As diferenças entre incubadora e aceleradora

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As diferenças entre incubadora e aceleradora

Ambas instituições, mesmo diante do mesmo foco de auxiliar projetos inovadores com potencial de crescimento, não são semelhantes


5 de janeiro de 2021 - 8h00

Para atingir competitividade, cada vez mais, startups contam com o apoio de incubadoras e aceleradoras. No entanto, apesar de terem o mesmo foco, auxiliar projetos inovadores com potencial de crescimento, essas instituições possuem diferenças.

Segundo o estudo “Mapeamento dos Mecanismos de Geração de Empreendimentos Inovadores no Brasil”, realizado pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), existiam, entre setembro de 2018 e março de 2019, no Brasil, 363 incubadoras e 57 aceleradoras. A pesquisa contou com a participação de 121 incubadoras e 29 aceleradoras.

Tecnologia da informação e comunicação, agronegócio e saúde e ciências da vida são as principais áreas de atuação das incubadoras. Ao todo, haviam 1.231 empresas incubadas, que tiveram um faturamento acumulado de R$245 milhões. Com relação aos principais setores de atuação, a maioria das aceleradoras, por meio das suas startups, atua no setor de agronegócio, educação, eletroeletrônico, saúde e ciências da vida, financeiro e varejo. O valor médio aplicado em startup está entre R$100 mil a R$200 mil e R$50 mil a R$100 mil.

 

Segundo estudo da Anprotec e do MCTIC, existiam, entre setembro de 2018 e março de 2019, no Brasil, 363 incubadoras e 57 aceleradoras (crédito: Canva/Studio)

Incubadora: o que é
As incubadoras são instituições focadas em apoiar empreendedores, com ideias inovadoras, a construírem empresas sustentáveis. Para consolidar operações, essas organizações oferecem serviços de suporte em gestão, aperfeiçoamento do modelo de negócios e infraestrutura. Para Cristiana Mieko, analista de inovação do Sebrae, as startups, “com produtos, serviços os processos de alto valor agregado, as incubadoras propiciam condições favoráveis de desenvolvimento”.

Para terem seu projeto incubado, essas empresas, geralmente, precisam passar por um processo de seleção e devem apresentar motivos suficientes para acreditar que se tornarão negócios viáveis, por meio de um plano de negócios.
Lilian Natal, head of community do Distrito, explica que, no geral, as incubadoras costumam ajudar a superar os primeiros desafios de empresas e projetos: “Pense em uma incubadora de recém-nascidos. Assim como no caso dos bebês, a incubadora é para startups que estão nascendo ou que estão em fase bastante inicial”.

Entre as vantagens de integrar uma incubadora, aponta Cristiana, estão: espaço físico compartilhado para realização de reuniões, secretaria, serviços administrativos e laboratórios; recursos humanos especializados para apoiar a empresa incubada no seu projeto ou empreendimento; capacitação dos empresários e empreendedores, em aspectos de gestão de negócio, gestão da inovação, comercialização e internacionalização; e acesso aos laboratórios para o desenvolvimento dos produtos, nos aspectos da pesquisa e desenvolvimento.

Aceleradora: o que é
As aceleradoras, por sua vez, são entidades jurídicas, com ou sem fins lucrativos, dedicadas a apoiar o desenvolvimento inicial de novos negócios inovadores, ou seja, startups, por meio de um processo estruturado, por um tempo determinado. Esse auxílio inclui seleção, capacitação, mentorias, oportunidades de acesso a mercados, infraestrutura e serviços de apoio, além do aporte de capital financeiro inicial em troca de uma possível participação societária futura nos negócios acelerados.

Para isso, as startups passam por um processo seletivo, no qual avaliadores verificam o potencial de seu projeto de acordo com determinados critérios. Cada aceleradora tem seus próprios critérios de avaliação, porém o mais comum é verificar o negócio, mercado e equipe.

Com o objetivo de acelerar negócios, fala Lilian, “depois da solução já lançada, o foco passa a ser aplicar melhorias no produto e na operação, fazer uma boa estratégia de marketing e vendas e analisar, profundamente, as métricas de performance, a fim pegar tração, tornar-se cada vez mais escalável e conquistar mercado”.

Apesar do investimento inicial ser um grande atrativo, o maior benefício considerado pelas startups aceleradas é o acesso ao mercado e o contato com mentores e especialistas, o que dificilmente teriam devido ao seu estágio, diz Cristiana. “Estas pessoas são facilitadores, que ajudam a encurtar o ciclo de evolução desses negócios por já terem passado pelas etapas que os empreendedores estão passando”, acrescenta.

*Crédito da foto no topo: Nick Collins/Pexels

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