#COP26 e como desenvolver negócios e marcas sustentáveis

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Opinião

#COP26 e como desenvolver negócios e marcas sustentáveis

A #COP26 colocou em destaque o debate sobre preservação ambiental, principalmente a partir de perspectivas indígenas


18 de novembro de 2021 - 14h00

A #COP26, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021, colocou em destaque o debate sobre preservação ambiental, principalmente a partir de perspectivas indígenas. Enquanto isso, sustentabilidade é, novamente, uma tendência global de mercado.

Diante desse cenário, como as marcas podem se tornar mais sustentáveis, socialmente conscientes e culturalmente relevantes? As marcas querem participar do território de conversa sobre sustentabilidade. Para isso, é fundamental que desenvolvam práticas de negócio que devolvem valor à sociedade.

Chamar atenção para o tema e gerar conversa sobre ele é fundamental, mas impactar apenas com ações de comunicação não é suficiente. Um bom ponto de partida é refletir sobre qual benefício pode ser devolvido à sociedade a partir da proposição única de valor da marca.

São as ações práticas de negócio que geram legitimidade para o posicionamento. Sem isso, marcas se tornam vulneráveis, porque serão questionadas pelas pessoas sobre o que estão fazendo pelo meio ambiente e qual agenda ambiental estão seguindo.

Assim, entender a pauta ambiental de grupos socialmente marginalizados é fundamental para o desenvolvimento de práticas sustentáveis efetivas. Na #COP26, por exemplo, esses grupos falaram sobre o racismo ambiental, conceito que aparece no relatório sobre relações entre raça e crise climática da ONU e diz respeito à discriminação racial contra povos negros e originários na definição de políticas ambientais.

A população indígena possui as respostas (e até mesmo perguntas que ainda não estão sendo feitas) para construção de uma agenda ambiental mais consciente. Povos originários são os guardiões da biodiversidade e a chave para mudarmos a forma com que nos relacionamos com outros seres vivos, com o meio ambiente, com nós mesmos e, consequentemente, como construímos negócios e comunicação.

Um relatório de 2021 da ONU prova que a presença de povos nativos é o que mantém o equilíbrio das florestas e da fauna na América Latina. As comunidades indígenas são divididas em 522 grupos étnicos e há maior diversidade étnica no Brasil, onde há mais de 300 desses grupos, seguido por Colômbia, México e Peru, segundo relatório de 2021 da UNICEF. Trata-se de uma grande pluralidade cultural abundante em conhecimentos. Contudo, essa população está constantemente em situação de vulnerabilidade social e em meio a disputas por direitos e reconhecimento sobre a posse de terras.

Conhecer, proteger e defender os direitos das pessoas indígenas é responsabilidade de todos que estão comprometidos com uma sociedade na qual os direitos humanos e da natureza são inseparáveis. Marcas que querem ser sustentáveis têm muito a aprender com a cultura indígena e com informações baseadas na ciência. O recém lançamento da Maya, nova representante do IPAM, Instituto de Pesquisa da Amazônia, no Twitter ilustra como a criação feita a partir dessas reflexões gera resultados, percepção positiva de marca e relevância cultural, ao gerar associação de marca com o que está acontecendo de mais importante no mundo agora.

Existe um novo significado de inovação e criatividade e ele é socialmente responsável, economicamente sustentável e original, nascido de perspectivas diversas. Convido marcas, especialmente os criativos por trás delas, a focarem esforços em garantir clareza para os consumidores sobre o real compromisso delas com a economia sustentável e a engajarem com o desenvolvimento humano para proteger o planeta e garantir prosperidade para todos.

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