Como plataformas podem inspirar criatividade entre as marcas?

Buscar
Meio e Mensagem – Marketing, Mídia e Comunicação

Como plataformas podem inspirar criatividade entre as marcas?

Buscar
Publicidade

Notícias

Como plataformas podem inspirar criatividade entre as marcas?

Para Renata Decoussau, head of scaled do Creative Shop, da Meta, o relacionamento das pessoas com as mídias sociais mudou os hábitos de consumo


1 de dezembro de 2021 - 6h00

As restrições impostas pela pandemia da Covid-19 aceleraram mudanças em como e por que as pessoas compram, afirma Renata Decoussau, head of scaled do Creative Shop, da Meta, para a América Latina. Na área, que conta com a colaboração entre profissionais de marketing e de agências a fim de criar campanhas de marca que utilizem melhor os ambientes sociais do conglomerado, é importante combinar uma compreensão prática dos desafios de negócios com a capacidade de criar soluções criativas. “Acredito que, quanto mais opiniões, vivências e experiências colocamos juntas em um mesmo lugar, melhores as ideias serão e melhores serão os resultados”, diz. Ao Meio & Mensagem, Renata explica que, hoje, as marcas já patrocinam conteúdo original e cocriam comunicações diretamente com certos grupos e comunidades.

Uma pesquisa encomendada recentemente pelo Facebook IQ à Offerwise, no Brasil, sobre intenção de compras na Black Friday de 2021 mostrou que 74% dos entrevistados usam os aplicativos do Facebook para descobrir novos produtos e marcas; e mais de 60% afirmaram que suas compras foram inspiradas por comentários que leram no Facebook e no Instagram. “Quando trabalhamos diretamente com as marcas, aprendemos juntos sobre o máximo resultado possível a ser extraído de cada produto, explorando ao máximo o seu potencial criativo individual e integrado”, afirma.

 

Renata Decoussau, head of scaled do Creative Shop, da Meta, para a América Latina (crédito: divulgação)

A head of scaled do Creative Shop ainda aborda como a presença, cada vez maior, de fotos e de vídeos na vida dos consumidores está atrelada com a necessidade das marcas em reinventarem o modo que se comunicam nas redes sociais e como transformar dados em iniciativas efetivas.

Meio & Mensagem – Como o desenvolvimento da tecnologia e as dinâmicas culturais e sociais afetam a jornada das empresas, em termos de comunicação de produtos e serviços?
Renata Decoussau – Há uma grande chance de que cada um de nós tenha revisado ao menos alguns de seus hábitos de consumo, no último ano. As restrições impostas pela pandemia causada pela Covid-19 acabaram acelerando mudanças em como e por que as pessoas estão comprando. A ascensão das compras online e uma expectativa maior de que as marcas entreguem valor social revelam um novo cenário de consumo no qual a lealdade do cliente não é mais garantida — uma oportunidade clara para marcas nativas digitais construídas com base em tecnologia, propósito e comunidades acelerarem o seu crescimento e inovarem em suas categorias. Os desafios que enfrentamos, no ano passado, levaram os consumidores a alinhar, ainda mais, suas decisões de compra com seus valores pessoais, à medida que cresce nosso esforço para apoiarmos uns aos outros, nossas comunidades e nosso planeta. Isso precisa estar refletido não só nas estratégias de comunicação das marcas, mas também nos produtos e serviços que oferecem.

M&M – De qual forma a presença, cada vez maior, de fotos e de vídeos na vida dos consumidores está atrelada com a necessidade das marcas em reinventarem o modo que se comunicam nas redes sociais?
Renata – Com o fortalecimento da internet e, posteriormente, da popularização das redes sociais, passamos por uma revolução na comunicação, com a democratização do acesso a diversas ferramentas e canais antes acessíveis apenas a grandes marcas. Hoje, qualquer pessoa pode ser o narrador e a atração principal de uma história. Se antes as campanhas publicitárias erravam ou acertavam ao retratar certos grupos e comunidades, hoje as marcas passam a patrocinar conteúdo original e a cocriar campanhas diretamente com esses mesmos grupos, como parte central das suas estratégias de comunicação. Quando falamos do mercado publicitário, vale lembrar que essa mudança nunca foi tão importante e notável quanto a partir de 2020, primeiro ano de pandemia. Produções com baixíssimo custo e que demandam pouca estrutura e logística, muitas vezes usando apenas um telefone celular, passaram a ser ainda mais exploradas, o que levou ao surgimento de novos formatos e criou, inclusive, novas linguagens, como é o caso dos vídeos curtos em formato Reels, no Instagram. Nesse sentido, explorar todo o potencial de cada ferramenta na criação de uma campanha não só pode agregar inovação de maneira simples, efetiva e a baixo custo, criando storytelling focado na plataforma, como é essencial para atrair e engajar a audiência.

