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OPL Digital

Mais de US$ 8 bilhões são investidos em startups brasileiras

David Laloum, partner e CSO do Distrito, explicou como o desenvolvimento de tecnologias disruptivas ressalta a necessidade da transformação digital


17 de novembro de 2021 - 17h31

Nesta quarta-feira, 17, no WTC Events Center, em São Paulo, o ProXXIma, evento focado em marketing e em comunicação digital, contou com o painel Adtech & Martech. Na programação desenvolvida pelo Meio & Mensagem com do Distrito, David Laloum, partner e CSO do hub de inovação, apontou o potencial das startups diante de empresas tradicionais e os caminhos da transformação digital. 

David Laloum, partner e CSO do Distrito (crédito: Eduardo Lopes)

O jogo infinito da transformação digital
Blockchain, internet das coisas, biotecnologia, robótica, inteligência artificial e energia renovável. O desenvolvimento de tecnologias disruptivas obriga, cada vez mais, as empresas que querem se manter atrativas e relevantes ao público-alvo a fomentar a transformação digital. 

Entretanto, a maior parte das iniciativas voltadas à digitalização de processos, produtos e relações falham. Além do alto déficit de recursos – neste 2021, faltam 600 mil desenvolvedores, no Brasil -, há questões culturais, uma vez que as companhias  sentem dificuldade em olhar para as novas tendências e, ao mesmo tempo, gerirem questões do cotidiano e dos modelos de negócios atuais. Ademais, alguns processos ainda passam por consultores tradicionais, que apresentam ideias muito teóricas e não escaláveis. O alto número de players é responsável por gerar uma visão desintegrada há uma descentralização em grande parte dos times de inovação.

Laloum afirmou que as startups estão inundando o mundo, principalmente o do marketing. “E, um fenômeno que, há cinco anos, parecia de nicho e exótico está tomando uma proporção extraordinária na proporção dos negócios”. Porém, complementou, a grande dificuldade das empresas é conseguirem acompanhar a velocidade de transformação. “A transformação digital é um jogo infinito”, disse.

Nesse contexto, a inovação aberta e a capacidade das empresas em abrirem seus mindsets para estratégias mais assertivas possibilitam uma conexão maior a soluções já existentes. “Ao unir a inovação tradicional com a inovação aberta, há uma capacidade muito maior de promover a transformação digital com mais impacto e resultado”, afirmou o partner e CSO do Distrito. Seja no uso de suas soluções tecnológicas, seja via investimentos direcionados, seja na construção in company, as startups vêm ganhando protagonismo e originando novas receitas de negócios. “Durante muitos anos, o mercado trabalhou em cima de modelos de negócios construídos de maneira linear. Porém, hoje, a nova economia redesenha esses modelos com uma visão focada em plataforma. O consumidor está no centro. Dessa forma, conseguimos trazer mais dados e mais inteligência sobre esse consumidor”, explicou. Laloum ressaltou que as rivalidades e as concorrências passaram a se concentrar entre ecossistemas – não mais entre empresas. 

A nova economia propõe a chegada de métricas. Em marketing, é preciso promover experiências; em vendas, resolver problemas; na cultura, apostar em relações duradouras; nas estratégias, pensar em ciclos de curto prazo com drivers de longo prazo; nos conjuntos de medidas usados para orientar negócios, levar em consideração, por exemplo o valor do cliente ao longo do tempo e o custo de aquisição do consumidor; e quando se fala em estrutura, agilidade e colaboração ganham destaque. 

No Brasil, hoje, há mais de 13 mil startups, e, daqui dois ou três meses, terá cerca de 14 mil. Até 2025, espera-se de 22 mil a 25 mil. Neste ano, segundo o Distrito, há mais de US$ 8 bilhões investidos em startups brasileiras – de janeiro a outubro, foi dobrado o valor destinado ao setor, em comparação com o ano passado. Em 2021, concentrou-se 211 transações de fusões e aquisições. Há 44 fintechs, 27 martechs e 25 retailtechs compradas por grandes empresas. Entre os setores que mais recebem investimentos, estão fintechs, retailtechs, real estate, edtechs e mobilidade. “Essa dinâmica é global. Apesar de o Brasil ser muito forte na questão de investimentos e vendas, comparado com outros países, ainda há muito espaço para crescer. Os Estados Unidos, por exemplo, conta com US$ 210 bilhões investidos em startups;, até o terceiro quarter de 2021”, afirmou Laloum. “

Martechs: B2B e SaaS
No Brasil, há 874 startups focadas em soluções de marketing. “Naturalmente, os movimentos dos últimos anos, como a Covid-19, o fim dos relacionamentos presenciais, , a aceleração do e-commerce, passaram por martechs”, disse o executivo do Distrito. Entre as categorias das martechs, estão: relacionamento com o cliente (28,1%), distribuição e promoção de campanhas (23,2%), vendas e canais (20%), conteúdo e experiência (13,5%), dados (8,8%) e social (6,4%). Ademais, a maioria das empresas do setor são business to business (B2B), já que trazem adota soluções ferramentais para agência e anunciantes crescerem, em termos de transformação digital; e possuem o modelo de receita software as a service (SaaS).

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