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Como as startups podem integrar comunidades?

Fernanda Caloi, gerente de programas do Google for Startups, aborda a importância da troca de experiências com todo o ecossistema e medidas tomadas em meio à pandemia


15 de fevereiro de 2021 - 6h00

O contato com comunidades permite que startups tenham visões mais estratégias de negócios e, assim, troquem experiências com todo o ecossistema. Segundo Fernanda Caloi, gerente de programas do Google for Startups, por trás da inovação, há apoio e aprendizados: “Nós vemos muito isso dentro da nossa comunidade alumni do Google for Startups, onde diversos fundadores se colocam à disposição para servir de mentores ou para conversarem com outras startups, oferecendo seu tempo e conhecimento, uma vez que também já receberam esse tipo de apoio no passado e sabem a diferença que isso fez em sua trajetória”. Com exclusividade ao ProXXIma, a profissional ainda conta como esse cenário de comunidade auxiliou o trabalho do programa em 2020. Adaptar iniciativas para o universo virtual e criar um fundo de investimento para startups fundada por pessoas negras, o Black Founders Fund, foram algumas das decisões do Google para o Brasil, em meio à pandemia do novo coronavírus.

 

Fernanda Caloi, gerente de programas do Google for Startups (crédito: divulgação)

As startups e as comunidades
Dentro do ecossistema de inovação, existe uma grande rede de apoio entre os empreendedores. Aqueles que estão mais à frente em sua jornada costumam ajudar os que estão em estágio anterior, compartilhando experiências e caminhos possíveis a serem seguidos. Nós vemos muito isso dentro da nossa comunidade alumni do Google for Startups, onde diversos fundadores se colocam à disposição para servir de mentores ou para conversarem com outras startups, oferecendo seu tempo e conhecimento, uma vez que também já receberam esse tipo de apoio no passado e sabem a diferença que isso fez em sua trajetória. É importante que você se conecte não apenas com uma comunidade ampla do ecossistema, mas também uma comunidade mais nichada, conforme o seu setor ou tipo de startup, pois assim conseguirá discutir maiores especificidades sobre o seu negócio com outros colegas empreendedores e, na maioria das vezes, conseguirá aproveitar esses aprendizados para cortar caminhos e não cometer os mesmos erros.

É importante que você se conecte não apenas com uma comunidade ampla do ecossistema, mas também uma comunidade mais nichada

Estratégia voltada para o cliente
Com o isolamento social, mais pessoas passaram a usar serviços digitais para diversas tarefas do seu dia a dia, além de profissionalmente. Posso citar como exemplo os serviços de delivery, que, em uma pesquisa que realizamos em maio passado, registrou um aumento de 72% no interesse por startups do setor nas buscas no Google. E, isso pode levar a um aumento das expectativas dos clientes, em relação aos produtos e serviços que elas escolhem consumir. O problema de oferecer uma experiência “mais ou menos” é que o concorrente estará prontinho para encantar esse cliente. Em qualquer que seja o setor, qualidade no produto e excelência na experiência do usuário são enormes diferenciais competitivos.

A importância do gerenciamento de projetos
O gerenciamento de projetos é fundamental, pois dentro de uma startup há vários projetos com objetivos diferentes ocorrendo e até sendo testados ao mesmo tempo. É necessário ter boas habilidades de gestão para conseguir acompanhar o que está funcionando, o que não está, o que precisa ser ajustado e o que é necessário fazer a seguir para atingir as metas e objetivos do seu negócio. Numa startup, o funcionário que sabe olhar e reconhecer oportunidades de onde economizar recursos, com aprendizados rápidos dentro desses diversos projetos, pode ser um líder natural e continuar dando passos na escalada da sua carreira.

Numa startup, o funcionário que sabe olhar e reconhecer oportunidades de onde economizar recursos pode ser um líder natural

O Google for Startups e o mercado
A pandemia trouxe uma consequência que nunca havia passado pelas nossas mentes até então: o fechamento do nosso campus em São Paulo. Sem esse espaço que era o ponto de encontro para a nossa rede, foi um desafio entender como manter o nosso propósito fora de um ambiente físico. Adaptamos totalmente três dos nossos programas que já estavam com lançamento previsto no começo do ano – Startup Zone, Accelerator e Residência – para o universo virtual, o que nos permitiu trabalhar com mais startups de todos os cantos do Brasil e pudemos conectá-las a mentores do mundo todo. Vislumbrando essas novas possibilidades que esse formato remoto nos trouxe, ainda estreamos um novo programa: o Growth Academy. No ano passado, demos também o nosso primeiro grande passo na contribuição para um ecossistema mais equilibrado na questão de raça com o Black Founders Fund, nosso fundo de investimento para startups fundadas por pessoas negras no Brasil. A crise causada pela Covid-19 afetou a todos, afinal nenhum de nós estava preparado para viver o que esse ano reservava. Apesar de todos os contratempos, ainda tivemos resultados interessantes ao longo do ano e que nos deixam esperançosos para 2021.

*Crédito da foto no topo: Piranka/iStock

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