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Publicidade nativa é o meio para as marcas se inserirem no universo digital de glamour e celebridades


3 de outubro de 2019 - 13h14

(Crédito: Paul Bradybury/ iStock)

Todo mundo lê notícias sobre celebridades, seja para saber o que vestiram para brilhar no tapete vermelho, o que fazem no final de semana ou que tipo de roupa usam nas férias e em momentos de lazer. Celebridades inspiram as pessoas: graças ao seu poder de influência, conseguem mudar a maneira como os fãs (e os não tão fãs) consomem moda, cosméticos e vários outros produtos.

Se Bruna Marquezine aparece na internet com o biquíni de uma grife conhecida, a peça se esgota em poucos dias, pois os fãs querem ser iguais a ela. Quando a atriz veste determinada peça, é como se desse um selo de credibilidade à marca. Esse é o tipo de benefício que os anunciantes podem conquistar de maneira muito mais natural ao se inserir no universo do glamour através da publicidade nativa.

A principal dica é usar sempre publicidade nativa. Essa recomendação é essencial para as marcas endêmicas e mais importante ainda para as não endêmicas. Isso exige um bom trabalho de produção de conteúdo, com sugestões de como vestir, com o que combinar, que erros evitar. De preferência, ilustrando com fotos da vida real, e não “de revista”.

É importante mostrar a proximidade do produto com o público por meio de matérias abrangentes, que tragam informações sobre custo, opções alternativas, reutilização, benefícios etc. O ideal é que elas sejam assinadas por profissionais de moda, jornalistas especializados ou influencers.

Nesse sentido, muitos acreditam que as postagens dos famosos nas redes sociais concorrem com a mídia especializada. Na verdade, esse conteúdo complementa o dos veículos. Rede social e site são plataformas distintas, com métricas e resultados bem diferentes. Por exemplo, o Facebook entrega alcance; já o Instagram é mais eficiente em volume de impressões.

No final, tudo depende dos indicadores de performance (KPIs) escolhidos. Uma marca 100% social talvez prefira investir apenas no Instagram, enquanto outra, mais popular, pode querer atingir targets diferentes, promovendo seus produtos em todas as plataformas digitais. Os leitores não gostam da cobertura jornalística de tom agressivo, que não respeita a privacidade das celebridades. Por isso, os veículos sérios adotam uma postura mais informativa, procurando destacar o trabalho dos famosos, seus sucessos e as tendências que seguem.

Como o público, as marcas de moda e beleza não querem se associar à mídia que se limita a explorar situações polêmicas. Elas diferenciam a abordagem. Os players que respeitam os artistas passam uma imagem de credibilidade – que é o que toda marca precisa para atuar nesse mercado, sempre muito competitivo. Bad buzz não costuma funcionar bem nesse cenário.

Outro ponto a se levar em conta é o aumento do nível de exigência dos leitores, por conta das fake news. Informação de qualidade nunca foi tão necessária quanto agora. Por outro lado, as pessoas estão mais reflexivas, buscando auto aceitação e empoderamento.

Em linha com essa demanda, muitos veículos do segmento, por exemplo, optam se diferenciar por produzir conteúdo de qualidade e de acordo com os interesses do público. Além de ser uma fonte confiável de informação, o site constrói uma relação de credibilidade e identificação com usuários, famosos e marcas.

Não é à toa que os grandes temas do jornalismo de celebridades, atualmente, são empoderamento feminino, auto aceitação e respeito ao próximo. O caminho é ajudar a usuária a valorizar sua beleza e a encontrar um estilo próprio, trazendo as tendências do mercado de luxo, das passarelas e o que as celebridades estão usando. Mas sem deixar de lado o consumo consciente, mostrando, por exemplo, que uma mesma peça pode ser usada em diversas estações do ano e em vários looks diferentes.

Denegrir a imagem de alguém não tem graça; incentivar a mulher a ser feliz com o próprio corpo é essencial. O grande segredo é fazer tudo isso entregando grandes resultados para os anunciantes. Quanto mais as marcas estiverem alinhadas com o novo mood digital, mais bem-sucedidas serão tanto na construção de imagem quanto em sua performance comercial.

*Crédito da foto no topo: RawPixel/Pexels

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