A função das foodtechs na transformação alimentar

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A função das foodtechs na transformação alimentar

Tecnologias impactam não apenas o que vai na mesa - e no prato - dos consumidores, mas toda a cadeia de produção do segmento


27 de julho de 2022 - 6h00

Profissionais de diversas áreas ganham oportunidades no mercado alimentar (Crédito: Divulgação/NotCo)

As foodtechs são empresas que utilizam tecnologia – bem como ideias inovadoras – para atuar no setor de alimentação, se preocupando, além da oferta dos produtos, em si, com questões voltadas à sustentabilidade, minimização de desperdícios e até mesmo a otimização dos processos para o consumidor final.

Segundo o relatório Food Tech 2022, realizado pela Outcasts Ventures em parceria com a Distrito, entre as principais categorias estão as Super Foods & CPG, que utilizam a tecnologia para a criação de novas categorias de alimento, como a plant based, categoria de atuação da NotCo; as Food Deliverys, que investem em soluções que auxiliam na logística e entrega ao consumidor final; as Smart Kitchens e Restaurant Tech, que auxiliam na gestão e processos internos de restaurantes, e as Farm to Table, que aproximam o produtor do consumidor final a fim de diminuor o número de intermediários, entre outros serviços.

Dentro dessas possibilidades, o e-commerce é o principal modelo de distribuição desses serviços, sendo utilizado por mais de 27% das empresas. No setor de Super Foods, os produtos plant based ocupam 24,7% da categoria, segundo o relatório. A head de marketing da NotCo, Vanessa Giangiacomo, avalia que o setor captou mais de US$1 bilhão entre 2010 e 2021 e que esse crescimento vai além do desenvolvimento de alimentos. “Vemos que precisamos das foodtechs para genuinamente transformar esse setor. O nosso desafio vai mais além quando pensamos na nossa saúde e em sustentabilidade”, avalia.

Nesse contexto, fatores externos influenciam a utilização das tecnologias como uma ferramenta para revolucionar o mercado. O mais recente foi a Guerra na Ucrânia, que afetou diretamente a produção de óleo de girassol. A head explica que a NotCo, diante desse cenário, teve que buscar novas formas de produzir esses insumos. A marca de alimentos utiliza a inteligência artificial para combinar os elementos – à base de plantas- e transformá-los em outros alimentos. É assim com o leite, com o recém-lançado creme de leite e com o óleo de girassol.

O CEO e co-founder da Saipos, Bruno Tusset, enxerga que a pandemia também foi um fator determinante para esse segmento do mercado. Segundo o executivo, em um momento pré-pandêmico, as empresas estavam apoiadas em economizar dinheiro, otimizar processos e vender mais. Depois, as marcas passaram a entender como a digitalização poderia ser efetiva para estreitar esses princípios. “Muitos empresários entenderam que eles precisam estar no digital e como a tecnologia pode ajudá-los a mudar o patamar do negócio”, explica.

Para Tusset, as empresas vão se preocupar mais em facilitar o processo de consumo. “Comer é um ato de troca entre pessoas. Não é só alimentação, é aproveitar um momento. As foodtechs vão ter que se preocupar em facilitar os processos para que esses empresários tenham tempo para focarem no que é importante. A parte técnica, as foodtechs têm que resolver”, avalia.

Amarrando tudo isso, as foodtechs também são responsáveis por movimentações na economia. Segundo a Distrito, o mercado foodtech emprega 10.159 funcionários de áreas diversas. Na NotCo, por exemplo, profissionais como nutricionistas, chefs, cientistas e um grande departamento de tecnologia são englobados na empresa.

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