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Pagamento atrasado: o drama das produtoras

Pesquisa encomendada pela Apro aponta que 71% das empresas reclamam do aumento da demora para receber pelos serviços prestados


23 de maio de 2017 - 18h54

Atualizada em 24/5, às 09h59

(Crédito: Reprodução)

Os prazos de pagamento sempre foram um problema grave para a saúde financeira das produtoras de filmes publicitários. Com a crise econômica, que diminuiu consideravelmente as verbas de agências, anunciantes e fornecedores, as empresas de audiovisual têm sentido mais dificuldade em receber os pagamentos pelos serviços prestados.

A conclusão faz parte de um estudo feito pela Global Trevo Consultoria para a Associação Brasileira de Produção de Obras Audiovisuais (Apro) e foi revelada durante o Whext, evento que a associação promoveu nessa segunda e terça-feira (dias 22 e 23 de maio), em São Paulo.

De acordo com a pesquisa, realizada entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017 com 200 profissionais do setor, 71% das produtoras afirmaram que o prazo de pagamento aumentou muito nos últimos 12 meses. Muitos dos entrevistados afirmaram que chegam a esperar até 90 dias para receber o pagamento pela produção de filmes publicitários. Mais da metade dos profissionais que responderam a pesquisa declararam que é comum que o prazo mínimo de pagamento seja de 45 dias.

Ainda de acordo com o estudo encomendado, 61% das produtoras admitiram já ter recusado um trabalho por conta do prazo extenso para o pagamento, atitude que, em alguns casos, pode trazer consequências negativas: 21% dessas empresas disseram que sofreram retaliações por terem recusado trabalhos, como exclusão de novos processos de concorrência.

Na opinião de Paulo Schmidt, presidente da Apro, o estudo apenas certificou algo que se tornou corriqueiro no cotidiano do setor. “Muitos clientes atrasam os pagamentos de forma constante como prática de fluxo de caixa, onerando e penalizando a produtora que necessita pagar custos”, disse Schmidt, em comunicado.

De acordo com o presidente, a entidade estima que, com a revisão de retomada dos negócios e da recuperação da economia no segundo semestre, o atraso nos pagamentos deixe de acontecer com tanta frequência.

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