NFT na música pode acabar com os intermediários detentores de royalties

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NFT na música pode acabar com os intermediários detentores de royalties

Plataformas como Artfy, MusicPlayce e Tune Traders pemritem que tokens não-fungíveis sejam alternativas de remuneração aos artistas


13 de abril de 2022 - 11h02

O debate a respeito da remuneração das plataformas de streaming aos artistas é um tema que gera descontentamento dos músicos de todo o mundo. Com a evolução tecnológica, os tokens não-fungíveis (NFTs) se tornaram alternativa de remuneração para os músicos e artistas.

Por meio deles, os artistas conseguem negociar o direito de suas composições e produções diretamente com seus investidores ou fãs, sem a necessidade de intermediários. “A tokenização quebra o intermediário. Automaticamente, aproxima muito quem quer investir e quem quer captar”, afirma Thiago Cassini, consultor de blockchain da MusicPlayce e um dos fundadores da Artfy.

 

NFTs se tornam alternativa aos músicos (Crédito: Shutterstock)

O NFT nada mais é do que um protocolo na blockchain que serve como espécie de certificação de um ativo digital, que pode ser música, imagem, GIF etc. “O NFT é um tipo novo de contrato”, resume o CEO da Tune Traders, Carlos Gayotto. Dessa forma, por meio de um NFT, os músicos podem tokenizar tanto os royalties de uma música ou composição quanto uma experiência musical ao seu lado. Isso porque quando um artista cria um NFT, ele está transformando seu IP emativo financeiro.

Como obter o NFT de um artista?
É possível obter um NFT através das próprias plataformas de exchange ou dos marketplaces, como OpenSea e Rarible, MusicPlayce, Artfy e Tune Traders. “O MusicPlayce vai no caminho de tokens de experiência, que são tokens utilitários transformados em NFT, que podem ser trocados por experiência”, explica Cassini. A Artfy funciona como uma espécie de bolsa de valores da música porque, através dela, é possível comprar os royalties de uma música. “Os fãs, por exemplo, podem simplesmente comprar um NFT, um token, e ganhar junto com o músico se aquela música for ouvida no Spotify ou nas plataformas de streaming”, complementa. “Com o NFT, se pode tokenizar tanto a música em si quanto os recebíveis, os rendimentos, os royalties dessa música. Como comprar uma ação. É a bolsa de valores da música”.

A Tune Traders trabalha com uma listagem de música não apenas de NFT, como FT, que é outro tipo de token, que é fungível. “Uma vez ali listados, os fãs conseguem escolher qual artista querem beneficiar com aquela compra ou se querem colocar esse investimento em uma única canção, uma canção que venha a existir, e depois esse dinheiro ajuda na produção ou na carreira do artista. Esses direitos musicais ficam consignados por um tempo. Há também NFTs que são criados para se ter uma experiência próxima a um artista, que está mais perto da experiência colecionável”, dizo CEO. Os principais cases da companhia envolvem a tokenização de direitos autorais.

Benefícios
Além de representar nova forma de remuneração aos artistas, o NFT, assim como a blockchain, está sendo benéfico aos músicos justamente por ser capaz de permitir auditoria e rastreabilidade nos royalties desses artistas. “Isso é realmente uma grande virada de chave na indústria”, comenta Gayotto. Nas plataformas de streaming de música não há a mínima auditoria de que aquele play realmente aconteceu. “E o artista que é o detentor da criação é pouco valorizado nesse modelo, a própria forma de pagamento do Spotify é por amostragem, ou seja, a maioria dos artistas são prejudicados, coisa que, no metaverso, sabemos que será mais sustentável porque, detendo o token, se  pode fazer o que quiser com ele, inclusive alugar. Vemos uma nova experiência assim como foi com o Napster e o CD”, completa.

O fundador da Artfy ressalta que os NFTs são ferramentas mais transparentes para os músicos. Isso porque a blockchain traz transparência de todas as informações, quando surgiu e para onde foi. “Isso vai revolucionar muito o mercado porque ele fica muito mais transparente e corta o intermediador”, afirma. “Isso é um levante que estamos fazendo para que o artista tenha o seu ciclo de obra e carreira mais respeitado e mais longevo, enfatiza Gayotto, da Tune Traders. Há centenas de músicas legais sendo produzidas, mas que, fatalmente, não terão sua chance no mercado por conta de desestrutura histórica, onde nunca foi dada a possibilidade de o fã investir diretamente na carreira do artista. “Essa é a minha bandeira, que a classe dos royalties saia da mão desses donos da indústria e chegue na mão do grande público. Assim como se pode ter um investimento em poupança ou renda fixa. Através dos NFTs e dos contratos em blockchain, podemos criar uma espécie de bolsa de valores dos artistas”.

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