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Após suspensão de FSA, secretário de cultura deixa ministério
Henrique Pires alega discordância com política que resultou no adiamento de edital; entre mais de 70 projetos, quatro séries têm temática LGBT
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22 de agosto de 2019 - 11h07
Henrique Pires, secretário especial de Cultura, sob a pasta da Cidadania, deixou o cargo após afirmar que o governo realiza filtros em relação às políticas culturais. Na quarta-feira, 21, o Planalto publicou no Diário Oficial a suspensão de um edital de financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) a produções de TVs públicas. O motivo seria o fato de quatro séries de temática LGBT+ estarem entre as participantes.
A presença desses conteúdos no edital foi criticada publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro durante uma live nas redes sociais. A suspensão atinge também outras 11 categorias que seriam contempladas pelo FSA. Os projetos deveriam passar por uma comissão especial e, caso aprovados, receberiam verbas que variam entre R$ 400 mil e R$ 800 mil cada. A justificativa oficial do governo à suspensão do edital é que o comitê gestor do fundo precisa ser recomposto.
Em nota divulgada à imprensa, o ministério da cidadania afirmou que Henrique Pires não decidiu sair, mas foi demitido por não desempenhar as políticas propostas pela pasta.
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