Após NYT, El País também terá editoria de gênero

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Após NYT, El País também terá editoria de gênero

Jornal espanhol contará com a jornalista Pilar Álvarez para equilibrar a presença de homens e mulheres em toda a cobertura


14 de maio de 2018 - 8h00

O jornal espanhol El País anunciou na sexta-feira, 11, a criação de uma editoria de gênero que será liderada pela jornalista Pilar Álvarez, desde 2007 na empresa de mídia. De acordo com o El País, Pilar terá o objetivo de planejar e ampliar a cobertura sobre os temas de gênero. “O mundo está imerso em uma profunda mudança que este jornal segue de perto e quer continuar dando uma atenção especial: o novo papel que a mulher tem na sociedade”, diz a nota do El País.

Ainda de acordo com o comunicado, não é um compromisso novo, “mas que se renova com a criação de uma nova figura, uma editora de gênero”. Segundo Pilar Álvarez, uma das suas funções será de atuar como vigia para que haja sempre equilíbrio na presença de homens e mulheres em reportagens e coberturas.

“O feminismo se transformou hoje em um movimento de referência de luta pelos direitos civis em grande parte do mundo. Neste momento de efervescência, em que as demandas das mulheres se misturam com reações opostas de todo tipo, em um clima muitas vezes de paixão e confusão, o desafio da editora será de ressaltar acima de tudo o valor dos fatos”, diz o El País.

O trabalho da editora de gênero será transversal a todas as editorias, como reforça a nota. “Não se trata apenas de escrever mais histórias sobre as mulheres, mas de incluir mais mulheres em histórias. A cobertura que a editora de gênero estimulará será também internacional, apoiada na rede de redações e jornalistas que o El País possui em diversos países, com atenção especial para a América Latina. ”

Em novembro do ano passado, a jornalista Jessica Bennett foi anunciada pelo New York Times como editora de gênero. Na ocasião, o jornal noticiava várias informações envolvendo escândalos de assédio sexual na indústria cinematográfica. O próprio NYT se envolveu em um caso de assédio ao ter que suspender Gleen Thrush, setorista da Casa Branca, acusado de conduta sexual inadequada por diversas colegas.

“Senti que tínhamos uma ótima cobertura de temas que poderiam ser colocados em uma categoria de gênero, e não estávamos fazendo o melhor que podíamos para conectá-las. Fazer isso ajuda o leitor a ligar os pontos, e cria uma lente que os ajuda a se envolver com as matérias”, disse, à época, Jodi Rudoren, diretora-editorial do NYT em referência à criação da editoria.

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