Covid-19 supera dengue, zika, chikungunya e barragens
Pandemia registrou maior diferença no índice de comoção do estudo F.biz Commotion Path desde 2014
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Amanda Schnaider
6 de maio de 2020 - 6h26
Para entender como as marcas devem se posicionar em momentos sensíveis, com base no nível de comoção das pessoas em relação a esses momentos, a Fbiz lançou o estudo Commotion Path. Antes da pandemia do novo coronavírus, o fato de maior comoção no Brasil eram as barragens, pois entre 2015 e 2019, o Brasil teve dois rompimentos de barragens de enormes proporções, que ocasionaram inúmeras mortes, a de Mariana e a de Brumadinho. Em segundo lugar no ranking aparece dengue, zika e chikungunya, que entre janeiro de 2014 e novembro de 2019, provocaram mais mortes do que o rompimento de barragens e continuam sendo frequentes no País. Entretanto, em dezembro do ano passado surgiu um acontecimento que mudou tudo: a Covid-19. Em 28 de fevereiro, dois dias após o primeiro caso ser confirmado no Brasil, o novo coronavírus já ultrapassava o rompimento de barragens e tornava-se o fato de maior preocupação e comoção do País. (Veja gráfico abaixo.)
A segunda mediação, realizada em 31 de março, já com a evolução do vírus no Brasil e no mundo, o índice mostrou a maior diferença entre a primeira e a segunda tragédia de maior comoção desde 2014. “Em um segundo momento, depois de um mês, vemos a pandemia da Covid-19 cinco vezes maior do que era a maior antes, que era barragem. Isso aumentou rápido, mas se estagnou em abril, mesmo com a quantidade crescente de mortes”, explica Amanda Gasperini, diretora de data intelligence & insights da Fbiz. (Veja gráfico abaixo.)
Conforme observado pela diretora, em abril a comoção em relação ao novo coronavírus manteve-se em crescimento, porém com uma velocidade menor, o que mostra que março foi o mês onde os pilares que compõe o Commotion Index alcançaram os patamares mais discrepantes em relação às outras tragédias analisadas, indicando que a preocupação das pessoas em relação a doença aconteceu principalmente neste mês. (Veja gráfico abaixo.)
Segundo a diretora de data intelligence & insights da Fbiz, o estudo é importante tanto neste momento de pandemia quanto para o pós-pandemia. “Temos acompanhado o crescimento de dengue, mas que ainda não se é falado, provavelmente no último trimestre será um assunto que será mais repercutido, então o índice ajudará a acompanhar isso e as marcas a saber o momento de entrada e o como entrar”, reforça.
Para desenvolvê-lo, a agência utilizou como base a avaliação de oito pilares, cujo peso são atribuídos de acordo com seu potencial de gerar maior ou menor comoção nas pessoas. Os pilares, em ordem decrescente, são: vidas perdidas, repercussão internacional, frequência de acontecimentos, opinião pública, celebridades/influenciadores, militância digital, pronunciamentos do governo e ongs. Os resultados por atributo são consolidados em um índice de comoção dinâmico, que varia de 0 a 10, para mostrar a dimensão dos fatos e também a distância entre eles.
A metodologia da pesquisa foi feita com base em diversos fatores quantitativos e qualitativos processados entre 1° de janeiro de 2014 e 15 de abril de 2020. Neste universo estão 16 milhões de menções em redes sociais e dois milhões de notícias; sete mil pronunciamentos do governo; dados de 235 mil sites de organizações não governamentais; 11 mil estruturas de chatbots para divulgação de informações; 32 mil influenciadores e celebridades; e seis mil obituários. “Essa transformação dos dados tanto quantitativos quanto qualitativos consolidados em um índice, que pode trazer essa percepção para marca do quanto ela se movimenta, é um ponto muito forte que não tem em geral nos estudos”, diz Amanda.
**Crédito da imagem no topo: Novendi Dian Prasetya/iStock
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