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Roda Viva quer mais pluralidade com Ricardo Lessa

Jornalista estreia como apresentador na segunda-feira, 9, em sintonia com pedido da Cultura para trazer mais pontos de vista ao debate


6 de abril de 2018 - 11h26

Na segunda-feira, 9 de abril, o programa Roda Viva, da TV Cultura, reestreia com apresentação do jornalista Ricardo Lessa. Ele substitui a Augusto Nunes, que se despediu de sua segunda passagem como moderador do programa na segunda-feira, 26 de março, em entrevista com Sérgio Moro, juiz da Operação Lava-Jato. Para além de representar um novo rosto à audiência, Lessa traduz um desejo da TV Cultura por mais diversidade de entrevistados e pautas.

 

Jornalista há 40 anos, Lessa esteve no Grupo Globo, O Estado de S. Paulo, Correio Braziliense, TV Gazeta e outros (Crédito: Giovanna Gaddini/Divulgação)

Além de manter no foco políticos, autoridades, artistas e outras personalidades que já vinham participando do Roda Viva, o jornalista pretende trazer debates com representantes do movimento afro, feminista, porta-vozes de ongs e nomes importantes de áreas diversas. Pessoas que, de acordo com ele, tem destaque no trabalho diário mas não costuma ter a mesma voz. “O conselho pediu que o programa ouvisse mais gente e fosse mais plural. Nós vamos procurar pessoas de diferentes origens e pontos de vista para entender o que eles pensam. Foi um dos itens da minha contratação. Não tem restrição de tema e de questão política”, conta Lessa.

Ricardo Taira, coordenador-geral de jornalismo da TV Cultura, diz que a escolha se deu através da busca por um profissional que se alinhasse aos princípios do programa como ferramenta para auxiliar o público a construir suas próprias opiniões. “Hoje, em um momento em que o País se encontra sob discussões acaloradas e polarizadas, muitas vezes sem espaço para a convivência entre diferentes, buscávamos alguém com a capacidade de intermediar com equilíbrio vozes dissonantes e opostas. Vimos esse potencial no Ricardo Lessa”, afirma Taira.

“Fica uma chatice quando você tem um só ponto de vista”, diz Ricardo Lessa

Outra prioridade é melhorar a integração com estratégias digitais. Lessa conta que o departamento de mídias sociais vai procurar estreitar o relacionamento do programa com com criadores de conteúdo. Anteriormente, em ocasiões especiais, influenciadores fizeram participações especiais e o saldo é considerado positivo. A emissora vai incluir tuítes na tela e fará transmissões ao vivo antes de depois do programa via Facebook, YouTube, no aplicativo Cultura Digital e no site da TV Cultura. Além disso, os espectadores estarão mais ativos através do aplicativo da TV respondendo à enquetes e enviando perguntas, comentários e vídeos.

A ideia “é tornar a marca Roda Viva um produto cada vez mais sólido no ambiente digital e cativar outros públicos”, segundo Tiara. Para o executivo, é uma forma criar maior aderência entre a base de seguidores no Twitter, com muitos usuários de 18 a 24 anos, e a audiência do Roda Viva na televisão, composta por pessoas de meia-idade.

Lições de jornalismo
Jornalista há 40 anos, Lessa foi apresentador e editor-chefe do Bom Dia Rio, chefe de reportagem do Jornal Nacional, ambos da TV Globo; repórter de mercado financeiro e âncora do Jornal das 10, da GloboNews; repórter especial de política do jornal O Estado de S. Paulo; subeditor de política do Correio Brazilienseeditor e âncora da rádio estatal americana Voice of America; apresentador do Primeira Página, da TV Gazeta, e autor dos livros The Amazon in a NutshellAmazônia: Raízes da Destruição e A que Hora Vem o Povo?.

Questionado sobre a tensão ideológica que toma o Brasil, Lessa acredita que o Roda Viva é um espaço privilegiado na TV a oferecer conteúdo de qualidade com diferentes pontos de vista. “Os extremismos não levam a lugar nenhum, cada um berrando do seu lado. Não contribui. Gera muito calor e pouca energia”, afirma.

Ele diz que o programa expressa uma da primeiras e principais lições do jornalismo: ouvir o outro lado. “Primeiro, fica uma chatice quando você tem um só ponto de vista. O Roda Viva permite uma diversidade maior de ideias, mais tempo para que se escute personalidades diferentes, mais tempo para que as pessoas exponham o que pensam. É um espaço único em que você conhece mais alguém e é essencial que as pessoas conheçam mais umas as outras. É enriquecedor”, completa.

 

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