C2: criatividade, comércio e comprometimento

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Opinião

C2: criatividade, comércio e comprometimento

As mudanças começam com um pequeno primeiro passo. Uma pequena e imediata decisão


23 de maio de 2019 - 17h42

Cirque du Soleil (Crédito: Jimmy Hamelin/C2)

Começou. Um dos festivais de criatividade e negócios mais importantes do mundo, que acontece em Montreal, Canadá, entre os dias 22 e 24 de maio. O nome do festival vem da junção de dois Cs: criatividade e comércio (com sentido de negócios). Mas, já na abertura da conferência, veio a confirmação de algo que já estava perceptível pela programação de palestras e atividades: um dos pilares desse ano é a pauta da responsabilidade individual na criação de um horizonte melhor para o coletivo, através do posicionamento e da ação nos temas e desafios mais urgentes da atualidade. Talvez um novo C, de comprometimento, com o que estamos projetando para o nosso próprio futuro.

Jean-François Bouchard, fundador do festival, ilustrou a necessidade de darmos os primeiros passos na criação de movimentos de impacto com duas figuras que entraram para a história: Martin Luther King e Rosa Parks. O primeiro dispensa apresentações. Rosa Parks, infelizmente, não é tão conhecida assim, apesar de ter se tornado símbolo dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos após se recusar a ceder lugar para um branco no ônibus. Em síntese: as mudanças começam com um pequeno primeiro passo. Uma pequena e imediata decisão.

Daan Roosegaarde, em sua palestra, mostrou alguns dos seus projetos que seguem o princípio de não necessariamente resolver completamente os grandes desafios que enfrentamos – energia, água e ar limpos – , mas de provocar reflexões e dar o primeiro passo para alcançá-los.

Vale a pena conferir os trabalhos do laboratório de design social fundado por Daan, o Studio Roosegaarde. Para ele, estamos vivendo num mundo em que a criatividade é o verdadeiro capital. Mas isso não é sobre ter boas ideias. Aliás, ele se diz cansado de encher a tela do computador com as suas. Por isso, Daan propõe que utilizemos mais a palavra criada por Kevin Kelly: protopia. Que quer dizer uma realidade incrementalmente melhor a cada dia.

Ainda nesse espírito, vale destacar três frases marcantes da palestra da Bozoma Saint John, a célebre CMO da Endeavor, que também tem passagens marcantes e bem-sucedidas por Uber, Apple, Beats e PepsiCo:

“Se você está quieto, você não tem nenhum impacto. Você deveria ser alto como o inferno!”

“Hoje, devemos ser de curiosidade insaciável, temos que fazer!”

“Precisamos quebrar todos os tetos.”

E, para fechar o assunto, uma parte inspiradora da fala de Gui Laliberte, fundador e CEO do Cirque du Soleil. Ele afirma que o medo não faz parte do seu vocabulário. É importante avaliar os riscos, mas não podemos demorar muito para tomar uma decisão. As chances de criarmos futuros melhores surgem em flashes. É importante não perder a chance de agarrá-los.

*Crédito da imagem no topo: WokandaPix/Pixabay

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