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Opinião

Será que o Trump é acionista do Twitter?

Grupo de Mídia em NY: O grande reality show que o presidente norte-americano organizou para estar onde mais gosta, sob os holofotes


5 de setembro de 2017 - 16h10

 

(Crédito: reprodução)

Durante a viagem que o Grupo de Mídia está fazendo nesta semana por Nova York, tive o prazer de escutar um dos grandes nomes do jornalismo global, Patrick Foulis, chefe da sucursal da respeitada revista The Economist.

Toda sua palestra esteve focada em contar como o presidente mais poderoso do planeta tem agido nos seus primeiros meses. Para dizer a verdade, o assunto da palestra do Patrick não teve nada de novo, levando em consideração que tudo já havia sido abordado na mídia sobre nosso Mad Man – imagina um Trump publicitário? – e sua performance na presidência.

As declarações de Trump pela violência ocorrida em Charlotesville, o muro do México, a humilhação do presidente Nieto ao ouvir o impropério de que os próprios mexicanos terão que pagar pelo paredão, são só alguns dos temas que a The Economist apresentou para um grupo de publicitários brasileiros interessados em saber se isso ajudará a piorar o nosso humilde quintal que, já está dando uma mostra lenta, porém consistente, de recuperação econômica.

Em um mundo conectado onde um espirro na China vira uma pneumonia no Brasil, todos ficam em estado de alerta permanente esperando os próximos movimentos de pessoas com o poder de Trump 

Enfim, em um mundo conectado onde um espirro na China vira uma pneumonia no Brasil, todos ficam em estado de alerta permanente esperando os próximos movimentos de pessoas com o poder de Trump e o que isso pode impactar na economia e na ordem global.

O que me chama mais atenção é como esse personagem usa com maestria os canais de mídia social com objetivos claros de polemizar, chocar e provocar conversas. Para mim, isso é um grande reality show que ele mesmo organizou para estar onde mais gosta: sob os holofotes. Utilza o Twitter como forma de comunicação imediata para falar com o mundo, Trump não economiza nos tweets e dispara como aquele famoso vídeo do chimpanzé com a metralhadora nas mãos. Um mês depois de ter assumido a presidência, o Twitter obteve um crescimento de 4%, número notável quando comparado com a taxa anual de 15% que a plataforma alcançou nos últimos dois anos.

Ter liberdade de expressão é constitucional e um direito adquirido das democracias. O fato das plataformas de social media estarem aí disponíveis para serem usadas, anabolizou essa liberdade. Tudo isso é ótimo, gosto muito desse efeito plural e diverso, consequência do crescimento dessas tecnologias. Ao mesmo tempo, a história mostra que esse tipo de propagação sem curadoria pode causar um dano tão grande como os benefícios que trazem para a sociedade. Deixo aqui um ponto para se pensar. Salvo que você seja um extremista de qualquer natureza, pense antes de postar. Não faz mal a ninguém e vai te ajudar a construir uma boa história de você mesmo nas redes.

Para voltar ao começo: será que o Trump é acionista do Twitter? Talvez, algum dia, Edward Snowden possa nos tirar essa dúvida.

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