10 profissionais de mídia de 2014
Conheça os diretores e executivos que se destacaram em produção de conteúdo e negócios envolvendo veículos
Conheça os diretores e executivos que se destacaram em produção de conteúdo e negócios envolvendo veículos
Meio & Mensagem
22 de dezembro de 2014 - 2h23
1. Álvaro Paes de Barros
Ha três anos, Álvaro Paes de Barros se dedica a aprimorar a relação com parceiros, a qualidade dos serviços e os processos de curadoria do YouTube no Brasil. Um de seus desafios maiores, como diretor de conteúdo da plataforma, foi impulsionar a produção nacional no portal. Um dos exemplos foi o investimento de R$ 1,5 milhão realizado pela plataforma na Riofilme, distribuidora cinematográfica gerida pela prefeitura do Rio de Janeiro. Em outubro, o Google abriu em São Paulo o YouTube Space, em parceria com o Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias. O projeto, o quarto do gênero no mundo – já existe em Los Angeles, Londres, Tóquio e Nova York – visa disponibilizar uma estrutura adequada para produtores de canais com mais de mil inscritos e realizar coproduções. Tais estratégias procuram consolidar o YouTube como parte da cadeia audiovisual e não apenas um depositório de vídeos. Com mais de 60 milhões de usuários únicos mensais, o Brasil é o segundo maior mercado da empresa, atrás apenas dos Estados Unidos. Antes de trabalhar no YouTube, Barros comandou diretorias na Viacom (onde esteve por dez anos) e na Fox.
2. Ana Paula Padrão
A carreira de Ana Paula Padrão teve um novo direcionamento em 2014. Após anos dedicados ao trabalho de repórter e âncora de telejornal, a jornalista se tomou a apresentadora do Masterchef Brasil, reality de gastronomia que a Band estreou neste ano, em setembro. Com todas as suas cotas vendidas e participação de 11 marcas, o programa conquistou bons índices e repercussão nas redes sociais. Mesmo compromissada com o entretenimento, Ana Paula foi destaque recente numa grande reportagem para a emissora sobre a epidemia do Ebola na África. A profissional iniciou a carreira na TV Globo de Brasília, em 1987. Depois passou a integrar o time de jornalistas do Bom Dia Brasil e do Jornal Nacional e se tornou correspondente internacional. Chegou a bancada do Jorna da Globo e se despediu da emissora em 2000, quando migrou para o SBT para se tomar âncora do SBT Realidade. Em 2009 mudou para a Record, onde permaneceu ate o ano passado. A profissional também administra duas empresas, a Touareg, uma agência de comunicação e publicidade, e a Tempo de Mulher, um misto de portal, serviços, eventos e pesquisas.
3. Andiara Petterle
Com um histórico de empreendedorismo no universo digital, Andiara Petterle terá, a partir de março de 2015, a meta de preparar o Grupo RBS para o futuro. Em outubro deste ano, a executiva foi anunciada como a nova vice-presidente de jornais e mídias digitais da empresa, substituindo a Eduardo Smith, que prepara sua aposentadoria após 20 anos de trabalho na casa. Profissional da RBS desde 2011, Andiara era CEO da Predicta, uma das empresas da e.Bricks, a divisão de empresas digitais da RBS. Sua expertise foi amadurecida com o portal Bolsa de Mulher, projeto criado e gerido por ela em 2005, que fez sucesso ao reunir conteúdo feminino e ações de marcas que queiram se comunicar com as mulheres. A marca foi comprada pelo grupo norte-americano Batanga Media em 2013. Agora, ela se prepara para o árduo desafio de manter a valorização dos produtos impressos da RBS, ao mesmo tempo que desenvolve novas plataformas e canais de comunicação no ambiente online.
