As diferenças entre salestechs e martechs

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As diferenças entre salestechs e martechs

A transformação digital e a busca por resultados assertivos levam marcas a atrelarem tecnologia à vendas e ao marketing


22 de março de 2021 - 10h24

Aumento de produtividade e retenção de leads são algumas das consequências do uso de tecnologia, aliada dos executivos e gestores de marketing e vendas, em negócios. Se, por um lado, os avanços digitais deram novas habilidades e desejos aos clientes, por outro, auxiliam marcas a criarem relações mais genuínas com seus consumidores. Neste contexto, martechs e salestechs ganham, cada vez mais, destaque e ajudam a impulsionar os resultados dos mais diversos setores econômicos.

Segundo o estudo “The LinkedIn State of Sales Report”, realizado em diversos países em 2020, nos últimos dois anos, por exemplo, o uso de ferramentas de sales intelligence cresceu de 28% para 34% nas organizações. Além disso, ainda de acordo com a pesquisa da rede social profissional LinkedIn, 77% dos vendedores estão investindo em vendas e reuniões virtuais e 51% já usam os dados a fim de aumentar a performance de suas vendas.

Já no campo do marketing, segundo a Statista, focada em dados de mercado e consumidores, o número de soluções tecnológicas cresceu de 150, em 2011, para mais de 8 mil, no ano passado. Em 2020, US$ 121 bilhões foram investidos, globalmente, em martechs. Para José Sarkis Arakelian, professor de estratégias de marketing do curso de administração da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), “martechs, captação, trabalho, análise e inteligência de dados já são, há alguns anos, realidade em absoluta expansão, tanto em companhias globais como locais”. Além disso, um estudo realizado pela Gartner mostra que, em média, 26% do orçamento disponível para uma equipe de marketing é destinado às martechs.

De acordo com o professor, a pandemia do novo coronavírus e a aceleração no processo de digitalização reduziram o tempo de maturação das tecnologias, o que vem quebrando as barreiras culturais corporativas de utilização ferramental. Assim, afirma, as plataformas de salestech ganharam evidência e servem, cada vez mais, como potencializadoras do trabalho remoto e as martechs passaram a ocupar um espaço ainda mais central na proposição de soluções.

 

Martechs e salestechs ganham ajudam a impulsionar os resultados dos mais diversos setores econômicos (crédito: Mikael Blomkvist/Pexels)

Salestech: o que é e como se aplica
As salestech (sales technology ou tecnologia de vendas) são empresas ou tecnologias inteligentes focadas no desenvolvimento de soluções e ferramentas para a área de vendas. Segundo Fernando Ribeiro dos Santos, CEO da Circle Aceleradora, ajudam a aumentar, consideravelmente, as compras e diminuir os esforços em torno da oferta de produtos e serviços. “As salestechs estão à frente das vendas. Mas, não de vendas comuns, que demandam grande capacidade da equipe na interação com o cliente e a força de vontade do vendedor como a única ferramenta disponível para o sucesso da ação. Está à frente de vendas mais eficientes, atendendo a demanda dos consumidores”, explica.

Entre as vantagens das salestechs, estão: aproximação com o cliente no momento da venda, banco de dados atualizado de leads, interação personalizada no pré e pós-venda, capacitação de equipes e otimização de tempo.

Martech: o que é e como se aplica
Por sua vez, as martechs (marketing technology ou tecnologia de marketing) permeiam startups ou soluções que relacionam tecnologia ao marketing. “São plataformas com o escopo mais amplo, usadas para criar, atender e desenvolver experiência ou jornadas que possibilitem uma organização a conquistar, engajar e reter clientes”, diz José.

As soluções de martechs podem ser aplicadas via ferramentas de automação de marketing e vendas, CRM (customer relationship manager), e-mail marketing, web analytics, geomarketing, pesquisa de mercado, gestão de mídias sociais, eventos, mobile marketing, SEO (search engine optimization), trade marketing e outros.

Com a tecnologia, o marketing passou a levar, para dentro de suas estratégias, mais escalonamento e assertividade. “O marketing, anteriormente, voltado, exclusivamente, para venda de produtos e serviços, passou a ser totalmente centrado no ser humano”, afirma Fernando. Assim, por meio do conhecimento acerca de valores, expectativas, necessidades e hábitos dos clientes, a área consegue fortalecer relacionamentos e a conversão, o que gera mais possibilidades de relevância e engajamento para os consumidores e maior potencial de impacto financeiro para as marcas.

Digitalização e inteligência
As salestechs e as martechs ainda são um mercado novo no Brasil, diz Fernando. No entanto, adiciona José, a integração de serviços em plataformas mais completas, complexas e complementares tende a sobressair: “As fronteiras entre os ecossistemas e as definições de escopo serão mais porosas”. O avanço das salestechs, com o trabalho remoto e a aceleração da digitalização, será ainda mais incorporado pelas marcas e o potencial das martechs, reforçado. Os diversos pontos de contato e intersecção trarão informação para a inteligência das companhias, com dados mais granulares das jornadas de compra, “detalhando táticas mais e menos efetivas para uma maior diversidade de segmentos de consumidores, retroalimentando a base”, explica o professor.

*Crédito da foto no topo: Johannes Plenio/Pexels

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