60 e + anos, sim senhor meu jovem!
Com maior expectativa de longevidade, dinheiro no bolso e vontade de curtir a vida, o número de brasileiros acima de 60 anos caminha para ser quatro vezes maior até 2060
Com maior expectativa de longevidade, dinheiro no bolso e vontade de curtir a vida, o número de brasileiros acima de 60 anos caminha para ser quatro vezes maior até 2060
Meio & Mensagem
28 de outubro de 2014 - 2h25
Com maior expectativa de longevidade, dinheiro no bolso e vontade de curtir a vida, o número de brasileiros acima de 60 anos caminha, segundo o IBGE, para ser quatro vezes maior até 2060. O fenômeno é facilmente explicado pelos demógrafos e estatísticos, pois representa uma tendência mundial, iniciada anteriormente nos países desenvolvidos e que agora se confirma, com o envelhecimento acelerado da população no nosso país. Não por acaso, o IBGE projeta que os idosos, em termos quantitativos, devem chegar a 58,4 milhões de pessoas (26,7% do total), em 2060.
Tudo parece colaborar com o novo cenário: a evolução da medicina e o surgimento de especialidades como a Geriatria e a Gerontologia, medicamentos que prologam e melhoram a vida sexual dos mais velhos, a emergência da preocupação com a realização de atividades física e ingestão de uma alimentação mais saudável, a ampliação das possibilidades em termos de tratamentos estéticos e a elevação do potencial de consumo, só para citar alguns fatores que favorecem um melhor e mais expressivo envelhecimento.
Tal conjuntura tem que nos inquietar para que dialoguemos mercadologicamente com esse grupo, que é extremamente importante na contemporaneidade. A própria mídia, em seu processo produtivo e na publicidade, tem confirmado tal relevância, ao enfatizar a aparição de idosos. Mas não somente isso, igualmente tornando-os, muitas vezes, o centro da mensagem. São vários programas, novelas e séries com o protagonismo dos personagens mais velhos. Não temos como negar que é notório o surgimento de uma abordagem bem diferente de anos anteriores. Justamente por isso, é imprescindível que conheçamos essas pessoas que passarão a viver, em média, 81 anos (conforme o IBGE) com mais saúde, qualidade de vida e vontade de aproveitar o que o mercado oferece em termos de entretenimento, consumo, oportunidades e lazer.
De acordo com os dados EGM – Estudos Geral dos Meios no período de julho/2013 – junho/2014, 98% das pessoas acima de 60 anos assistem TV, 65% não abrem mãos do habito em ouvir radio, seguido da mídia 00H com 42%, jornal 37%, Pay TV 31%, revistas 28% e Internet 16%. São pessoas antenadas, ao acessarem a internet as finalidades são desde sites de busca com 81%, seguido para leitura de e-mails 74%, sites de relacionamento com 56%, notícias em geral 55% entre outros.
Todos esses dados sinalizam o despontar de uma grande transformação, que não é apenas numérica, mas principalmente no que diz respeito a um grupo de pessoas que, apesar dos anos de idade, encontram-se verdadeiramente ativas e produtivas; consumindo e partilhando informações, produtos e serviços. Emergentes consumidores que ainda anseiam por consumir mais e aproveitar o que a vida tem a oferecer, seja nas mídias ou fora delas.
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