O que o ?Data-Gate? Prisma significa
Quanta informação os anunciantes e empresas de mídia deveriam estar aptos a coletar e armazenar?
Quanta informação os anunciantes e empresas de mídia deveriam estar aptos a coletar e armazenar?
Meio & Mensagem
18 de junho de 2013 - 12h40
(*) Por Kate Kaye, do Advertising Age
Além de todas as questões levantadas sobre privacidade e a vigilância excessiva do governo, as revelações recentes do programa de vigilância Prisma, da Agência de Segurança Nacional americana (ASN), trouxeram outro debate aos holofotes: quanta informação os anunciantes e empresas de mídia deveriam estar aptos a coletar e armazenar?
No fim das contas, muito das informações que a ASN tem peneirado para prevenir o terrorismo existe somente porque Verizons e Googles da vida as colhem. Por anos, os defensores da privacidade argumentaram que o perigo da coleta de dados e armazenamento por mídias digitais e gigantes das comunicações é que o governo poderia alcançá-las – uma preocupação que soava Big Brother que, muitos no mercado, sentiram mais como teoria da conspiração que realidade potencial.
“Muito do que o governo sabe sobre nós ele sabe por culpa das companhias, então, é preciso ter um pouco de confiança de que você tenha algum controle sobre os dados que elas colhem a seu respeito”, afirmou Justin Brookman, diretor do Projeto sobre Privacidade de Consumo do Centro para a Democracia e Tecnologia. Ele argumenta que regras para como as corporações coletam, transferem e armazenam dados são necessárias porque “é difícil determinar o acesso do governo”.
O debate agora se tornou dominante. Mesmo consumidores de notícias mais passivos estão se tornando alertas ao fato de que coleta de dados acontece em larga escala. Os anunciantes precisam considerar quanto efeito bumerangue o programa Prisma vai gerar contra seus esforços crescentes de captura de dados.
O Google está tentando desviar pressupostos do pior, ressaltando quão séria poderia ser a ameaça para o mundo da coleta de dados. Na semana passada, a empresa solicitou ao governo permissão para divulgar o número de requisições feitas pela ASN e seu escopo. “Os números do Google poderiam claramente mostrar que o cumprimento desses pedidos está muito aquém das solicitações que têm sido feitas”, escreveu David Drummond, diretor jurídico do Google em carta ao Procurador Geral dos EUA, Erick Holder, e ao diretor do FBI, Robert Mueller, e que também foi compartilhada no blog da empresa.
Separadamente, o Google divulgou como entregou as informações ao governo, quando foi intimado a obedecer as solicitações: “geralmente através de transferências FTP seguras e pessoalmente” (leia-se, sem acesso direto ao servidor).
Resta saber se o data-gate das atividades da ASN vai inspirar os consumidores a pensar duas vezes antes de postar algo no Facebook ou assinar um cartão fidelidade. Mas o fato deveria impor leis mais restritivas aos anunciantes na forma de uma legislação de privacidade abrangente.
(*) Tradução: Roseani Rocha
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