Público fiel e engajado mantém valor da F1 na TV

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Público fiel e engajado mantém valor da F1 na TV

Mesmo sem a presença de pilotos brasileiros, competição segue atraindo fãs de velocidade e mantém apelo comercial na visão de profissionais de publicidade


11 de fevereiro de 2021 - 6h00

(Credito: Reprodução/formula1.com)

O Brasil já esteve em patamares melhores no pódio da Fórmula 1. O bicampeonato de Emerson Fittipaldi e os tricampeonatos de Nelson Piquet e de Ayrton Senna ajudaram a formar gerações de amantes da velocidade, que se habituarem a ficar diante da TV todos os domingos para torcer pelas vitórias de representantes do País. Com o passar do tempo, as novas configurações da competição e, sobretudo, a ausência de um piloto brasileiro nas pistas acabaram alterando o perfil da audiência, o que trouxe novos desafios para as transmissões do esporte no Brasil.

Ainda assim, o produto televisivo que foi adquirido pela Band para as próximas duas temporadas ainda tem um grande potencial de atrair uma audiência qualificada e, consequentemente, patrocinadores que queriam se comunicar com os apaixonados pela competição. Essa é a impressão de profissionais de agências de publicidade que veem na aquisição feita pela Band uma oportunidade de construir um novo diálogo com a audiência.

A emissora, no entanto, tem pela frente o desafio inicial de fazer o público, habituado a acompanhar a Fórmula 1 há 41 anos pela tela da Globo, consigam assimilar a competição em uma nova casa. “Manter a qualidade de transmissão e uma equipe que tenha respeito dos fãs da modalidade certamente estão entre os principais desafios. E não será nada fácil depois de tanto tempo, mas certamente a Band estará bem preparada e investirá consistentemente nesses quesitos”, acredita Francisco Rosa, diretor-geral de mídia e negócios da Artplan de São Paulo.

Herbert Gomes, diretor geral de mídia da Talent Marcel, ressalta que o esporte perdeu em preferência de massa nos últimos tempos, muito por conta das conquistas dos pilotos brasileiros no passado. “Após a saída dos brasileiros da Fórmula 1 a representatividade e o interesse do público foram diminuindo e aí se mantiveram os apaixonados pelo esporte e os interessados em velocidade e carros”, explica.

Essa audiência fiel traz, na visão de Gomes, uma oportunidade para a Band explorar o ativo de forma a aproximar a audiência da modalidade. “O projeto pode e deve gerar muito conteúdo, extrapolando as transmissões e gerando aproximação com o público. A F1 tem um entorno grandioso, como os pilotos, os preparativos, as idas e vindas pelos países. A Band deve aproveitar tudo isso”, sugere.

Assim que firmou um acordo com a Liberty Media, a Band já começou a procurar o mercado publicitário para discutir sobre o plano de patrocínio da competição. Na Globo, a Fórmula 1 sempre representou um dos pacotes mais valiosos do ano, com patrocinadores que costumavam permanecer na transmissão por anos, como Renault, Santander, Itaipava, Nivea e TIM, que foram os últimos cotistas do esporte na emissora. Em 2020, cada uma das cotas de patrocínio da Fórmula 1 da Globo tinha valor de tabela de R$ 98,950 milhões.

No mercado publicitário, a F1 tem a fama de atrair uma audiência qualificada, por conta da atração de um público realmente fiel ao esporte. Esse ativo pode ser bem aproveitado pela Band, na visão dos profissionais de agências. “Há um público cativo e de grande afinidade com esta competição, o que ainda garante bons índices de audiência e relevância em torno do tema. Associar-se a uma modalidade que tem um público fiel e engajado, que gosta e acompanha F1 há muito tempo, certamente beneficia as marcas que buscam formas efetivas de aproximação com seus consumidores”, coloca o diretor geral de mídia da Artplan.

No mercado publicitário sempre houve a ideia de que os patrocinadores, ao adquirirem uma cota de patrocínio da transmissão da F1, acabavam se beneficiando não somente da exibição das marcas nas provas, mas em toda a cobertura jornalística que envolvia o esporte na grade. Na Band, existe a expectativa de que esse valor permaneça. “Os principais benefícios são o conteúdo e a qualidade que a marca F1 traz. É um ativo grandioso”, complementa Gomes, da Talent Marcel.

A Band não deu detalhes ainda do plano comercial das transmissões que, além da TV aberta, também envolvem o canal BandSports, que irá exibir os treinos classificatórios.

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