Petlove: digitalização do segmento deve chegar a 30%

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Petlove: digitalização do segmento deve chegar a 30%

Dos 3% antes da pandemia a 8% este ano, empresa projeta que a curva online atinja 1/3 das transações em quatro anos


17 de novembro de 2021 - 12h35

Talita Lacerda, CEO da Petlove, confirma o salto na transformação digital do consumidor e da empresa (Crédito: Gustavo Scatena)

A CEO da Petlove, Talita Lacerda, abriu as conversas da edição de ProXXIma este ano e confirma o que tem ocorrido nos mais diversos setores da economia: os saltos de transformação digital, que estavam programados para o médio e longo prazo, tiveram que ser antecipados e ajudaram marcas e consumidores a expandirem transações online. A aceleração aconteceu, notadamente, nesses quase dois anos de pandemia: dos 3% de transações online no início de 2020, agora, são 8%. E, até 2025, a estimativa é que cheguem a 30%, ou seja, um terço dos tutores, que são os pais de pets, deve se relacionar com a empresa por canais digitais.

A empresa também prepara o lançamento do super app que deve unificar ainda mais as marcas que estão sob o guarda-chuva Petlove (como a DogHero, com a qual se fundiu o ano passado). Fundada por Márcio Waldman, a Petlove deve fechar este ano com faturamento de R$ 800 milhões e acentuar os investimentos em logística, tecnologia e mais parcerias com petshops locais. A Petlove foi o primeiro e-commerce da indústria pet no País e montou um ecossistema, baseado no sistema de assinaturas, ou clube de assinantes, pelos quais os tutores de pets mantêm relação de continuidade com a marca. Esse ecossistema agrega mais de 100 mil veterinários e 45 mil prestadores de serviços, além de mais de mil parceiros de pontos de venda e entrega rápida. “O objetivo com o super app é fazer com que os tutores encontrem tudo num só lugar. O foco é conseguir oferecer, de forma escalável, atendimento humano e especializado em alta escala, da mesma forma que o petshop dá no ambiente online”, afirma Talita.

Recentemente, a empresa fez uma das primeiras grandes incursões na publicidade, com o lançamento da campanha com o retorno da personagem Priscila, do programa TV Colosso, da Globo, dos anos 1990. Na campanha, a personagem aparece como estrela do clipe da música “Eu Não Largo o Osso”, criado em parceria pelas agências CP+B e Soko. O filme foi lançado para ampliar o conhecimento da marca, além de reforçar os laços com os clientes da empresa. Com Priscila, a Petlove trouxe dois personagens, a Gata Sensata e o vira-lata Oscar A. Melo, que serão porta-vozes da marca e farão ações voltadas para as redes sociais.

No processo de comunicação e branding, a marca Petlove deve continuar como a mais importante do grupo. Mas a Vet Smart, que é principal fonte de informação técnica de produtos de uso veterinário do mercado, adquirida em 2019, deve se manter como marca independente.

Neste período de pandemia, o mercado pet, que já era importante, ganhou relevância e o Brasil passou a ser o segundo mercado de bichos domésticos, passando o Reino Unido e ficando atrás apenas dos Estados Unidos. “A população com pet tem mudado muito e isso se intensificou na pandemia, a humanização do pet. Quanto mais perto da cama, mais humanizado é o pet, mais tratado como família”, exemplifica Talita. Nesse contexto, houve aceleração da demanda pelo online.

Talita afirma que o modelo da Petlove, baseado em assinatura, é o core business da empresa. “80% da receita provêm de compras programadas, já que o pet não muda alimentação todo tempo, tem que fazer isso de forma gradua.l Entendemos que tínhamos feat grande com a compra recorrente. A primeira experiência com assinatura pet aconteceu em 2012 e maturamos em 2014. Agora, um dos grandes investimentos é na entrega rápida. Até o final do ano, teremos novos produtos de assinatura, com benefícios exclusivos”.

A CEO da Petlove trabalhou na BRF e passou pela experiência de lançar a marca na China. “Tudo começou com o entendimento do consumidor chinês. Em cada cidade e região, o perfil consumidor é muito diferente. O chinês tem muito orgulho da culinária local. Fizemos muita pesquisa. A BRF era um dos principais fornecedores de pé de frango no país. Lá, o pé de frango é como snack. Como principal fornecedor, tínhamos que ter melhor qualidade. Desenvolvemos o sabor do pé de frango, fizemos as embalagens e material de PDV, além de canal digital no Alibaba”, recorda Talita. A experiência, para a executiva, advinda desse lançamento, ensina que as marcas têm que se jogar no mundo. “Dá para fazer acontecer, mas tem que se associar com pessoas locais, tem que entender o público “, diz.

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