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Google anuncia medidas contra fake news

Empresa afirma aumento de investimento em programas dedicados a fontes de mídia confiáveis e a verificação de noticiário urgente


21 de março de 2018 - 14h27

Por Garett Sloane, do Advertising Age*

O Google ajudará a gerar inscrições online para publishers (crédito: reprodução/iStock)

Por meio de novos programas dedicados a fontes de mídia confiáveis e a verificação de notícias urgentes, o Google passa anuncia uma série de medidas contra fake news, desde seus resultados de pesquisa até o YouTube, como a instalação na plataforma de vídeo de uma seção “Top news” de veículos verificados. O anúncio foi feito na terça-feira, 20, em evento em Nova York, junto a veículos como The Washington Post e The Financial Times.

“Pessoas mal intencionadas frequentemente usam as plataformas do Google para espalhar notícias urgentes, o que aumenta a chance de distribuir conteúdos imprecisos”, disse Philipp Schindler, diretor de negócios do Google, num comunicado oficial. “Por isso, treinamos nossos sistemas para reconhecer esses eventos e ajustar nossos sinais em direção a um conteúdo mais legítimo. Há desafios comparáveis no YouTube e estamos adotando uma abordagem semelhante, destacando informações relevantes de fontes de notícias verificadas na estante de ‘Top News’”.

Durante as eleições de 2016, o Google foi uma das principais empresas da internet a serem surpreendidas ao trazer à tona a fragilidade de plataformas quando usadas como canais para espalhar informações falsas e conspirações. Muitas vezes, sites de baixa qualidade possuem uma boa classificação no Google Notícias, apesar de disseminarem dados inverídicos; e canais do YouTube que falam de teorias conspiratórios geralmente crescem durante eventos como o tiroteio em Las Vegas, nos Estados Unidos, que aconteceu no ano passado.

O Facebook e o Twitter também lutaram para conter a enxurrada de desinformação e para impedir que atores maliciosos utilizem seus sistemas. Com o objetivo de definir melhores práticas na rede social e aumentar o número de perfis confiáveis, o Facebook vem trabalhando com empresas de mídia. Além disso, a plataforma está investindo em uma seção de notícias para o produto Watch, o que originaria uma plataforma com fontes consagradas.

Já o Google diz que está criando o Disinfo Lac, com a ajuda de um grupo chamado First Draft, com o intuito de combater notícias falsas durante grandes acontecimentos como eleições e outras histórias de última hora. A multinacional também está trabalhando com Poynter Institute, Stanford University e  Local Media Association para criar uma organização de alfabetização midiática para crianças. O Google ainda comunicou um plano de auxílio a veículos como The Washington Post, visando gerar mais receita com assinaturas.

“Os consumidores estão dispostos a pagar por conteúdo de notícias digitais, o que cria uma oportunidade de receitas para além da publicidade”, disse o Google, em seu blog. O plano inclui o “Subscribe with Google”, uma maneira de tornar mais fácil o pagamento de publishers online, anunciada no ano passado e que chegou ao mercado nesta terça-feira. A empresa também tem trabalhado na criação de um sinal de “propensão a assinatura” no DoubleClick, ferramenta de publicidade do Google que levaria veículos à frente de seus leitores.

O Google diz, por meio de pesquisa e do YouTube, que no passado movimentou dez bilhões de cliques por mês em sites de mídia, gerando US$ 12,6 bilhões para publishers.

(*) Tradução: Victória Navarro

Crédito da foto do topo: 4kodiak/iStock

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