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Opinião

A democracia gamer e as tendências de mercado mobile

Smartphones são democráticos e com preços mais acessíveis em relação aos consoles


19 de janeiro de 2022 - 8h00

(Crédito: Dean Drobot/shutterstock)

O interesse por jogos eletrônicos vem ano após ano conquistando mais espaço na vida dos brasileiros. Engana-se, no entanto, quem pensa que prevalece o estereótipo de gamer de antigamente. Dados da Pesquisa Game Brasil 2021 demonstram que 51,5% do público que joga é formado por mulheres. E acredite: a explicação para isso está no smartphone.

O fato de as mulheres serem a maioria entre os gamers é por causa do tamanho do mercado de smartphones, onde existe uma dominância da ala feminina (62,2%). O celular não só gerou esse aumento do público feminino como também viabilizou a ascensão de pessoas de classes sociais baixas e médias no universo dos jogos.

Sempre digo que o smartphone é democrático, com preço acessível, coisa que não acontece com os consoles ou computadores. A evolução constante dos celulares e smartphones barateia o acessório e possibilita o acesso da população nesse universo. O smartphone é a plataforma que está fazendo o game deixar de ser elitizado e podemos perceber porque quase a metade dos consumidores de games no Brasil (49,7%) são das classes C1, C2, D e E.

Os smartphones são tão atrativos como plataforma de jogos mobiles que a maioria dos brasileiros prefere o celular na hora de jogar (41,6%) e jogam mais por meio dele, pois 40,8% do público afirma jogar todos os dias em seu smartphone, enquanto no pc essa porcentagem é de 19,6% e no console ela cai ainda mais, para 15%. Além disso, 59,2% já baixaram um jogo depois de ser impactado por uma propaganda publicitária, o que também nos mostra que as campanhas em vídeo conseguem gerar engajamento e dar um retorno para os anunciantes. Afinal, não é à toa que assistir vídeos é a primeira atividade cultural na internet.

De acordo com o Think with Google, os downloads de aplicativos de jogos aumentaram em 30% nos primeiros meses de 2020 em comparação ao final de 2019. A receita desse setor foi 12% maior no ano passado (ao todo foram US$126,6 milhões), sendo que o mobile game foi responsável por 58% desse faturamento. E para 2021, a expectativa é que esse segmento atinja 60% do mercado.
Mercados emergentes devem desempenhar um bom papel na indústria de games, principalmente no mobile. Isso se deve ao fato de que muitos desenvolvedores estão segurando os lançamentos de jogos com o intuito de adequá-los à nova geração. Outra tendência forte é que os serviços de assinatura evoluam nesse setor. Além disso, plataformas de interação com outras pessoas, como o Twitch, também estão em ascensão.

A recente pesquisa da Justmob e da Cisneros, em parceria com a OnDevice, sobre perfis e hábitos de gamers, realizada em setembro de 2021, com 500 pessoas por país (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru), totalizando 3.000 jogadores de mobile games, aponta que o impacto da pandemia no Brasil fez com que 79% dos entrevistados passassem mais tempo jogando. No pós-pandemia, 65% das pessoas afirmam que vão continuar da mesma forma. Outro dado relevante é que 88% dos entrevistados assistem vídeos em jogos em troca de vidas (conteúdo extra do jogo). Além disso, 83% preferem ver vídeos a pagar por conteúdo, principalmente, mulheres com mais de 35 anos.
O mercado de games está em plena ascensão. Vale ressaltar que não são só consumidores que estão interessados e apaixonados por ele, mas as empresas também. Seja como for, talvez nem o céu seja o limite para um universo infinito como o da tecnologia somado aos jogos.

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