Karol Conká: carreira, tropeços e recomeços

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Karol Conká: carreira, tropeços e recomeços

Cantora fala sobre o processo de reposicionamento de imagem, admite que perdeu parcerias comerciais e pontua que é importante que o BBB abra espaço para debates necessários


4 de fevereiro de 2022 - 6h05

Karol Conká (Crédito: Ale Monteiro)

Há um ano, quem acompanhava a 21ª edição Big Brother Brasil – ou até mesmo quem apenas seguia algumas notícias sobre o programa nas redes sociais – tinha um assunto em comum: o comportamento de Karol Conká no reality da Globo.

Convidada do grupo Camarote, entre os famosos e influenciadores que participaram do programa, a cantora, em quatro semanas, faria história na atração, deixando a casa com o maior recorde de rejeição já registrado no BBB, nas edições realizadas em todo o mundo: 99,17% dos votos.

O percentual atesta a rejeição com que a rapper foi recebida do lado de fora da casa. As discussões e situações geradas no programa, sobretudo as brigas e embates com os demais participantes, tornaram Karol um exemplo de crise de imagem. Nas redes sociais, muitas pessoas apostaram que a carreira da cantora estava destruída.

Financeiramente, houve, de fato, prejuízos. “Na época eu perdi algumas parcerias, o que vejo como algo natural, pois entendo que não é interessante para as marcas terem seus produtos representados em situações com momentos controversos”, declara a cantora e compositora, em entrevista concedida ao Meio & Mensagem, por e-mail.

Depois do BBB, a artista deu início a um processo de gerenciamento de crise e de imagem, que fez questão de expor ao público. A própria Globo realizou um documentário abordando sua conturbada participação na casa, chamado de A Vida Depois do Tombo, colocando-a de frente de situações às vivenciadas. Toda essa experiência, segundo ela, colocou-a em uma jornada de autoconhecimento.

Hoje, um ano depois da experiência, Karol vê o BBB – e os realities de forma geral – como palcos importantes para as discussões sociais e de comportamento. “Acredito que os temas que são levantados no reality abrem espaços para discussões e debates necessários”, pontua, confessando que não tem conseguido acompanhar assiduamente o BBB 22, mas que vem procurando se inteirar a respeito das pautas que são tratadas na casa. Antes do programa estrear, Karol foi uma das convidadas do Globoplay para participar da divulgação da nova temporada do programa, em um vídeo em que brinca com o próprio comportamento durante o reality.

Nesta entrevista, Karol fala sobre rejeição, estratégias de reconstrução de imagem e sobre os próximos projetos na música.

Meio & Mensagem: Os realities, como o BBB, acabaram se tornando uma vitrine para que personalidades já conhecidas possam ampliar seu público e seu trabalho. Foi com esse objetivo que você aceitou participar da edição de 2021 do BBB?
Karol Conka: Aceitei o convite de participar do reality com o objetivo de vivenciar uma nova experiência, expandir meus negócios e me auto desafiar.

M&M: Sua participação no programa até hoje é bastante comentada e rendeu muitos debates e opiniões. Hoje, que balanço faz dela?
Karol: Reconheço que minha participação no reality foi polêmica, sofri as consequências e busquei ajuda para entender as causas do meu desequilíbrio emocional. Em poucos dias dentro da casa, era possível perceber mudanças no meu humor, me sentia vulnerável e vivenciando situações que me despertavam lembranças angustiantes que afetavam o meu comportamento. Essa experiência toda me trouxe uma grande oportunidade de autoconhecimento, existiam muitas questões mal resolvidas dentro de mim e que pude dar mais atenção quando tomei conhecimento profundo.

M&M: Depois do programa, você construiu uma estratégia de gestão de crise ou de construção de um novo posicionamento? Como foi esse processo?
Karol: Eu percebi que eu precisava me reconectar comigo mesma, resgatar a minha essência e ser o mais sincera possível. O processo pra gerir a crise foi orgânico e sem segredos. Eu busquei tratamento psicológico, contei com o apoio da minha familia, equipe e amigos. Me entreguei na produção do meu álbum e fiz uns ajustes em algumas camadas da minha personalidade através do autoconhecimento. Fazer terapia era um tabu para mim, então, eu quis dividir com o público minhas descobertas e fragilidades. Desenvolvi um projeto nas minhas redes sociais, junto com a minha equipe onde eu recebi profissionais da área de Saúde Mental como convidados (remotamente) abordando temas importantíssimos e necessários.

M&M: As críticas e o alto índice de rejeição que você recebeu no programa tiveram impacto em suas parcerias comerciais e de publicidade?
Karol: Sim. Na época eu perdi algumas parcerias, o que vejo como algo natural, pois entendo que não é interessante para as marcas terem seus produtos representados em situações com momentos controversos.

M&M: Os realities acabam sendo palco de discussões de assuntos que estão na pauta da sociedade. Você acha importante que esse tipo de atração abra espaço para essas conversas?
Karol: Acho muito importante esse tipo de entretenimento abordar tais pautas que estão presentes no nosso dia a dia. Eu acredito que os temas que são levantados no reality abrem espaços para discussões e debates necessários. Eu aprendi que devemos ter cuidado e fundamento com essas questões e entender que nem todos têm a mesma oportunidade de acesso à informação. O BBB tem uma audiência enorme e carrega a responsabilidade social de trazer esses assuntos para o programa.

M&M: No ano passado você participou de uma ação comercial da HBO Max para apresentar Esquadrão Suicida. Como foi esse trabalho?
Karol: Foi muito divertido participar dessa ação com HBO Max, quando recebi o roteiro fiquei animada pra gravar. Fui muito bem recebida pela equipe, me senti à vontade pra atuar. Achei que eles tiveram uma ótima sacada equilibrando o humor com pitadas de deboche.

M&M: A pandemia acabou impactando bastante o trabalho e agenda dos artistas. No seu caso, como estão suas atividades?
Karol: A pandemia impactou muito nas minhas atividades mas não me impediu de trabalhar no meu disco. Busquei pesquisar mais sobre as coisas às quais me sinto conectada e sigo na esperança de que esse ano de 2022 será melhor para todos. Já estou fazendo shows e muito grata e feliz pelas oportunidades que recebo.

M&M: Após o programa, você foi a protagonista de um documentário, feito pelo Globoplay. Pretende participar de outros projetos de audiovisual, sejam na TV ou nas plataformas de streaming?
Karol: Pretendo participar de outros projetos de audiovisual. Gosto dessa área e me sinto disposta pra desenvolver novos trabalhos.

M&M: Você está acompanhando ou pretende acompanhar essa edição do BBB?
Karol: Eu não consigo acompanhar simultaneamente porque estou focada nos meus projetos, mas busco me informar das pautas que estão sendo levantadas dentro da casa.

M&M: Quais são os projetos a que você pretende se dedicar neste ano?
Karol: Pretendo trabalhar na turnê do meu disco e compartilhar os temas do programa Prazer Feminino, no canal GNT (a segunda temporada da atração estreou nessa terça-feira, 3, no canal da emissora no YouTube). Estou trabalhando em novos projetos.

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