4. Felipe Goron
Prospectar negócios comerciais no maior mercado de publicidade do País já era a rotina de Felipe Goron desde 2012, quando a RBS – casa na qual ele estava há 13 anos – o transferiu para São Paulo com a missão de captar parcerias nacionais para os veículos do grupo. Foi essa experiência na capital paulista que fez com que a lnfoglobo visse o nome de Goron como o mais indicado para assumir o posto de diretor executivo de mercado anunciante, conduzindo um processo de fortalecimento das marcas de seus jornais para além das fronteiras do Rio de Janeiro. Embora a maior parte da equipe comercial da empresa continue concentrada no escritório carioca, é de São Paulo que ele orquestra, desde maio, as estratégias para atrair anunciantes aos jornais, portais e eventos do grupo. Cabe a ele dar uma roupagem mais universal a produtos jomalísticos historicamente atrelados ao Rio de Janeiro e começar a conduzir o projeto Olímpico que a lnfoglobo prepara para 2016.
5. Felipe Neto
O Parafernália foi o primeiro canal do Pais a bater o recorde de dois milh6es de inscritos no YouTube. Também foi pioneiro ao produzir uma serie para a Netflix fora dos Estados Unidos – A Toca se inspirou em The Office para contar os bastidores do Parafernália. Mas, no final de 2013, o Grupo Para anunciou o fim do canal como era conhecido para seu renascimento dentro de um novo projeto. Em 2014, a Paramaker, network brasileira que administra mais de 3,5 mil canais de YouTube, retomou o projeto, que foi escolhido entre os cinco mais influentes da rede pela Open Slate, empresa especializada na avaliação dos conteúdos exibidos na rede social. Tudo isso foi conduzido por Felipe Neto, fundador e presidente da network. A Paramaker e parceira global da rede Maker Studios, recentemente adquirida pela Walt Disney Company por US$ 1 bilhão. Entre os principais canais da Paramaker estão o TGS Brasil, Gustavo Mendes e Um Sábado Qualquer – um dos mais recentes investimentos é o Canal do Topetão dedicado ao público infantil, com vídeos protagonizados pelo famoso palhaço dos anos 1990.
6. Manuela Barem
O Buzzfeed ganhou sua versão nacional em 2013, mas foi só em 2014 que o escritório brasileiro abriu suas portas, com equipe para traduzir os textos das redações de outros países e produzir conteúdo nacional. Manuela Barem é a editora-chefe do portal no Brasil e responsável pela viralização de listas que rapidamente caem no gosto dos internautas, como "42 tendências de moda e acessórios que vão fazer toda garota brasileira dos anos 1990 morrer de saudades" e outros temas voltados a cultura popular. A jornalista, que iniciou carreira no Mato Grosso do Sul, passou pelos sites Jezebel e Oene e foi editora-chefe do youPIX antes de se juntar ao Buzzfeed. Ainda que o escritório brasileiro esteja apenas começando a operar comercialmente, as perspectivas de Manuela são grandes: no mundo, a audiência mensal do Buzzfeed é de 130 milhões de pessoas e, em agosto, a empresa recebeu um investimento de US$ 50 milhões da empresa de capital aberto da Andreessen Horowitz.
7. Pedro Porto
Com mais de 15 anos de experiência em plataformas digitais e comunicação integrada (com passagens por NBS e pelas então Giovanni+DraftFCB e Fischer&Friends, entre outras empresas), Pedro Porto chegou ao Twitter Brasil em maio de 2013 para ser a ponte com agencias e anunciantes e ajudar a construir cases que projetassem as marcas na plataforma. No primeiro ano, uma de suas missões como diretor de estratégia de marca foi evangelizar o mercado para demonstrar que as possibilidades vão muito além dos 140 caracteres. No segundo ano, foi a vez de colher frutos. Durante a Copa, 35 dos 200 maiores anunciantes do Pais fizeram ações na rede – no segundo trimestre de 2013, esse número era de 20. O real-time marketing ganhou destaque em meio ao Mundial de Futebol, com a força do Twitter e a criatividade e o planejamento das marcas. Para fechar o ano, a meta da rede é chegar a 161 anunciantes da lista dos 200. Sem a Cop. a e as eleições, a empresa estabeleceu uma nova rota para garantir o crescimento em 2015: mostrar que conversas podem ser amplificadas todos os dias. Para isso, lançará um programa chamado Planning Studio, com entregas em pesquisa e estratégia. Mais uma oportunidade para Pedro Porto.
