Resumão da Rise Conf, direto de Hong Kong

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Resumão da Rise Conf, direto de Hong Kong

Na área das tecnologias de marketing e mídia existe uma tendência muito forte para a recompensa pela atenção, que está sendo viabilizada e turbinada com tecnologia blockchain.


11 de julho de 2019 - 9h35

Rise Conf foi um grande compilado de tendências para o futuro que estão sendo aplicadas hoje. 

 

Por Fabiano Goldoni (*)

 

A organização do evento é uma das coisas que mais impressiona nesses 3 dias. Somente o palco central se manteve igual. Todos os outros mudaram de nome para receber conteúdos de diferentes disciplinas. Aqui até a balada é organizada. Os bares na cidade estão sinalizados como locais oficiais do evento para mais networking e negócios. Todo final de tarde o app do evento avisa onde todos estão esvaziando a cabeça e enchendo a cara. 

 

Quando eu fiz a inscrição para evento, estranhei o fato das palestras ter em 30 minutos ou menos de duração. É que o povo asiático é muito orientado a negócios. Ninguém quer perder o tempo com blá blá blá que não seja orientado ao foco do evento. Os indianos são os mais agressivos nesse sentido comercial. Você não pode ficar parado muito tempo na frente do estande que eles já vão até você e começam a vender o peixe deles. 

 

Por falar em vender o peixe, uma coisa ficou clara nos debates destes dois dias: as plataformas mais bem-sucedidas são as que ajudam a pescar. A Didi está ajudando os motoristas com financiamento e manutenção do carros através de uma conta digital. Twitch também está tomando o mesmo caminho ajudando os produtores de conteúdo a produzirem com mais qualidade e em novos formatos. 

 

Da mesma forma que o Alibaba também se transformou em uma fintech junto com outros players do varejo mundo afora, todos estão, de alguma forma, conectando promovendo serviços financeiros. Isso não é novidade uma vez que muitas empresas já possuem bancos próprios. A diferença agora é que, no ambiente digital, o banco do Alibaba (Ant Financial) pode ser seu único banco oferecendo as mesmas vantagens dos bancos tradicionais. Aliás, o Ant Financial já é o décimo maior banco do mundo em valor de mercado. Em resumo, vamos entrar numa era da “fintechização” das plataformas que estão passando a financiar quem garante a oferta de serviços e produtos. 

 

Na área de conteúdo, a apresentação do Twitch e Giphy e suas visões de futuro foram as mais reveladoras em relação ao caminho que o consumo de conteúdo está seguindo. Por um lado, o Twitch traz cada vez mais conteúdo ao vivo e com maior duração, empoderando os creators com novas formas de monetização. Por outro, o Giphy traz conteúdo de curtíssima duração para usar nos chat apps que se tornam cada vez mais dominantes nos mercados. Marcas e publishers deverão entender melhor como estas tendências convivem no planejamento editorial de comunicação. 

 

Na área das tecnologias de marketing e mídia existe uma tendência muito forte para a recompensa pela atenção, que está sendo viabilizada e turbinada com tecnologia blockchain. Cada vez mais as pessoas vão receber algo, em dinheiro ou tokens, para consumir conteúdo com publicidade. Mistura isso com a tendência da “fintechização” das plataformas e imagina a oportunidade que vai ser desenvolver um negócio da área da comunicação nos próximos anos.

 

Pra finalizar, eu pude fazer um teste do que é a indústria 4.0. A startup Cloudzet escaneou meu corpo e modelou em 3D. cada compra que eu fizer na loja virtual a roupa começa a ser produzida na hora em que eu apertar o botão comprar. Não tem estoque. Esse mundo de indústria e serviços on demand é cada vez mais real neste lado do planeta. 

 

(*) Fabiano Goldoni é co-fundador da Alright AdTech Company, professor e palestrante.

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