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Debates maduros

Eventos como o Women to Watch Summit, que aconteceu na semana passada, ajudam o mercado a suprir demanda reprimida, revalorizam os encontros profissionais e fortificam elos afrouxados nos últimos anos


18 de abril de 2022 - 12h29

Crédito: Divulgação/Meta

Carla, Rosana, Ingrid, Raquel, Lisiane, Rita, Etienne. No palco e nos bastidores da primeira edição do Women to Watch Summit, realizado em São Paulo, na semana passada, por Meio & Mensagem, houve muitas vozes protagonistas. Embora os temas de diversidade, inclusão e preconceitos tenham permeado muitos dos debates, as reflexões foram bem além das barreiras atemporais que cercam essas questões e se aprofundaram em pontos fundamentais, como o impacto no empreendedorismo da escassez de investimentos voltados a financiar startups fundadas por mulheres, a baixa — embora crescente — presença feminina nas áreas de criação das agências de publicidade e nos Conselhos de Administração de companhias de capital aberto, o papel das empresas e da comunicação não-violenta no combate ao agravamento dos transtornos mentais e da exaustão profissional nesses tempos de pandemia e a complexa análise sobre os efeitos na sociedade e no trabalho da interseccional idade — a intersecção entre diferentes identidades e a forma como impactam a vida das pessoas. Na problemática de inclusão, destacou-se a necessidade de virada de chave da corrida por contratações aleatórias para fazer número para projetos mais comprometidos com a consolidação de novas práticas de seleção, treinamento e promoção, que apontem para perspectivas de carreiras e lideranças mais equânimes.

A reportagem especial das páginas 28 a 31, comprova que há, de fato, uma grande transformação em curso. Entretanto, ela não ocorre na velocidade pretendida pelas vozes que impulsionam as mudanças. Como contribuição para tentar abreviar esse hiato, Meio & Mensagem lançou este ano o projeto Game Changers, que busca talentos transformadores que mudam o jogo. A seleção de nomes será publicada no mês que vem, após consulta aos assinantes membros do Círculo Liderança, que têm apenas até a próxima quarta-feira, dia 20 de abril, para fazerem suas indicações. Voltando aos corredores e plateia do Women to Watch Summit, há outro aspecto importante a ser ressaltado: a revalorização dos encontros, após períodos de distanciamento físico e a fortificação de elos afrouxados nos últimos anos. O evento foi pródigo em relatos de que ter redes de aliadas faz toda a diferença — e isso vale não só para mulheres, mas para todos os movimentos de inclusão.

Ficou claro, mais uma vez, o potencial dos eventos presenciais para unir forças e apontar novos caminhos empresariais, profissionais e pessoais. A estreia do Women to Watch Summit no calendário de Meio & Mensagem, abriu a temporada de eventos de 2022, que tem pelo menos um encontro por mês. Já no dia 26 deste mês, acontece no Rio de Janeiro o Summit Rio2C by Meio & Mensagem, após hiato de dois anos, com foco no debate de tendências para o futuro da indústria criativa e da comunicação das marcas, em três palcos simultâneos, que reunirão CMOs, criativos, especialistas em marketing de influência, executivos de mídia, produtores de conteúdo e gestores de diversidade e inclusão de agências e anunciantes.

A robusta plataforma de eventos de Meio & Mensagem contempla, ainda, dois outros grandes encontros de debates com participação de credenciados e acesso a parte do conteúdo aberto a assinantes, o ProXXIma, em junho, e o Maximídia, em outubro, e três premiações que mobilizam a atenção — e o desejo — do mercado: a homenagem às Women To Watch 2022, em agosto, o Effie Awards Brasil, em novembro, e o tradicional Caboré, em dezembro. A programação anual se completa com encontros de relacionamento e compartilhamento de conhecimento: Mídia Máster Brasil e Marketing Network Brasil, em maio, Marketing Network Knowledge, em agosto, e o Marketing Network Internacional, que terá duas edições em setembro, em decorrência do sucesso das anteriores.
Esses ambientes têm propiciado conversas plurais, inspiradoras e provocativas, que não só ajudam os executivos participantes a driblar as incertezas do “presente movediço” (como bem nomeou o programa do Women to Watch Summit), mas criam redes de contato e influência capazes de gerar negócios, mudar carreiras e abrir portas para jornadas mais inclusivas.

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