8. Pedro Silva
Jerry Wright, ex-CEO da International Federation of Audit Bureaux of Circulations (IFABC), disse em agosto, ao Especial Jornal de Meio & Mensagem, que “o IVC e Pedro Silva, seu presidente, estão entre os institutos de auditoria mais avançados do mundo”. Não causou surpresa, portanto, quando o inglês passou a faixa ao colega brasileiro em novembro, durante congresso mundial do setor no Rio de Janeiro. Primeiro brasileiro a presidir o IFABC, Silva já vinha acompanhando de perto as diretivas da entidade e tendências internacionais. Soluções como serviços para verificação de pequenas circulações, ferramentas de tag para web analytics e métrica de audiência de eventos foram citados como destaques de seu trabalho no IVC para justificar a indicação. O executivo presidiu a entidade pela primeira vez em 2006 e esta já e sua terceira gestão a frente do IVC. Anteriormente, foi vice da Associação Brasileira de Anunciantes e fez carreira na P&G, onde chegou a diretor de mídia.
9. Raphael Vasconcellos
Ex-vice-presidente de criação da AgenciaClick, o brasiliense Raphael Vasconcellos é diretor de soluções criativas do Facebook na América Latina desde maio de 2012. Em outubro mudou de São Paulo para Miami, a partir de onde comanda a operação latina do Creative Shop, time criativo do Facebook que dá suporte a marcas e agências, com direito a constantes viagens para o Brasil e outros mercados da região. A rede teve um ano excepcional com Copa e eleições. De maio a julho, teve um crescimento de 50% na audiência de vídeos na plataforma, sendo que 65% desse consumo foi feito via mobile. Este foi um ano de forte investimento do Facebook no Brasil. Foi também de intensa aproximação com agencias e anunciantes. A rede ofereceu formatos publicitários novos, trabalhou junto com anunciantes e ampliou suas equipes. Entre elas, o próprio Creative Shop: no início de dezembro, Vasconcellos apresentou Juliana Constantino, ex-AgenclaClick, convocada para atuar em projetos especiais para o Instagram.
10. Ricardo Anderáos
Bacharel em história e doutor em história da arte pela USP, Ricardo Anderáos começou no jornalismo graças a Folha, que já em 1988 dava oportunidades a profissionais de outras áreas. Lá foi repórter, correspondente na Espanha e editor de ciência. Informatizou o primeiro sistema de buscas no banco de dados do jornal e trabalhou com Caio Túlio Costa na criação do UOL. Em 2000,mudou-se para Ilhabela (SP) e virou ativista ambiental, dirigindo a ONG Viva Floresta. Abriu uma empresa de consultoria digital, a Latitude 0°, que prestou serviços a empresas como Sesc/Senac, Riachuelo e British Council. Em 2005 criou o suplemento Link, do Estadão, e tomou-se editor executivo do portal do grupo. Em 2007 fundou a versão nacional do jornal Metro pelo Grupo Bandeirantes e, dois anos depois, tornou-se diretor de negócios online da Band, capitaneando sua primeira plataforma multimídia. Dirigiu o digital da MTV em 2011 e no ano seguinte passou a diretor de mídias sociais e transmídia da Abril. Após Arianna Huffington manifestar interesse em abrir uma unidade de seu portal de conteúdo em parceria com os Civita, a Abril escalou Anderaós seu diretor editorial no País, onde comanda, desde janeiro, o Brasil Post.
Por Bárbara Sacchitiello, Igor Ribeiro, Lena Casterllón, Mirella Portiolli e Rúvila Avelino
Compartilhe
Veja também
Cidade Center Norte terá mídia OOH gerenciada pela Eletromidia
Empresa de out-of-home ficará responsável pela comercialização de publicidade nas telas instalados no complexo de compras e entretenimento da zona Norte de São Paulo
Netflix dará prêmio de R$ 1 milhão em desafio de Round 6 em São Paulo
No próximo sábado, 14, plataforma de streaming promove o Round 6K, com provas e desafios no Parque Villa-Lobos, em São Paulo