O horizonte nebuloso da Decolar

Meio & Mensagem
13 de agosto de 2013 - 8h51

O Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de São Paulo (Sindetur-SP) anunciou nesta segunda-feira 12 a suspensão do registro da Decolar.com. Válida por 180 dias, a punição é atribuída à omissão as despesas com as taxas que cercam a venda de passagens e pacotes turísticos. O anúncio de valores diferentes no site da empresa já havia sido alertado no início de junho, quando o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) intermediou a assinatura de um acordo com as empresas ViajaNet e Submarino Viagens, além da Decolar.com, para um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

O Sindetur-SP, entidade que reúne as empresas de turismo de São Paulo, exige ainda que as peças publicitárias da marca, atualmente no ar com filmes estrelados pelo ator Bruno De Luca, também sejam remodeladas sob pena de eliminar a Decolar.com do seu quadro de associados. O site da empresa, considerada uma das maiores vendedoras de passagens aéreas on-line do País, continua em operação, mas a falta de clareza na exposição dos preços já começa a afetar algumas parcerias. No início de agosto, a American Airlines, por exemplo, acabou por interromper a venda de passagens por meio da Decolar.com.

Em nota, a Decolar.com diz que, “ao contrário do que informa o Sindetur, a empresa apresenta de maneira clara o preço a ser pago por uma passagem, hospedagem ou qualquer outro serviço oferecido pelo site”. O comunicado explica ainda que a Decolar.com permite a realização de pesquisas comparativas. “O consumidor sabe de modo discriminado o que está sendo cobrado. No site, o consumidor tem a oportunidade de antes de fechar o negócio visualizar os valores cobrados por companhias aéreas e hotéis disponíveis para o destino escolhido”, defende-se a empresa. De acordo com a Decolar.com, não há desrespeito à legislação brasileira. “A Decolar.com esclarece que seu modelo de negócio está de acordo com o que estabelece o Código de Defesa do Consumidor no Brasil”, acrescenta a empresa.