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Temporada de blockbusters aquece atratividade dos cinemas

Profissionais de mídia opinam sobre ressignificação da experiência das salas enquanto veículo para anunciantes


17 de maio de 2022 - 6h00

Em uma semana e meia de sua estreia, o filme Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura já acumulou mais de US$ 688 milhões em bilheteria global. É a segunda maior estreia de cinema desde o início da pandemia, atrás apenas de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, que rendeu US$ 1. 892 bilhão no total da sua exibição em cartaz. O longa-metragem da Marvel marca o início do que promete ser uma temporada de blockbusters nas salas da mídia que esteve menos frequentada nos últimos dois anos.

 

(Crédito: Divulgação/Marvel)

O cinema vivia uma ressignificação enquanto mídia antes da pandemia. O período de isolamento deu uma pausa nesse processo. Agências e anunciantes retomaram as negociações conforme o público venceu o receio de voltar as salas e os exibidores provaram o portencial enquanto público.

Fabio Urbanas, VP de mídia da WMcCann, a volta do público, sobretudo com a estreia de Dourtor Estranho 2, prova a ressignificação do cinema para o público. “O volume de produções cinematográficas, antes muito baixo por conta da pandemia, impulsionou o movimento nas salas – e bateu recordes como o filme Doutor Estranho 2, que levou 2,8 milhões de brasileiros aos cinemas entre os dias 5 e 8 de maio e registrou aumento de 200% nas bilheterias”, pontua.

A expectativa dos exibidores é ter os mesmos números de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa em Doutor Estranho, Thor: Amor e Trovão, Top Gun: Maverick, Jurassic World: Domínio, Pantera Negra: Wakanda Forever e Avatar 2: O Caminho da Água. O primeiro filme da franquia Avatar, de 2009, segue liderando o ranking das maiores bilheterias globais, tendo arrecadado US$ 2,847 bilhões.

Porém, a atratividade dos filmes é apenas um fator que contribui para a experiência. Segundo Natalia Fernandes, diretora de grupo de mídia da Artplan SP, a ida ao cinema ganha um novo significado a partir do momento que passa a ser uma opção de entretenimento pós-pandemia e que traz toda uma experiência presencial imersiva. “Nesse contexto, o meio se torna uma opção de reaproximação do público, dando a possibilidade aos anunciantes de explorar um universo rico em conteúdo e que apresenta dispersão quase nula”, argumenta.

“Trouxe junto uma sensação de liberdade de poder se locomover novamente e um sentimento de recuperação da normalidade de nossas vidas, após um longo período muito crítico em que vivemos quarentenados e com dúvidas sobre nosso futuro”, complementa Urbanas.

Plano de mídia
Hoje, a mídia não é mais considerado a cereja do bolo dos planos de comunicação. Os mídias já consideram o cinema um espaço de experiências e com entregas diferenciadas. Salas contam com naming rights, há a possibilidade de criar projetos de benefícios, samplings e ativações, como a sala Laser Azul, no Cinépolis, que foi criada a partir de um desejo da Azul, que queria replicar a experiência de voar em uma aeronave da companhia no cinema. Dessa forma, a sala tem o objetivo de oferecer o mesmo conforto que as aeronaves da companhia aérea.

Para Urbanas, isso foi possível com o avanço do meio nas suas métricas mais assertivas, e o ambiente seguro que o espaço oferece para as marcas, sem a possibilidade de associação com notícias falsas, por exemplo. “Ainda antes da pandemia, o meio havia se organizado e alterado completamente o modelo de metrificação de seus resultados para as marcas. Trouxeram mais dados para medir a audiência nas salas, perfil e KPIs, que são uma força do meio, como a atenção da plateia aos conteúdos – que é um grande objetivo das marcas para criar mais conexão e proximidade com seus consumidores”, explica o VP de mídia da WMcCann. Para o executivo, a telona ainda permite a associação das marcas com grandes produções de forma indireta.

Há ainda, a defesa de que a plataforma é uma das únicas mídias em que a experiência do telespectador já inclui os momentos de trailers, anúncios e tem a concentração total do consumidor. “Um dos pontos favoráveis ao meio é a dispersão perto de zero: ou seja, podemos falar de um view completo e, a partir disso, trazer comparações com o universo digital. Mas acho que o cinema vai além de métricas quantitativas, pois a partir do momento que as luzes se apagam e a atenção se volta 100% para aquela tela imensa, tudo que vem ali traz um envolvimento emocional que poucas plataformas de mídia podem se equiparar”, complementa Natalia Fernandes, diretora de grupo de mídia da Artplan SP.

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