M&M – Como plataformas podem inspirar criatividade entre as marcas?
Renata – Acredito que, quanto mais opiniões, vivências e experiências colocamos juntas em um mesmo lugar, melhores as ideias serão e melhores serão os resultados. No Creative Shop, que é uma equipe interna e global do Facebook que apoia empresas na cocriação de projetos que possam explorar ao máximo o potencial criativo das nossas plataformas, combinamos uma compreensão prática dos desafios de negócios dos clientes com a capacidade de criar soluções criativas alinhadas às melhores práticas da indústria para empresas de todos os tamanhos. Nesse contexto, lançamos um projeto cuja essência é essa colaboração, tão importante para encararmos os desafios de um mercado tão dinâmico. O The Village nasceu com o objetivo de conectar marcas, influenciadores, times do Facebook e agências para explorarmos o futuro de diferentes indústrias. Participam marcas que respiram tecnologia, que carregam um propósito e crescem junto com as comunidades em torno delas, ou seja, que têm grande potencial para explorar com sucesso todo o poder das nossas plataformas e impactar positivamente as pessoas. Trabalhamos com essas empresas para descobrir e explorar as possibilidades criativas da intersecção entre pessoas, cultura e tecnologia, que geram valor e crescimento para negócios.

M&M – No marketing digital, qual é a importância de incluir o Instagram e o Facebook nas estratégias de marca?
Renata – Hoje, o Facebook e o Instagram são as plataformas preferidas pelas pessoas para descobrir novos produtos e se relacionar com marcas — e também as mais capazes de influenciar compras, tanto no ambiente online como off-line. Atualmente, 90% das pessoas seguem uma empresa ou marca no Instagram. Uma pesquisa encomendada recentemente pelo Facebook IQ à Offerwise no Brasil sobre intenção de compras na Black Friday de 2021 mostrou que 74% dos entrevistados usam os aplicativos do Facebook para descobrir novos produtos e marcas; e mais de 60% afirmaram que suas compras foram inspiradas por comentários que leram no Facebook e Instagram. Quando trabalhamos diretamente com as marcas, aprendemos juntos sobre o máximo resultado possível a ser extraído de cada produto, explorando ao máximo o seu potencial criativo individual e integrado — o que é uma variável que pode fazer uma grande diferença no resultado da campanha, considerando que todos os nossos produtos estão disponíveis para todas as empresas, de todos os tamanhos. A partir desses aprendizados, podemos compartilhar com o mercado insights e inspirações para que cada marca explore esse potencial com suas próprias fortalezas.

M&M – Acredita que o mercado digital evoluiu nas métricas? Como transformar dados em iniciativas efetivas?
Renata – Quando pensamos em medir o sucesso de campanhas nas plataformas sociais, vemos que muitas marcas ainda se atentam somente aos resultados de alcance, visibilidade e engajamento. Não há dúvidas de que esses dados são relevantes, mas também é fato que estão, muitas vezes, apenas refletindo diretamente certos volumes de investimento. É importante sempre analisarmos também o impacto direto no negócio e usar dados para, desde o começo, criar de acordo com esses objetivos — sejam eles atingir reconhecimento e lembrança de marca ou conversão direta. Dito isso, a melhor forma de usar dados de forma efetiva é, sem dúvida, testar, formulando hipóteses que conversem com as metas da empresa e verificando a reação do público na prática. E, a partir disso, eventualmente reformular essas hipóteses conforme necessidade. Considerando o baixo custo de produção de protótipos e testagem de campanhas, é possível usar a audiência como uma espécie de diretor de criação externo, que dá pistas em tempo real de qual caminho funcionará melhor.

*Crédito da foto no topo: Tracy Le Blanc/Pexels

Publicidade

Compartilhe

Veja também