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TV abre mais espaço para produção independente

Canais como Smithsonian, BandNews, Canal Brasil e HBO mantêm modelo de coprodução como uma das principais fórmulas de composição de grade


30 de abril de 2019 - 11h22

Documentários sobre o ecossistema do Pantanal brasileiro fazem parte da grade de estreia do Smithsonian Channel no País (Crédito: Divulgação)

Sancionada em 2011, a Lei 12.485 – que trouxe aos canais a obrigatoriedade de veicular diariamente um percentual mínimo de conteúdo brasileiro – impulsionou o interesse pelo audiovisual brasileiro e ampliou os caminhos pelos quais os filmes, documentários, séries, programas e outros formatos chegassem até o público espectador. Se começou como algo obrigatório do ponto de vista legal, a exibição da brasilidade nas telas já é, atualmente, uma estratégia de negócios para os diferentes players do setor.

Não à toa, a Netflix anunciou que, nos próximos anos, irá produzir e lançar 30 conteúdos nacionais em seu portfólio, composto por um cardápio extenso de atrações internacionais e de alguns conteúdos brasileiros que, segundo a plataforma, cativaram a audiência em outros mercados, como a série 3%. Querendo fazer concorrência à mesma altura, a Globoplay também começa a se apresentar como uma plataforma receptiva à parcerias de coprodução que consigam retratar diferentes geografias, paisagens, culturas e estilos das mais variadas regionais do País. “Queremos ser um hub de conteúdo brasileiro”, disse João Mesquita, CEO da Globoplay, durante apresentação na Rio Creative Conference (Rio2C), realizada na semana passada, no Rio de Janeiro.

Durante o evento, outros veículos mostraram que a produção independente nacional terá lugar em sua grade. Recém-lançado no País em parceria com o grupo Bandeirantes, o Smithsonian Channel – emissora criada por uma parceria entre o Smithsonian Institution, dos Estados Unidos e a rede de TV CBS – quer colocar, ao lado das produções internacionais sobre ciência, astronomia, cultura e natureza, que já compõem seu cardápio global, produções e séries sobre o Brasil.

Canal fará a curadoria de documentários e incentivará a busca por patrocínios e incentivos para os projetos aprovados (Crédito: Reprodução)

A produção brasileira tem muita qualidade e estamos em busca de conteúdos e parcerias para mostrar muito do Brasil em nossa grade”, comentou David Royle, vice-presidente executivo do Smitshonian Channel, ao anunciar que as primeiras produções nacionais do canal serão sobre o ecossistema do Pantanal.

Ainda na Band, o canal de notícias do grupo também abrirá espaço para trabalhos desenvolvidos por produtoras independentes. O BandNews TV anunciou a criação de uma faixa para e exibição de documentários, batizada de Band Docs. “Nossa proposta é de apenas inicialmente apresentador documentários feitos pelo próprio canal. Queremos, principalmente, veicular projetos produzidos fora, que serão apresentados em primeira mão no BandNews TV e depois poderão frequentar outras mídias”, disse Marcello D’Angelo, diretor executivo do BandNews TV.

Para isso, a emissora promete fazer a curadoria de projetos de documentários mostrados por produtoras. Caso sejam aprovadas, as ideias contarão com apoio do canal para a busca de patrocinadores ou o financiamento via incentivos públicos. Segundo o diretor do canal, serão priorizados documentários que tenham linguagem televisiva, narrativa histórica e que possuam cerca de 30 minutos de duração.

A estreia da faixa Band Docs acontece nesta terça-feira, 30, às 23h30, com a exibição de um documentário sobre o tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna, cuja morte completa 25 anos nesta quarta-feira, 1º de maio.

Desde a sua fundação priorizando a produção independente nacional, o canal Brasil pretende continuar sendo uma janela para a exibição dos trabalhos de diretores, roteiristas e produtores brasileiros. “Somos o canal que mais contrata produtoras, sob os diferentes modelos de parcerias. Em dez anos, o Canal Brasil coproduziu mais de 320 longas metragens. Desse total, conseguiremos recuperar o retorno investido em cerca de dez filmes. Mas nosso objetivo nunca foi rentabilidade, mas sim marcar presença na produção nacional de filmes e consolidar nossa marca nessa área”, conta André Saddy, diretor-geral do Canal Brasil.

O executivo, que também participou da Rio2C, sugeriu que as plataformas de streaming que sinalizam interesse em ampliar os conteúdos brasileiros de seu cardápio estendam a parceria para o momento da produção e não apenas licenciem os produtos já prontos. “As empresas de streaming, em sua maioria, possuem um olhar diferente para a produção de longas e de séries. Seria bem mais saudável ao mercado se elas entrassem mais cedo na produção de filmes, não apenas licenciando, mas participando de todas as etapas de produção e ajudando a fomentar a indústria”, disse o diretor-geral do Canal Brasil.

Há 25 anos operando no mercado nacional, a HBO mantém a coprodução como o modelo ideal para levar à grade projetos nacionais. Segundo o vice-presidente corporativo de produções originais do canal, Roberto Rios, diferentes abordagens do universo brasileiro, sob os mais diversos aspectos, são atraentes ao canal. Neste ano, por exemplo,a HBO levará ao ar seis séries nacionais com narrativas bem distintas da realidade, História e tipos brasileiros. Uma delas, em parceria com a O2, é Pico da Neblina, que abordará o tema da legalização da maconha sob o ponto de vista de jovens da periferia de São Paulo. Já em “O Hóspede Americano”, coproduzida com a Cygnus Media, a emissora mostrará um episódio da História nacional acontecido em 1913, quando o presidente norte-americano na época, Theodoro Roosevelt, fez uma visita à região de Rondônia.

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