Meio & Mensagem
29 de agosto de 2011 - 3h13
A propaganda pode desempenhar mais funções além de informar ao consumidor sobre o produto ou serviço. Ela informa, explica, educa, anima, motiva atitudes, convence e às vezes até vende, ou melhor, ajuda a vender. Na economia a propaganda representa uma pequena parte da engrenagem que ajuda a movimentar o mercado, o uso da propaganda nesta área depende de cada setor: B2B – business-to-business, B2C – business to consumer, serviços, bens culturais, serviços públicos, etc.
No B2B (negócio entre as empresas) o apelo da propaganda deve levar em conta o lado mais racional, pois o importante para este setor é fechar negócios que movimentam milhões ou até bilhões em cifras e o fechamento do negócio depende de vários departamentos dentro da empresa, como o controle de qualidade, por exemplo, que aprova ou não dependendo da qualidade da matéria prima, neste caso a propaganda deve ser meramente informativa, técnica e não deve usar as mídias tradicionais. Já o apelo de comunicação para o B2C (negócio entre a empresa e o consumidor) deve levar em consideração o comportamento do consumidor final que faz a decisão de compra de forma pessoal. No setor de serviços a propaganda segue um sistema parecido, porém levando em conta as características do serviço oferecido: uso pessoal ou uso empresarial. Os bens culturais têm enorme influência na economia, pois emprega bilhões de pessoas e são “comprados” por grande parte da população. A propaganda neste caso deve ser totalmente emocional e deve buscar apelos bastante subjetivos levando em conta motivos pessoais que variam conforme os grupos de convívio que influencia diretamente na escolha do evento cultural. Nos serviços públicos, tantos as estatais como as privadas, devem usar a propaganda com apelo de sentido educativo, ou seja, usando o emocional e o racional a fim de despertar uma atitude de mudança de comportamento pró-cidadania. Nas economias mais desenvolvidas este tipo de estratégia na comunicação é muito comum.
Falando em propaganda e economia, não dá para não lembrar dos U.S.A, quando da crise de outubro de 29 refletida nos anos 30s, momento em que o governo americano usou fortemente a propaganda para incentivar o consumo naquele país com o objetivo de movimentar a economia que estava em frangalho. Portanto a ligação da propaganda com a economia não é de hoje e talvez vejamos um repeteco na história de ambas.
* Hélder Moraes é consultor e coordenador do curso de Propaganda e Marketing da Facamp
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