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Disney+ enfrenta problemas de transmissão

Concorrente de plataformas como Netflix, a Disney disse que a demanda do consumidor pelo serviço em seu primeiro dia excedeu suas expectativas


14 de novembro de 2019 - 6h00

*Do AdAge, com informações do Bloomberg

 

O Disney+ estreou, nesta terça-feira, 12, nos Estados Unidos (crédito: reprodução)

A tão esperada estreia do streaming da Disney, o Disney+, realizada nesta terça-feira, 12, foi prejudicada por falhas técnicas. Alguns usuários relataram problemas para fazer o aplicativo funcionar, ao tentarem realizar login em suas primeiras horas de funcionamento, quando o Leste dos EUA e do Canadá estavam acordando. Os problemas relatados ao Twitter @DisneyPlusHelp variaram de “serviço indisponível” a questões específicas como “as primeiras temporadas de Os Simpsons estão com os episódios na ordem errada”. Foram identificadas mais de sete mil quedas, dentro de uma hora, segundo o portal Down Detector. O número caiu para 3.750, a partir das 10h20, horário de Nova York.

A Disney disse que a demanda do consumidor pelo serviço excedeu suas maiores expectativas. “Enquanto estamos satisfeitos com essa resposta incrível, estamos cientes dos problemas atuais dos usuários e trabalhando para resolvê-los o mais rápido possível”, disse uma porta-voz, em comunicado.

A Disney, dificilmente, é a primeira empresa de mídia a lutar com o lado técnico de um streaming. Em 2014, o serviço de streaming da HBO caiu durante a estreia da temporada de Game of Thrones. Até gigantes da tecnologia como Amazon e YouTube tiveram problemas, embora suas falhas tenham acontecido ao transmitir esportes ao vivo, o que é visto como mais difícil do que o streaming sob demanda de programas de TV e filmes.

Para administrar o sistema de retaguarda de seus serviços online como o Disney+, a Disney comprou uma participação de controle na BAMTech, líder em tecnologia de streaming. Serviços do tipo, geralmente, enfrentam dificuldades, no momento em que muitas pessoas tentam assistir ao mesmo tempo, disse Dan Rayburn, analista principal da Frost & Sullivan, quem escreve para o site Streamingmediablog.com. “É difícil por causa da complexidade do fluxo de trabalho”, disse Rayburn.

Em sua busca para transformar-se de um gigante do entretenimento para uma líder em streaming, a Disney está entrando em um mercado já cheio de grandes players, incluindo Netflix, Amazon e Apple. E, mais rivais mergulharão nessa empreitada em breve, como AT&T e Comcast. 

Por US$ 7 mensais, o Disney+ pode atrair até 90 milhões de assinantes em todo o mundo em cinco anos. A plataforma já tem alguns aliados importantes. Cerca de 19 milhões de clientes da Verizon poderão obter o serviço gratuitamente no primeiro ano, graças a um acordo feito pela Disney. E, os membros do fã-clube da Disney puderam pagar, antecipadamente, por uma assinatura de três anos por menos de US $ 4 por mês. “São negócios que você simplesmente não pode vencer”, afirmou Kevin Mayer, que chefia a divisão direta da Disney com o consumidor e ajudou a elaborar a estratégia de streaming.

As ações da empresa subiram 1,8% para US$ 139,25, nas negociações de Nova York, na terça-feira. A Disney está tentando tornar o produto acessível para o maior número possível de pessoas. Os clientes poderão armazenar sua senha em até dez dispositivos por família e assistir a quatro transmissões simultâneas de filmes ou programas.

O site foi projetado em torno de cinco principais temas, nomeados em homenagem às principais marcas da empresa, incluindo a Marvel e o canal National Geographic, recentemente adquirido. A companhia está gastando US$ 1 bilhão em sua nova programação, que inclui por exemplo a série live-action Star Wars. O Disney+ também oferecerá os filmes Guerra nas Estrelas em vídeo com definição em 4K, pela primeira vez.

Ao contrário do Netflix, que lança novas temporadas de programas ao mesmo tempo, o Disney+ divulgará um episódio por semana para seus programas originais. Os programas serão lançados à meia-noite, no horário do Pacífico, às sextas-feiras, a fim de atrair uma audiência global, de acordo com Ricky Strauss, chefe de conteúdo e marketing da Disney para o produto.

Uma parte essencial da estratégia de streaming da Disney é agrupar seus serviços. Por US$ 12,99, os assinantes podem obter um pacote que possui Disney+, ESPN + e a versão do Hulu. Esses três serviços custariam cerca de US$18, por mês, se comprados individualmente.

Tudo está custando muito para a empresa. A divisão de consumidor direto da Mayer viu suas perdas mais que dobrarem, para US$ 740 milhões no trimestre encerrado em setembro. A empresa não espera lucrar com o Disney+ por pelo menos cinco anos. Porém, as apostas em marketing do novo serviço parece ter valido a pena. O analista do UBS Group AG, John Hodulik, entrevistou mais de mil consumidores, em outubro, e descobriu que 86% tinham ouvido falar do Disney+. Quase metade, provavelmente, se inscreveria.

*Crédito da foto no topo: Expect Best/Pexels

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