repudiamos, sempre, todo e qualquer ato de violência à liberdade de expressão. O desenhista é justamente o artista que busca a defesa dos mais fracos e oprimidos, desde que as charges começaram há 200 anos”, diz o comunicado.

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