Andrea Dietrich
22 de novembro de 2011 - 10h22
Estamos em novembro, mês que acontece um dos principais movimentos de empreendedorismo do mundo, a Semana Global de Empreendedorismo, e resolvi falar um pouco sobre esse tema. Um dos tópicos mais interessantes que li sobre o assunto é uma pesquisa que acabou de sair do forno sobre o “Perfil do Empreendedor Digital Brasileiro”, encomendada pela RBS.
Segundo a pesquisa, para 79% dos empreendedores o que mais os motiva a abrir um novo negócio é trabalhar com o que gostam, acima de itens como ter oportunidade de crescer profissionalmente (54%) ou de ter retorno financeiro (52%). Ou seja, temos uma geração grande de pessoas, profissionais em média de 20 a 30 anos, que procuram no mercado de trabalho sua satisfação pessoal.
Comecei a pensar um pouco mais a fundo nisso e imagino o quanto esse movimento vai mudar algumas coisas no mercado de trabalho e até na economia do País. As pessoas querem trabalhar para aquilo que lhes traga prazer, satisfação, e não mais somente pela carteira assinada e estabilidade. Uma geração inteira inquieta que passa a movimentar o mercado dentro e fora das empresas buscando espaço para inovação, criatividade, agilidade e resultado.
Me surpreendi ao ler um post do Martin Lindstrom revelando que recebe em média cem contatos por dia de crianças pedindo dicas de como abrir seu próprio negócio (as dicas ele revelou neste artigo: Generation Y Is Born To Startup). A brincadeira está começando a ficar séria. E se todos resolvessem abrir seus próprios negócios? Como ficaria a mão de obra das empresas?
Então vemos dois movimentos acontecendo em torno do novo perfl dos jovens profissionais:
• Rápido crescimento do número de startups (na maior parte digitais) no mercado;
• Mudança na mentalidade das organizações, começando a incentivar o empreendedorismo fora e dentro (o que está sendo chamado de intra-empreendedorismo – leia mais aqui) de seus limites para se tornarem competitivas e reter seus talentos.
Um dos principais fatores para essa mudança cultural e comportamental está no avanço da tecnologia que abre possibilidades infinitas de negócios. Podemos dizer, então, que o mundo digital está mudando a vida das pessoas e trazendo mais prazer e felicidade aos negócios? Talvez sim, mas definitivamente não faltam boas iniciativas que estimulam esse processo de transformação, entre outros:
PREI (RBS) – http://www.prei.com.br/;
Wayra (Telefonica) – http://wayra.org/br;
Startup Weekend: http://saopaulo.startupweekend.org;
Sua Idéia Vale 1 Milhão (Buscapé): http://suaideiavale1milhao.com.br/.
Acredito que esses exemplos ainda são a ponta do iceberg se comparados às iniciativas do sempre punjante Vale do Silício, mas estamos começando, isso já é ótimo.
Andréa Dietrich é responsável pelo núcleo digital do Grupo Pão de Açúcar.
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