Caltabiano investe em musical e licenciamento

Igor Ribeiro
13 de maio de 2013 - 8h09

Por Igor Ribeiro

Quem conhece apenas um trabalho de Mariana Caltabiano não tem dimensão da diversidade de coisas que ela faz. Diretora, desenhista, escritora, produtora, publicitária, essa paulistana capitaneia de seu estúdio homônimo projetos em diversas direções. Veja alguns de seus trabalhos no clipe abaixo.

Entre eles está VIPs, projeto que originou um livro, um documentário e uma ficção sobre Marcelo Nascimento da Rocha, vigarista famoso por enganar milhares de pessoas com alguma de suas diversas identidades falsas – entre elas, policial de elite no Paraná, filho do dono da Gol Linhas Aéreas em Recife e líder do PCC no presídio de Bangu (RJ). Interessada em fazer um documentário a respeito (ela estudou cinema na New York Film Academy), Mariana decidiu, primeiro escrever um livro, pois seria uma fonte mais sólida para obtenção de direitos autorais. “Eu acabei caindo num truque dele e, no final, o Marcelo virou meu sócio no livro. Até hoje ele me liga da cadeia”, conta a diretora. O livro vendeu 50 mil cópias e vai para a 16ª edição. O documentário ganhou prêmios, como o do Festival do Rio, e gerou um filme protagonizado por Wagner Moura que levou 600 mil aos cinemas.

Brasil Animado, um longa de animação que Mariana levou às telas em 2011, mesmo ano de lançamento do documentário VIPs, ficou famoso por ser a primeira produção brasileira em 3D dos cinemas. Os personagens do filme são o empresário Stress e seu parceiro, o cineasta Relax, que já haviam estreado o longa As Aventuras de Gui & Estopa, que mostrava como era feito um desenho animado. No novo filme, os personagens rodam o Brasil em busca de uma árvore mítica, “O Grande Jequitibá Rosa”. Tanto este longa como a série de Gui & Estopa – que nasceu como parte do site infantil Iguinho, dentro do portal iG, mas ganhou vida própria – foram comprados pela TV Cultura e já vêm sendo exibidos desde março. Gui & Estopa, em especial, estreia em breve sua 4ª temporada no Cartoon Network. Ambos os projetos devem gerar, nos próximos meses, franquias e produtos licenciados, visando grandes eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas.

Por fim, o vídeo mostra Zuzubalândia, série que foi inicialmente produzida para o SBT em 1998, tempos em que as manhãs brasileiras das TVs abertas eram disputas por crianças e não por donas-de-casa. Durou dois anos e hoje, além de ser reprisada na TV Rá-Tim-Bum, inspira a produção de um musical com previsão de lançamento em agosto. “Já fizemos o roteiro, já aprovamos no Programa de Ação Cultural (Proac), produzimos todo o story board animado e os cenários estão desenhados. Estamos captando. Vou usar a linguagem do Avenida Q”, diz Mariana, citando o musical de bonecos da Broadway adaptado por Charles Möeller e Claudio Botelho para o Brasil em 2009.

A íntegra desta entrevista está publicada na edição 1559, de 13 de maio, exclusivamente para assinantes, disponível nas versões impressa e para tablets do Meio & Mensagem.