A experiência se torna real

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Opinião

A experiência se torna real

O off-line é valioso no momento de engajar e gerar negócios para qualquer marca focada na era da experiência


14 de junho de 2017 - 17h27

A era da comunicação digital iniciou um grande movimento no mercado gráfico, direcionado a dar mais eficiência aos negócios. Desde meados dos anos 2000, acompanhamos um processo intenso de fusões e aquisições entre gráficas, mas algumas, infelizmente, não conseguiram ter sustentabilidade neste novo cenário e faliram ao longo do caminho.

Foto: Reprodução

As gráficas que sobreviveram, sejam grandes ou pequenas, tiveram de se adaptar e, hoje, servem como verdadeiras consultorias a seus clientes. Grandes agências e seus produtores gráficos utilizam o espaço físico desses parceiros para brainstorm e estas oportunidades são ótimas para mostrar aos clientes materiais que façam a diferença ao se optar por formatos offline de comunicação, hoje em dia tão negligenciados.

As agências sabem que o material físico garante uma experiência completa para o consumidor, ao ser aliado a uma estratégia digital. A impressão do que o cliente recebe em mãos faz da marca um ativo tangível, em um mundo com excesso de informação. Nesse contexto, ações como o envio de mala direta, instalação de outdoors e painéis, entre outras, se bem planejadas, aproximam muito as marcas de seus consumidores.

Para inovar, a estratégia deve considerar importantes, além da mídia de veiculação da mensagem, as tecnologias que serão empregadas e o substrato. Outro ponto relevante é a segmentação, para alcançar o resultado desejado. As soluções offline devem ser muito certeiras e diferenciadas, só assim criam proximidade com o destinatário. Por exemplo, se o objetivo é o público entender que um dos diferenciais da marca é a sustentabilidade, toda a entrega, da escolha do material até a porta do consumidor, deve envolver práticas sustentáveis. Além disso, quem recebe precisa entender o propósito e, por isso, selecionar o mailing com cuidado, entender este grupo de pessoas, é tão ou mais necessário do que na comunicação online.

Outro ambiente que merece atenção são as feiras de negócio. Essas são exatamente as oportunidades da marca para gerar engajamento. Instalar um painel que esteja dentro da estratégia de marketing e transpareça a essência da marca, ou distribuir um produto que faça sentido para potenciais clientes ou influenciadores, traz uma experiência imensurável, impossível de se alcançar no online, aumentando o nível de relacionamento e fortalecendo a reputação do expositor. Nem sempre, atualmente, as empresas têm aproveitado esses ambientes para fazer isso de forma eficaz.

Também é importante considerar os custos versus o impacto no negócio. O mercado vem dizendo há tempos que investir no online é mais barato e tem alto impacto. Isso é uma meia verdade. Como em qualquer estratégia, tudo depende do seu objetivo e se ele está mais relacionado a massas ou a um público específico. Se a necessidade é chegar a um grupo segmentado, provavelmente aliar o digital a algo físico trará muito mais resultado, com um investimento competitivo ou até baixo.

Nessa escolha, deve-se considerar, por exemplo, se o substrato escolhido para desenvolver o item físico é leve o suficiente para economizar no transporte dos correios; ou se traz os ativos da marca, sejam eles quais forem, a exemplo de inovação, reciclabilidade, resistência aos efeitos do tempo, entre outros.

Quero dizer aqui, em resumo, que a comunicação offline não está morta. É uma ferramenta que vem sendo negligenciada ou mesmo extinta no planejamento de algumas empresas. No entanto, em nossa experiência e de alguns de nossos parceiros, o offline é valioso no momento de engajar o consumidor e gerar negócios relevantes para qualquer marca focada na era da experiência.

 

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