Geraldo Leite
3 de fevereiro de 2014 - 9h58
Quero falar da Copa do Mundo no Brasil: um sonho que eu e milhões de pessoas sempre tivemos que voltasse a acontecer por aqui.
Poderíamos ter nos planejado melhor? Claro. Aliás, deveríamos.
Não seria acertado que investíssemos mais em Saúde, Educação, Transporte no “padrão Fifa”? Sem dúvida! Queremos esse padrão de qualidade no País todo. Mas também podemos querer fazer uma bela Copa.
Cada país tem seu jeito, seu estilo, sua fase e nós andamos num momento meio rabugento. Nós temos avançado, mas nem sempre numa linha reta e em certas fases ficamos “down”. Desde os tempos do FHC e passando por Lula e Dilma, o País tem evoluído – não falo necessariamente da economia chata e dura dos índices de crescimento e inflação, mas de mais gente trabalhando, comendo, se formando ou até, como “dores do crescimento”, congestionando as ruas, por muito consumo e parco planejamento urbano…
Fazer uma Copa é um acontecimento invejado por muitos países e que pouquíssimos, quase nenhum, tem tanta simbologia, tradição e história como a gente – é parte de nosso DNA.
É um evento que mexe com todo o mundo mesmo. O mais importante, o mais assistido, o que tem a maior repercussão e que pode nos ajudar a projetar uma nova imagem do Brasil.
Isso pode atrair mais turistas, gerar negócios e facilitar contatos com o mundo exterior; seja para trazer ou exportar recursos, para namorar, passear; enfim, contatos de vários graus.
Quem nos representará nos estádios é a seleção, mas quem, de fato, vai fazer a cabeça dos visitantes somos nós, a conviver nos hotéis, pousadas, bares, táxis, praias, ruas, esquinas e estradas. Não é só uma Copa no Brasil, mas na casa dos brasileiros. E para mim isso não tem nada a ver, ou não deveria ter, com a política.
Vale lembrar que frente as bilhões de pessoas que nos verão, os milhares de turistas serão relativamente poucos. A grande maioria das pessoas assistirá pela TV ou seguirá pela mídia e é dessa forma que vão nos “visitar”, torcer para o seu país ou para os melhores jogos. E se formos, de fato, bons anfitriões, podemos depois atrair muito mais gente pra cá.
A proximidade das eleições e a exagerada polarização política que temos vivido têm nos jogado num conflito contínuo, como se vivêssemos uma guerra santa ou civil.
Ora, se no nosso próprio futebol conseguimos enxergar o que vai mal e articular o movimento do “Bom Senso FC”, porque não podemos levar isso para nossa vida, nossa família, nosso futuro e nosso País?
É hora de voltar para o básico. Por que fazer a Copa? Porque é bom para todos nós.
Geraldo Leite é sócio diretor da Singular, Arquitetura de Mídia
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