Qual é a verdadeira lição dos youtubers?

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Opinião

Qual é a verdadeira lição dos youtubers?

O principal valor dessa nova geração de criadores independentes é justamente nos fazer entender que é possível criar conteúdo, testar e aprender com os feedbacks de maneira muito ágil


4 de abril de 2017 - 13h31

(Crédito: Reprodução)

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Muito se fala a respeito do frenesi que os youtubers mais populares do país causam nos corações da juventude. São criadores que conseguem um grande volume de atenção e fazem rodar cada vez mais dinheiro. É natural a busca por figuras populares que consigam atrair interesse e investimento para novas plataformas. Mas o universo da produção e distribuição de conteúdo audiovisual na internet vai muito além disso.

Com poucos recursos, é possível realizar conteúdo relevante e garantir que ele seja entregue para o público certo. E isso não tem absolutamente nada a ver com contratar a Kéfera em vez da Mariana Ximenes. O principal valor dessa nova geração de criadores independentes é justamente nos fazer entender que é possível criar conteúdo, testar e aprender com os feedbacks de maneira muito ágil.

É curioso que os poderosos insights trazidos por esse modelo não tenham mudado muito o foco do mercado audiovisual. Todas as produtoras continuam atrás de polpudas verbas para estruturar grandes produções. As ferramentas que já temos à disposição, junto com uma adequada orientação por inteligência de negócio e performance, permitem que os projetos comecem pequenos para ganhar corpo conforme os aprendizados vão surgindo. É um investimento com pouca margem para o erro.

É curioso que os poderosos insights trazidos por esse modelo não tenham mudado muito o foco do mercado audiovisual. Todas as produtoras continuam atrás de polpudas verbas para estruturar grandes produções

Chamou-me a atenção no Rio Content Market, evento realizado no mês passado, um movimento inverso. Em vez dos grandes players pensarem em como ganhar escala com produtos mais baratos e simples, vemos youtubers que conseguem efeitos próximos a superproduções com equipes de apenas cinco pessoas empolgadas com a possibilidade de trabalhar em projetos mais complexos.

Pode ser um passo natural para o desenvolvimento de nomes já estabelecidos, mas as marcas podem ganhar muita tração se amadurecerem seus formatos a partir de análises que permitam um crescimento com segurança e assertividade. O YouTube é o maior focus group do mundo. Não existe plataforma mais pródiga na fina arte de entender e conquistar a atenção do seu público.

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