O que o pedido de IPO do Pinterest revela sobre a empresa?

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O que o pedido de IPO do Pinterest revela sobre a empresa?

Com crescimento de receita e operação no vermelho, plataforma pretende se aproximar de setores como turismo '


25 de março de 2019 - 11h09

Pinterest entrou com pedido de IPO nesta sexta-feira, 22.

Por George P. Slefo, do Ad Age*

O Pinterest deu entrada no processo de abertura de capital na última sexta-feira, 25. Os documentos revelam a estratégia de crescimento da empresa, e sua receita com anúncios.

Os números

A plataforma de pesquisa visual tem perdido dinheiro, mas a sua receita também aumenta constantemente. O Pinterest – que planeja ser listado como “Pins” na Bolsa de Nova York – afirmou que perdeu cerca de US$183 milhões em 2016, mas apenas US$63 milhões em 2018.

A receita geral, enquanto isso, está aumentando. Durante esse mesmo período, foi de US$300 milhões para US$756 milhões. A companhia tem um modelo de negócio baseado em anúncios, com marcas pagando para ações como “pins promovidos” ou anúncios que apareçam ao lado de imagens selecionadas por usuários comuns.

A eMarketer afirmou. em outubro. que o Pinterest geraria meio bilhão de dólares em 2018, e que atingiria o dobro disso em 2020. Levando em conta as informações dadas no processo aberto pela plataforma, ela já está um ano à frente das previsões. Agora, a eMarketer afirma que a companhia passará da marca de US$1 bilhão ainda em 2019.

Competição

A companhia afirma que Google, Facebook, Instagram, Twitter, Snapchat e Amazon são seus principais rivais. “Muitos desses competidores têm histórias operacionais mais longas, condições financeiras, técnicas e de marketing significantemente melhores, além de uma base de usuários maior que a nossa”, afirmou a empresa no processo. “Esses competidores também têm acesso a um volume maior de dados e são plataformas que são usadas de forma mais frequente que a nossa, o que pode permitir que eles entendam melhor sua base e construam conteúdo melhor e mais relevante para ela”.

A empresa destaca como obstáculos em regulamentação – como o GDPR e as legislações da Califórnia – podem atrapalhar seu crescimento. Ao mesmo tempo, é de alguma forma dependente do duopólio entre Google e Facebook por conta da ferramenta de acesso único que as empresas mantêm na rede social.

Target

O Pinterest afirma ter mais de 250 milhões de usuários ativos, sendo dois terços formados por mulheres. Cerca de 43% da base é estadunidense, “isso inclui oito em cada 10 mães, que é quem recorrentemente toma a decisão de compra para produtos e serviços em sua residência. Temos também mais da metade de todos os millennials dos EUA”, afirma o documento.

O Pinterest tem uma proposta de valor única que os usuários pesquisam e salvam coisas que querem comprar. A companhia chama a si mesma de um “motor de pesquisa e descoberta visual”. Recentemente, a empresa contratou colaboradores de empresas como o Google para que profissionais de marketing possam investir em palavras chaves, de forma similar à realizada na ferramenta de pesquisa.

Sua diferença, segundo eles, é o aspecto visual da plataforma. Cerca de 97% das mil pesquisas mais populares não estão relacionadas com alguma marca, o que significa que pessoas que procuram, por exemplo, por uma “jaqueta de couro marrom” verão diferentes modelos, mas não uma marca específica. Uma ferramenta chamada “Shop the Look”, aplica computação visual para achar produtos similares que estão à venda. A ferramenta busca desafiar o “Product Listing Ads”, do Google.

Apesar de que produtos de consumo são a maior fonte de renda da plataforma, a empresa olha para mercados como montadoras, entretenimento e viagens como áreas de crescimento significativo para a companhia.

*Traduzido por Salvador Strano

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